Catarina no mercado de Benfica contra o estrangulamento pelas grandes superfícies

30-09-2019
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Catarina Martins entrou no mercado de Benfica, em Lisboa, virando à direita, e na sequência disso foi necessariamente curvando à esquerda, dada a planta circular do edifício. Mais tarde flectiu para o centro (o anel interior), antes de rematar o percurso na zona central, entre as bancas de peixe.

Bem linear foi o motivo da iniciativa do Bloco de Esquerda, a primeira na manhã desta quarta-feira. O propósito foi aliás antecipado por uma vendedora, que se insurgiu contra a abertura de mais um supermercado nos arredores.

Nas declarações aos jornalistas, a coordenadora nacional do BE foi crítica do "papel da grande distribuição", que "está a deixar os mercados estrangulados".

Por isso, defendeu Catarina Martins, "precisamos deste comércio, de mais proximidade e com circuitos mais curtos".

Na penúltima passagem por Lisboa nesta campanha (a comitiva do Bloco só volta à capital no sábado, para um mega-almoço seguido de arruada no Parque das Nações), Catarina Martins mantém agora um discurso mais agregador, depois dos últimos dias de crispação com o PS.

Isso ficou bem patente na manhã desta quarta-feira: manter nas ações de rua um diálogo com os eleitores.

"O Bloco está a apresentar o seu programa. As pessoas fazem perguntas e isso é bom", respondeu, quando confrontada com uma analogia entre o seu partido e o PAN.

Em “low profile”

Sem outro ruído de fundo por esta altura, Catarina bate na tecla que irá certamente matraquear até ao fim da campanha: "As pessoas reconhecem que foi importante a força da esquerda na melhoria das suas condições de vida". Só que o elogio implícito da geringonça traz a advertência: "A maioria absoluta é um projeto diferente, e não é resposta aos problemas das pessoas".

Depois de uns dias na berlinda por força do fogo cruzado com Costa, é tempo de "low profile". Catarina foge a um comentário direto sobre o caso de Tancos (e eventuais revelações ainda mais explosivas que possam estar por surgir): "Julgo que não deve ser caso de eleições. A justiça deve fazer o seu caminho e apurar todas as responsabilidades".

Na mesma lógica, faz o esvaziamento do jogo floral que entretém uma parte do espectro partidário: o despique da moda, "o meu Centeno é melhor que o teu".

"Mariana Mortágua é o seu Centeno?", perguntam a Catarina, que tinha Mariana ao seu lado.

Se havia um enigma por decifrar, a resposta aponta para "caso encerrado": "Mariana Mortágua é a Mariana Mortágua".

Catarina Martins entrou no mercado de Benfica, em Lisboa, virando à direita, e na sequência disso foi necessariamente curvando à esquerda, dada a planta circular do edifício. Mais tarde flectiu para o centro (o anel interior), antes de rematar o percurso na zona central, entre as bancas de peixe.

Bem linear foi o motivo da iniciativa do Bloco de Esquerda, a primeira na manhã desta quarta-feira. O propósito foi aliás antecipado por uma vendedora, que se insurgiu contra a abertura de mais um supermercado nos arredores.

Nas declarações aos jornalistas, a coordenadora nacional do BE foi crítica do "papel da grande distribuição", que "está a deixar os mercados estrangulados".

Por isso, defendeu Catarina Martins, "precisamos deste comércio, de mais proximidade e com circuitos mais curtos".

Na penúltima passagem por Lisboa nesta campanha (a comitiva do Bloco só volta à capital no sábado, para um mega-almoço seguido de arruada no Parque das Nações), Catarina Martins mantém agora um discurso mais agregador, depois dos últimos dias de crispação com o PS.

Isso ficou bem patente na manhã desta quarta-feira: manter nas ações de rua um diálogo com os eleitores.

"O Bloco está a apresentar o seu programa. As pessoas fazem perguntas e isso é bom", respondeu, quando confrontada com uma analogia entre o seu partido e o PAN.

Em “low profile”

Sem outro ruído de fundo por esta altura, Catarina bate na tecla que irá certamente matraquear até ao fim da campanha: "As pessoas reconhecem que foi importante a força da esquerda na melhoria das suas condições de vida". Só que o elogio implícito da geringonça traz a advertência: "A maioria absoluta é um projeto diferente, e não é resposta aos problemas das pessoas".

Depois de uns dias na berlinda por força do fogo cruzado com Costa, é tempo de "low profile". Catarina foge a um comentário direto sobre o caso de Tancos (e eventuais revelações ainda mais explosivas que possam estar por surgir): "Julgo que não deve ser caso de eleições. A justiça deve fazer o seu caminho e apurar todas as responsabilidades".

Na mesma lógica, faz o esvaziamento do jogo floral que entretém uma parte do espectro partidário: o despique da moda, "o meu Centeno é melhor que o teu".

"Mariana Mortágua é o seu Centeno?", perguntam a Catarina, que tinha Mariana ao seu lado.

Se havia um enigma por decifrar, a resposta aponta para "caso encerrado": "Mariana Mortágua é a Mariana Mortágua".

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