Governo e Vaticano já falaram sobre reposição dos feriados religiosos

24-08-2016
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Governo já abordou o Vaticano e ambas as partes concordam que os feriados do Corpo de Deus (em junho, data móvel, e o 1 de novembro, dia de Todos os Santos), retirados na prática desde 2013, sejam repostos já este ano

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz que o Vaticano está de acordo com a reposição dos dois feriados religiosos retirados em 2012 e que os contactos vão prosseguir a seguir à aprovação dos diplomas.

"Queríamos comunicar à câmara que os contactos com a Santa Sé já foram iniciados. A Santa Sé é favorável à reposição dos feriados religiosos", disse Pedro Nuno Santos, intervindo esta manhã no final do debate parlamentar sobre os diplomas do PS, PCP, PEV e BE para a reposição de quatro feriados, e do PSD e do CDS para uma reavaliação sobre o assunto.

Pedro Nuno Santos adiantou que, a seguir à votação final dos diplomas, o Governo "trocará notas verbais com a Santa Sé para que depois seja comunicada ao Parlamento essa troca de notas verbais para que o Parlamento tenha ainda oportunidade, na especialidade, de alterar o Código do Trabalho, não só nos civis mas também [quanto] aos feriados religiosos".

Para o Governo, disse o secretário de Estado, "os feriados não são um luxo que prejudica a produtividade mas sim um momento de lazer, de descanso a que têm direito os trabalhadores portugueses que, mesmo assim, são os que mais horas trabalham no espaço europeu".

O secretário de Estado intervinha no debate em plenário sobre a reposição de dois feriados civis (o 5 de Outubro - Implantação da República, e o 1.º de Dezembro - Restauração da Independência) e de dois feriados religiosos (o de Corpo de Deus em junho, móvel, e o dia 1 de novembro, dia de Todos os Santos), retirados em 2012 pelo então Governo PSD/CDS, com efeitos a partir de 2013.

No debate, o deputado centrista Filipe Lobo d´Ávila criticou a "forma apressada, que em tudo se assemelha a um `sprint´", como o Governo e a maioria de esquerda querem aprovar a reposição dos feriados, sublinhando que, em 2012, a suspensão dos feriados religiosos só avançou depois de um diálogo com o Vaticano e em consenso com a Concertação Social.

A mesma ideia foi defendida pela deputada do PSD Clara Marques Mendes, que frisou que o desaparecimento dos feriados em 2012 "mereceu um grande consenso face à crise que havia no país", considerando ilegítimo "resolver a situação sem a Concertação Social".

À esquerda, Rita Rato, do PCP, defendeu que a supressão de quatro feriados ofereceu, na prática, "ao patronato, de borla, uma semana de trabalho por ano". Por outro lado, disse, impediu os portugueses de assinalar "com dignidade momentos históricos na vida do país".

"Não havia consenso no país para eliminar os feriados e não havia sequer nas bancadas da direita", disse o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro, lembrando as iniciativas do movimento 1.º de Dezembro, liderado pelo então deputado do CDS Ribeiro e Castro.

Pelo PS, Pedro Delgado Alves rejeitou o "mito de que haverá uma perda de produtividade" e defendeu o "direito ao descanso" e a "a valorização da vida familiar" através da reposição dos quatro feriados, cuja eliminação, disse, foi "um insulto à memória coletiva" do país.

Governo já abordou o Vaticano e ambas as partes concordam que os feriados do Corpo de Deus (em junho, data móvel, e o 1 de novembro, dia de Todos os Santos), retirados na prática desde 2013, sejam repostos já este ano

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz que o Vaticano está de acordo com a reposição dos dois feriados religiosos retirados em 2012 e que os contactos vão prosseguir a seguir à aprovação dos diplomas.

"Queríamos comunicar à câmara que os contactos com a Santa Sé já foram iniciados. A Santa Sé é favorável à reposição dos feriados religiosos", disse Pedro Nuno Santos, intervindo esta manhã no final do debate parlamentar sobre os diplomas do PS, PCP, PEV e BE para a reposição de quatro feriados, e do PSD e do CDS para uma reavaliação sobre o assunto.

Pedro Nuno Santos adiantou que, a seguir à votação final dos diplomas, o Governo "trocará notas verbais com a Santa Sé para que depois seja comunicada ao Parlamento essa troca de notas verbais para que o Parlamento tenha ainda oportunidade, na especialidade, de alterar o Código do Trabalho, não só nos civis mas também [quanto] aos feriados religiosos".

Para o Governo, disse o secretário de Estado, "os feriados não são um luxo que prejudica a produtividade mas sim um momento de lazer, de descanso a que têm direito os trabalhadores portugueses que, mesmo assim, são os que mais horas trabalham no espaço europeu".

O secretário de Estado intervinha no debate em plenário sobre a reposição de dois feriados civis (o 5 de Outubro - Implantação da República, e o 1.º de Dezembro - Restauração da Independência) e de dois feriados religiosos (o de Corpo de Deus em junho, móvel, e o dia 1 de novembro, dia de Todos os Santos), retirados em 2012 pelo então Governo PSD/CDS, com efeitos a partir de 2013.

No debate, o deputado centrista Filipe Lobo d´Ávila criticou a "forma apressada, que em tudo se assemelha a um `sprint´", como o Governo e a maioria de esquerda querem aprovar a reposição dos feriados, sublinhando que, em 2012, a suspensão dos feriados religiosos só avançou depois de um diálogo com o Vaticano e em consenso com a Concertação Social.

A mesma ideia foi defendida pela deputada do PSD Clara Marques Mendes, que frisou que o desaparecimento dos feriados em 2012 "mereceu um grande consenso face à crise que havia no país", considerando ilegítimo "resolver a situação sem a Concertação Social".

À esquerda, Rita Rato, do PCP, defendeu que a supressão de quatro feriados ofereceu, na prática, "ao patronato, de borla, uma semana de trabalho por ano". Por outro lado, disse, impediu os portugueses de assinalar "com dignidade momentos históricos na vida do país".

"Não havia consenso no país para eliminar os feriados e não havia sequer nas bancadas da direita", disse o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro, lembrando as iniciativas do movimento 1.º de Dezembro, liderado pelo então deputado do CDS Ribeiro e Castro.

Pelo PS, Pedro Delgado Alves rejeitou o "mito de que haverá uma perda de produtividade" e defendeu o "direito ao descanso" e a "a valorização da vida familiar" através da reposição dos quatro feriados, cuja eliminação, disse, foi "um insulto à memória coletiva" do país.

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