Dividir para reinar e ganhar eleições

18-04-2018
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Estes não estão uns contra os outros. Já estiveram mas agora têm uma relação bem disposta.

Na reetrée política do PSD, o senhorio do anexo que garantiu os deputados que permitiram a Pedro Passos Coelho afundar o país em precariedade afirmou que a coligação “não porá os portugueses uns contra os outros“. Talvez Paulo Portas ande distraído, nomeadamente no que diz respeito à escolha de Carlos Peixoto para cabeça-de-lista pelo distrito da Guarda, o tal que diagnosticou um Portugal “contaminado” pela “peste grisalha“.

Não se trata de um caso isolado. Muitas têm sido as vozes no interior dos partidos que integram a coligação PàF a explorar a angústia dos jovens deste país que, apesar das suas habilitações, enfrentam taxas de desemprego assustadoras. E de quem é a culpa? Da geração dos seus pais e dos idosos pois claro! Porque esses, aparentemente, nem passaram uma vida inteira a descontar para hoje receberem uma reforma e, no caso improvável de o terem feito, o governo até manteve a promessa do candidato Passos Coelho e não lhes aplicou quaisquer cortes. Ou tão pouco pensa fazê-lo. Fossem eles casos de sucesso profissional, daqueles que passam meia dúzia de anos numa qualquer instituição da casta para depois receberem uma reforma milionária, e as criaturas formatadas que fazem eco destas e de outras barbaridades adorá-los-iam. Alguns (in)conseguem mesmo reformar-se aos 42 anos!

Longe de evitar que os portugueses se virem uns contra os outros, este governo tem sabido fazer uso da velha máxima “dividir para reinar”. Colocar pais contra filhos, jovens contra idosos, trabalhadores contra pensionistas ou uma classe média esmagada pelo peso dos impostos e dos cortes contra o cada vez maior número de pobres sem alternativa que não seja recorrer a subsídios e outras formas de ajuda social. Os empreendedores e os parasitas. Os resilientes e os piegas. A determinação e o facilitismo. Assim se ganham eleições. Por incrível que possa parecer.

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Estes não estão uns contra os outros. Já estiveram mas agora têm uma relação bem disposta.

Na reetrée política do PSD, o senhorio do anexo que garantiu os deputados que permitiram a Pedro Passos Coelho afundar o país em precariedade afirmou que a coligação “não porá os portugueses uns contra os outros“. Talvez Paulo Portas ande distraído, nomeadamente no que diz respeito à escolha de Carlos Peixoto para cabeça-de-lista pelo distrito da Guarda, o tal que diagnosticou um Portugal “contaminado” pela “peste grisalha“.

Não se trata de um caso isolado. Muitas têm sido as vozes no interior dos partidos que integram a coligação PàF a explorar a angústia dos jovens deste país que, apesar das suas habilitações, enfrentam taxas de desemprego assustadoras. E de quem é a culpa? Da geração dos seus pais e dos idosos pois claro! Porque esses, aparentemente, nem passaram uma vida inteira a descontar para hoje receberem uma reforma e, no caso improvável de o terem feito, o governo até manteve a promessa do candidato Passos Coelho e não lhes aplicou quaisquer cortes. Ou tão pouco pensa fazê-lo. Fossem eles casos de sucesso profissional, daqueles que passam meia dúzia de anos numa qualquer instituição da casta para depois receberem uma reforma milionária, e as criaturas formatadas que fazem eco destas e de outras barbaridades adorá-los-iam. Alguns (in)conseguem mesmo reformar-se aos 42 anos!

Longe de evitar que os portugueses se virem uns contra os outros, este governo tem sabido fazer uso da velha máxima “dividir para reinar”. Colocar pais contra filhos, jovens contra idosos, trabalhadores contra pensionistas ou uma classe média esmagada pelo peso dos impostos e dos cortes contra o cada vez maior número de pobres sem alternativa que não seja recorrer a subsídios e outras formas de ajuda social. Os empreendedores e os parasitas. Os resilientes e os piegas. A determinação e o facilitismo. Assim se ganham eleições. Por incrível que possa parecer.

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