C.P.C.C.R.D.

12-04-2019
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ASSOCIAÇÃO
DE DEFESA DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO

 E ARQUEOLÓGICO DE ALJEZUR

 ESCAVAÇÃO
NO SÍTIO DA BARRADA - NOTA DE IMPRENSA

 

 

 

Ficou concluída
na semana passada a 4ª e derradeira campanha de escavações no

Sítio da
Barrada, em Aljezur, realizada pela ADPA (Associação de Defesa do

Património de
Aljezur) e dirigida pelas arqueólogas Elisabete Barradas, Silvina Silvério e
Maria João Dias da Silva.

 

Os trabalhos arqueológicos neste local iniciaram-se
em 2010 e têm contado com o financiamento da autarquia e de algumas entidades privadas
sediadas no concelho.

 

O sítio
arqueológico, localizado em pleno centro urbano da vila, junto à Escola Básica, é muito
interessante pois apresenta vestígios de três comunidades humanas que ocuparam este
local em momentos distintos: na Pré-história, no período islâmico e em época
moderna. A primeira ocupação da Barrada remonta ao período correspondente ao
final do Neolítico e início do Calcolítico, há cerca de 5 mil anos, altura em
que uma comunidade pré-histórica construiu neste local dois monumentos
funerários para receber os seus mortos. Foram descobertos dois hipogeus
integralmente escavados na rocha, destacando-se o Hipogeu 1, pelo seu bom
estado de conservação e elevado interesse científico. Este monumento, cuja
cúpula de rocha abateu permitindo a selagem e conservação dos vestígios, é
composto por uma antecâmara e uma cripta funerária onde se encontraram ossadas
de vários indivíduos, acompanhadas por oferendas funerárias (instrumentos de
pedra polida, instrumentos em sílex, contas de colar, uma bracelete em concha),
cujo levantamento e estudo tem sido feito pela antropóloga Cláudia Santos.

 

Posteriormente,
durante a época islâmica, estabelece-se neste local um pequeno

núcleo
habitacional, provavelmente familiar, de tipo rural, que segundo o espólio

recolhido ali
permaneceu entre os séculos IX e XI. Estas gentes deixaram como

testemunho, para
além de cerca de três dezenas de fossas circulares de tipo silo e

negativos de
outras estruturas, uma grande quantidade de peças de cerâmica, que

após restauro,
se encontram atualmente expostas no Museu Municipal de Aljezur.

 

O derradeiro
momento de ocupação do sítio ocorre em época moderna (séculos XVI e XVII),
testemunhado por uma edificação em pedra, de planta circular, que poderá ter funcionado
como torre atalaia ou moinho de vento.

Em breve, está
previsto realizar-se o projeto de conservação e musealização do sítio

arqueológico,
conforme ficou estipulado em reunião na qual estiveram presentes a

C.M. de Aljezur,
a D.R.C.A., a A.D.P.A. e as arqueólogas responsáveis, com o objetivo

de tornar o
Sítio da Barrada visitável, constituindo um ponto-chave para a descoberta do
passado e do património histórico-cultural do Concelho.

 

ASSOCIAÇÃO
DE DEFESA DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO

 E ARQUEOLÓGICO DE ALJEZUR

 ESCAVAÇÃO
NO SÍTIO DA BARRADA - NOTA DE IMPRENSA

 

 

 

Ficou concluída
na semana passada a 4ª e derradeira campanha de escavações no

Sítio da
Barrada, em Aljezur, realizada pela ADPA (Associação de Defesa do

Património de
Aljezur) e dirigida pelas arqueólogas Elisabete Barradas, Silvina Silvério e
Maria João Dias da Silva.

 

Os trabalhos arqueológicos neste local iniciaram-se
em 2010 e têm contado com o financiamento da autarquia e de algumas entidades privadas
sediadas no concelho.

 

O sítio
arqueológico, localizado em pleno centro urbano da vila, junto à Escola Básica, é muito
interessante pois apresenta vestígios de três comunidades humanas que ocuparam este
local em momentos distintos: na Pré-história, no período islâmico e em época
moderna. A primeira ocupação da Barrada remonta ao período correspondente ao
final do Neolítico e início do Calcolítico, há cerca de 5 mil anos, altura em
que uma comunidade pré-histórica construiu neste local dois monumentos
funerários para receber os seus mortos. Foram descobertos dois hipogeus
integralmente escavados na rocha, destacando-se o Hipogeu 1, pelo seu bom
estado de conservação e elevado interesse científico. Este monumento, cuja
cúpula de rocha abateu permitindo a selagem e conservação dos vestígios, é
composto por uma antecâmara e uma cripta funerária onde se encontraram ossadas
de vários indivíduos, acompanhadas por oferendas funerárias (instrumentos de
pedra polida, instrumentos em sílex, contas de colar, uma bracelete em concha),
cujo levantamento e estudo tem sido feito pela antropóloga Cláudia Santos.

 

Posteriormente,
durante a época islâmica, estabelece-se neste local um pequeno

núcleo
habitacional, provavelmente familiar, de tipo rural, que segundo o espólio

recolhido ali
permaneceu entre os séculos IX e XI. Estas gentes deixaram como

testemunho, para
além de cerca de três dezenas de fossas circulares de tipo silo e

negativos de
outras estruturas, uma grande quantidade de peças de cerâmica, que

após restauro,
se encontram atualmente expostas no Museu Municipal de Aljezur.

 

O derradeiro
momento de ocupação do sítio ocorre em época moderna (séculos XVI e XVII),
testemunhado por uma edificação em pedra, de planta circular, que poderá ter funcionado
como torre atalaia ou moinho de vento.

Em breve, está
previsto realizar-se o projeto de conservação e musealização do sítio

arqueológico,
conforme ficou estipulado em reunião na qual estiveram presentes a

C.M. de Aljezur,
a D.R.C.A., a A.D.P.A. e as arqueólogas responsáveis, com o objetivo

de tornar o
Sítio da Barrada visitável, constituindo um ponto-chave para a descoberta do
passado e do património histórico-cultural do Concelho.

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