Países estão a fechar fronteiras apesar da resistência dos líderes europeus

14-05-2020
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Depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado a Europa como o centro da pandemia do novo coronavírus, há já vários países que decidiram fechar totalmente ou parcialmente as suas fronteiras e impedir a entrada de cidadãos estrangeiros.

Oito dos países dos 26 países do Espaço Schengen já o fizeram: Áustria, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Noruega, Polónia, República Checa e Suíça.

Malta decretou que qualquer pessoa que entre no país terá que ficar em quarentena por 14 dias, o que inibe a chegada de cidadãos estrangeiros.

Outros países como a Rússia, que fechará, a partir de domingo, as fronteiras terrestres com a Noruega e a Polónia, e a Ucrânia, que optou pelo encerramento total, estão a seguir o mesmo exemplo.

O Governo português, em linha com o que tem defendido a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai resistindo em adotar medidas tão drásticas e espera ser possível chegar a uma posição concertada entre os vários estados-membros da União Europeia. Em conferência de imprensa, Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, afastou, para já, esse cenário.

"Não tem sentido [fechar fronteiras] exceto relativamente aos cruzeiros e aos voos provenientes de Itália e China. Não temos nenhuma justificação que fundamente uma decisão de encerramento total de fronteiras", explicou o ministro.

Para já, o Governo adotou ações pontuais de controlo na fronteira com Espanha. No domingo, o primeiro-ministro português vai discutir, por teleconferência, com Pedro Sánchez, de Espanha, "ações coordenadas" na União Europeia e a "gestão da fronteira comum dos dois países" devido ao surto de Covid-19, foi hoje anunciado.

Esta conversa entre António Costa e Pedro Sánchez servirá para preparar uma reunião, também por teleconferência, na segunda-feira, dos ministros da Administração Interna e da Saúde da União Europeia (UE) "para definir medidas de controlo sanitário nas fronteiras internas e externas" da União.

Ursula von der Leyen condenou os países que introduziram proibições de viagem ou fecharam fronteiras de forma unilateral lembrando que, em nome da União Europeia e da solidariedade entre estados-membros, "o mercado único tem de funcionar".

Mas as pressões são enormes: Emmanuele Macron já pediu o reforço dos controlos nas fronteiras do Espaço Schengen e que eventualmente proíba o acesso aos países mais afetados.

* Artigo atualizado às 18h16 com a informação de que a Noruega também encerrou as fronteiras

Depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado a Europa como o centro da pandemia do novo coronavírus, há já vários países que decidiram fechar totalmente ou parcialmente as suas fronteiras e impedir a entrada de cidadãos estrangeiros.

Oito dos países dos 26 países do Espaço Schengen já o fizeram: Áustria, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Noruega, Polónia, República Checa e Suíça.

Malta decretou que qualquer pessoa que entre no país terá que ficar em quarentena por 14 dias, o que inibe a chegada de cidadãos estrangeiros.

Outros países como a Rússia, que fechará, a partir de domingo, as fronteiras terrestres com a Noruega e a Polónia, e a Ucrânia, que optou pelo encerramento total, estão a seguir o mesmo exemplo.

O Governo português, em linha com o que tem defendido a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai resistindo em adotar medidas tão drásticas e espera ser possível chegar a uma posição concertada entre os vários estados-membros da União Europeia. Em conferência de imprensa, Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, afastou, para já, esse cenário.

"Não tem sentido [fechar fronteiras] exceto relativamente aos cruzeiros e aos voos provenientes de Itália e China. Não temos nenhuma justificação que fundamente uma decisão de encerramento total de fronteiras", explicou o ministro.

Para já, o Governo adotou ações pontuais de controlo na fronteira com Espanha. No domingo, o primeiro-ministro português vai discutir, por teleconferência, com Pedro Sánchez, de Espanha, "ações coordenadas" na União Europeia e a "gestão da fronteira comum dos dois países" devido ao surto de Covid-19, foi hoje anunciado.

Esta conversa entre António Costa e Pedro Sánchez servirá para preparar uma reunião, também por teleconferência, na segunda-feira, dos ministros da Administração Interna e da Saúde da União Europeia (UE) "para definir medidas de controlo sanitário nas fronteiras internas e externas" da União.

Ursula von der Leyen condenou os países que introduziram proibições de viagem ou fecharam fronteiras de forma unilateral lembrando que, em nome da União Europeia e da solidariedade entre estados-membros, "o mercado único tem de funcionar".

Mas as pressões são enormes: Emmanuele Macron já pediu o reforço dos controlos nas fronteiras do Espaço Schengen e que eventualmente proíba o acesso aos países mais afetados.

* Artigo atualizado às 18h16 com a informação de que a Noruega também encerrou as fronteiras

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