Revelação foi feita no Parlamento pela ministra da Administração Interna. ACNUR Roma, responsável pela recolocação dos refugiados, diz ao Expresso desconhecer a situação
Constança Urbano de Sousa revelou esta quarta-feira de manhã que dez refugiados que Portugal se preparava para receber estão desaparecidos. A informação foi transmitida pelas autoridades de Atenas, uma vez que o grupo era proveniente da Grécia.
Segundo a ministra, que falava na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, "as autoridades gregas disseram que os refugiados já não viriam" para Lisboa por terem "desaparecido".
O Expresso tentou saber mais pormenores sobre este desaparecimento, mas até ao momento desconhece-se a rota que possa ter sido utilizada pelos refugiados. Contudo, uma fonte que acompanha este tipo de casos lembra que há casos recentes de refugiados que fintam as autoridades e acabam por ir ter com os familiares que já estão instalados noutros países da Europa. "Lisboa e mesmo o ACNUR (Agência da ONU para os Refugiados) são alheios a esta parte do processo", resume esta fonte.
Contactado pelo Expresso, o ACNUR de Roma, responsável pelo processo de recolocação, diz desconhecer a situação e explica que os refugiados podem não estar desparecidos. "O que acontece algumas vezes é que as pessoas desistem da recolocação, no último minuto, principalmente quando não estão familiarizadas com o país que os vai acolher", diz Beat Schuler, porta-voz do ACNUR Roma.
Constança Urbano de Sousa afirmou no Parlamento que "as pessoas têm de se registar mas não estão detidas e muitas vezes prosseguem o projeto migratório que já tinham delineado na sua cabeça".
Aos deputados, a ministra explicou ainda que dos cinco centros de triagem que existem na Grécia só o de Lesbos está a funcionar. Em Itália o cenário é um pouco melhor: "Dos seis centros, três estão operacionais", afirmou.
As autoridades portuguesas estão a avaliar perto de 90 pedidos de recolocação de refugiados. E, até ao momento, o país recebeu 30 refugiados. A ministra é da opinião que Lisboa tem de ter capacidade para acolher mais.
“Temos de nos preparar para a necessidade do cumprimento de um dever civilizacional de proteger estas pessoas e dar-lhes as melhores condições de integração nas sociedades europeias."
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Revelação foi feita no Parlamento pela ministra da Administração Interna. ACNUR Roma, responsável pela recolocação dos refugiados, diz ao Expresso desconhecer a situação
Constança Urbano de Sousa revelou esta quarta-feira de manhã que dez refugiados que Portugal se preparava para receber estão desaparecidos. A informação foi transmitida pelas autoridades de Atenas, uma vez que o grupo era proveniente da Grécia.
Segundo a ministra, que falava na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, "as autoridades gregas disseram que os refugiados já não viriam" para Lisboa por terem "desaparecido".
O Expresso tentou saber mais pormenores sobre este desaparecimento, mas até ao momento desconhece-se a rota que possa ter sido utilizada pelos refugiados. Contudo, uma fonte que acompanha este tipo de casos lembra que há casos recentes de refugiados que fintam as autoridades e acabam por ir ter com os familiares que já estão instalados noutros países da Europa. "Lisboa e mesmo o ACNUR (Agência da ONU para os Refugiados) são alheios a esta parte do processo", resume esta fonte.
Contactado pelo Expresso, o ACNUR de Roma, responsável pelo processo de recolocação, diz desconhecer a situação e explica que os refugiados podem não estar desparecidos. "O que acontece algumas vezes é que as pessoas desistem da recolocação, no último minuto, principalmente quando não estão familiarizadas com o país que os vai acolher", diz Beat Schuler, porta-voz do ACNUR Roma.
Constança Urbano de Sousa afirmou no Parlamento que "as pessoas têm de se registar mas não estão detidas e muitas vezes prosseguem o projeto migratório que já tinham delineado na sua cabeça".
Aos deputados, a ministra explicou ainda que dos cinco centros de triagem que existem na Grécia só o de Lesbos está a funcionar. Em Itália o cenário é um pouco melhor: "Dos seis centros, três estão operacionais", afirmou.
As autoridades portuguesas estão a avaliar perto de 90 pedidos de recolocação de refugiados. E, até ao momento, o país recebeu 30 refugiados. A ministra é da opinião que Lisboa tem de ter capacidade para acolher mais.
“Temos de nos preparar para a necessidade do cumprimento de um dever civilizacional de proteger estas pessoas e dar-lhes as melhores condições de integração nas sociedades europeias."