Nova gestão da Caixa. Menina não entra

20-08-2016
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A nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) será um caso raro nas principais instituições financeiras em Portugal, no que diz respeito à composição da administração. Haverá apenas uma mulher em 19 elementos, e não terá funções executivas. A antiga secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, manifesta-se “chocada” com este desequilíbrio. E acusa o governo de desrespeitar a legislação bancária, que impõe maior representação do género feminino nas administrações de bancos. A questão torna-se mais estranha quando o próprio governo Costa se comprometeu com a imposição de quotas para mulheres nas administrações das empresas. Nas empresas na órbita do Estado, as quotas deveriam entrar em vigor já em 2018, segundo anunciou a atual secretária de Estado da Igualdade, Catarina Marcelino.

BCP, Santander Totta e BPI não só têm mais mulheres na administração como, pelo menos, um elemento do género feminino nas comissões executivas. A exceção é o Novo Banco, onde há apenas homens, mas esta instituição tem um número de administradores bastante limitado por ser um banco de transição.

Teresa Morais mostra-se revoltada com o excesso de testosterona na gestão da CGD. “É inaceitável, depois do caminho feito nos últimos anos para promover a igualdade. Houve compromissos assumidos pelo Banco de Portugal, pela CMVM e por empresas privadas para se aumentar a representatividade das mulheres nas administrações. E agora é o banco público, que devia ser um exemplo, que aparece com 18 homens e uma mulher? É um retrocesso”, acusa a antiga governante e vice-presidente da bancada parlamentar do PSD.

A deputada começou por manifestar o desagrado num post do Facebook: “Quer um banco com 94% de homens na administração? Tem a Caixa, com certeza!”, escreveu. Ao i lembra que a própria legislação bancária impõe uma maior representação do género feminino. No governo, Teresa Morais levou a cabo várias iniciativas para aumentar o peso das mulheres na gestão das empresas. Uma delas incidiu no regime dos bancos, que passou a ter uma norma para a promoção da igualdade.

Segundo este diploma, a política interna de seleção de administradores “deve promover a diversidade de qualificações e competências necessárias para o exercício da função, fixando objetivos para a representação de homens e mulheres e concebendo uma política destinada a aumentar o número de pessoas do género sub-representado com vista a atingir os referidos objetivos”. Na nova administração da Caixa, Teresa Morais acusa o governo de fazer “tábua rasa” desta orientação. Nos últimos anos, com a gestão de José de Matos, a CGD foi dos bancos com mais administradores do género feminino, com Ana Cristina Sousa Leal e Maria João Carioca na gestão executiva.

A nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) será um caso raro nas principais instituições financeiras em Portugal, no que diz respeito à composição da administração. Haverá apenas uma mulher em 19 elementos, e não terá funções executivas. A antiga secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, manifesta-se “chocada” com este desequilíbrio. E acusa o governo de desrespeitar a legislação bancária, que impõe maior representação do género feminino nas administrações de bancos. A questão torna-se mais estranha quando o próprio governo Costa se comprometeu com a imposição de quotas para mulheres nas administrações das empresas. Nas empresas na órbita do Estado, as quotas deveriam entrar em vigor já em 2018, segundo anunciou a atual secretária de Estado da Igualdade, Catarina Marcelino.

BCP, Santander Totta e BPI não só têm mais mulheres na administração como, pelo menos, um elemento do género feminino nas comissões executivas. A exceção é o Novo Banco, onde há apenas homens, mas esta instituição tem um número de administradores bastante limitado por ser um banco de transição.

Teresa Morais mostra-se revoltada com o excesso de testosterona na gestão da CGD. “É inaceitável, depois do caminho feito nos últimos anos para promover a igualdade. Houve compromissos assumidos pelo Banco de Portugal, pela CMVM e por empresas privadas para se aumentar a representatividade das mulheres nas administrações. E agora é o banco público, que devia ser um exemplo, que aparece com 18 homens e uma mulher? É um retrocesso”, acusa a antiga governante e vice-presidente da bancada parlamentar do PSD.

A deputada começou por manifestar o desagrado num post do Facebook: “Quer um banco com 94% de homens na administração? Tem a Caixa, com certeza!”, escreveu. Ao i lembra que a própria legislação bancária impõe uma maior representação do género feminino. No governo, Teresa Morais levou a cabo várias iniciativas para aumentar o peso das mulheres na gestão das empresas. Uma delas incidiu no regime dos bancos, que passou a ter uma norma para a promoção da igualdade.

Segundo este diploma, a política interna de seleção de administradores “deve promover a diversidade de qualificações e competências necessárias para o exercício da função, fixando objetivos para a representação de homens e mulheres e concebendo uma política destinada a aumentar o número de pessoas do género sub-representado com vista a atingir os referidos objetivos”. Na nova administração da Caixa, Teresa Morais acusa o governo de fazer “tábua rasa” desta orientação. Nos últimos anos, com a gestão de José de Matos, a CGD foi dos bancos com mais administradores do género feminino, com Ana Cristina Sousa Leal e Maria João Carioca na gestão executiva.

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