Quem ousa desafiar Catarina Martins?

20-09-2016
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O BE ficou dividido e viu-se obrigado a criar uma comissão permanente que reflete a percentagem obtida pelas moções mais votadas. Catarina é a porta-voz de um grupo de seis dirigentes mas os resultados nas legislativas e nas presidenciais dão-lhe argumentos para reclamar os louros de uma estratégia eleitoral vencedora. “Quem fala pelo BE sou eu”, disparou, numa altura em que dirigentes do partido ligados à ala da UDP exigiam que a renegociação da dívida estivesse na mesa das negociações com o PS. Isto antes da rejeição do programa de governo de direita que deu origem a um governo do PS com o apoio do BE e PCP.

A prioridade do BE, a uns meses de distância, vira-se simultaneamente para dentro e para fora do partido: mostrar que não obstante ter viabilizado um governo do PS – para impedir mais um mandato da direita – o BE continua fiel à sua agenda e, mais do que isso, conseguiu obrigar o PS a viabilizar alguns dos seus compromissos eleitorais. Só assim, e se usar o chavão “garante da estabilidade”, conseguirá justificar o recuo na estratégia que assumiu em pleno conclave bloquista: “Não seremos o CDS de António Costa”, garantia então João Semedo.

O BE sabe bem o que é sofrer penalizações eleitorais por virar as costas à esquerda e, com isso, abrir caminho para a direita. A estratégia agora passa por demonstrar ao seu eleitorado que o PS no governo não chega. É preciso fazer depender um governação socialista da força bloquista. Para isso, a Convenção do BE servirá essencialmente para defender a obra da “geringonça”, como lhe chamou Portas, e reforçar o caderno de encargos o que, em última instância, poderá legitimar o corte de relações com o PS antes das próximas eleições, se houver essa necessidade eleitoral.

Catarina Martins, no próximo conclave, vai mostrar que o BE é hoje o fiel da balança e que dele depende um governo verdadeiramente de esquerda em Portugal. E que sem o apoio do BE ao PS, teria sido o pântano.

O BE ficou dividido e viu-se obrigado a criar uma comissão permanente que reflete a percentagem obtida pelas moções mais votadas. Catarina é a porta-voz de um grupo de seis dirigentes mas os resultados nas legislativas e nas presidenciais dão-lhe argumentos para reclamar os louros de uma estratégia eleitoral vencedora. “Quem fala pelo BE sou eu”, disparou, numa altura em que dirigentes do partido ligados à ala da UDP exigiam que a renegociação da dívida estivesse na mesa das negociações com o PS. Isto antes da rejeição do programa de governo de direita que deu origem a um governo do PS com o apoio do BE e PCP.

A prioridade do BE, a uns meses de distância, vira-se simultaneamente para dentro e para fora do partido: mostrar que não obstante ter viabilizado um governo do PS – para impedir mais um mandato da direita – o BE continua fiel à sua agenda e, mais do que isso, conseguiu obrigar o PS a viabilizar alguns dos seus compromissos eleitorais. Só assim, e se usar o chavão “garante da estabilidade”, conseguirá justificar o recuo na estratégia que assumiu em pleno conclave bloquista: “Não seremos o CDS de António Costa”, garantia então João Semedo.

O BE sabe bem o que é sofrer penalizações eleitorais por virar as costas à esquerda e, com isso, abrir caminho para a direita. A estratégia agora passa por demonstrar ao seu eleitorado que o PS no governo não chega. É preciso fazer depender um governação socialista da força bloquista. Para isso, a Convenção do BE servirá essencialmente para defender a obra da “geringonça”, como lhe chamou Portas, e reforçar o caderno de encargos o que, em última instância, poderá legitimar o corte de relações com o PS antes das próximas eleições, se houver essa necessidade eleitoral.

Catarina Martins, no próximo conclave, vai mostrar que o BE é hoje o fiel da balança e que dele depende um governo verdadeiramente de esquerda em Portugal. E que sem o apoio do BE ao PS, teria sido o pântano.

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