Tudo a postos para Rio avançar (falta o ok final). Como as tropas se estão a posicionar

17-10-2019
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Porto em standby, à espera de Rio

A distrital do Porto, liderada por Alberto Machado, ficou ferida depois da guerra das listas de candidatos a deputados, mas agora mantém-se resguardada: só tomará posição depois de Rui Rio dizer se é ou não candidato. À partida, o apoio de uma parte do Porto deverá cair para o lado de Rio, mas não é assim tão liquido. No verão, o Porto foi quem deu mais luta a Rio na elaboração das listas de candidatos a deputados, tendo as reuniões ficado mesmo suspensas, atrasando o Conselho Nacional, porque a distrital teve de se reunir de emergência. Em causa estava o facto de os dirigentes locais acharem que Rio não lhes estava a deixar muita margem para pôr os seus, com o jovem Hugo Carvalho à cabeça, e o próprio Rio a número dois.

Santarém. Moura escolheu finalmente um lado

Santarém é um caso perdido para Rui Rio. A distrital era, até às últimas eleições, liderada por Nuno Serra, próximo de Luís Montenegro, de quem foi vice-presidente na bancada. Depois das diretas, João Moura, que tinha apoiado Rui Rio, venceu Nuno Serra (que tinha como número dois Duarte Marques) nas eleições para a distrital. Foi uma sensação agridoce para Rui Rio: passou a ter um apoiante a liderar a distrital, mas foi Miguel Relvas quem ajudou a eleger João Moura.

Quando se deu a crise do “golpe de Estado”, João Moura estava na primeira reunião (com Pedro Pinto, Pedro Alves, Maurício Marques e Bruno Vitorino) e todos o incluíram no movimento anti-Rio. Mas publicamente, João Moura sempre negou estar do lado dos montenegristas e disse à distrital de Santarém que ia votar a favor de Rui Rio na moção de confiança de janeiro deste ano.

Só que um dia depois de ser eleito como deputado, ficou claro de que lado estava e saiu em defesa da ala montenegrista. O líder distrital de Santarém defendeu que “não há derrotas morais” e que o resultado de domingo “é mau em toda a linha.” A direção de Rio já não confiava em Moura, mas agora fica claro que a distrital está perdida para quem avançar contra o presidente do partido.

João Moura não gostou da forma como Rui Rio geriu a escolha de deputados em Santarém, tendo ficado incomodado com a presença de Duarte Marques nas listas. Quem assumiu as dores e teve uma acesa discussão com Morais Sarmento foi o presidente da câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, que ficou furioso por Ramiro Matos sair para entrar Duarte Marques. Ricardo Gonçalves já deu o passo em frente a dizer que apoia Miguel Pinto Luz. João Moura estará entre Montenegro e Pinto Luz, sendo provável que caia para este último. Há ainda Duarte Marques, figura influente na distrital, que não tem pouca margem para ir contra Rui Rio, embora tenha boas relações com Montenegro. Se Duarte Marques levar com ele alguns autarcas do distrito (como o primo Vasco Estrela), pode vir a ser uma importante ajuda para o candidato que escolher nos bastidores. Nuno Serra foi ao jantar de Montenegro a Espinho, não havendo dúvidas de com quem está.

Aveiro. A pedra no sapato que é a terra de Montenegro

Aveiro é uma pedra no sapato de Luís Montenegro. Isto porque o mais normal seria que um candidato a presidente tivesse o seu distrito com ele, mas não é isso que acontece. A dupla Topa-Malheiro vale muitos votos no distrito e ficará ao lado de Rui Rio. O antigo líder distrital António Topa continua a ter muita influência, juntando forças com o atual líder distrital, Salvador Malheiro, a favor de Rio. Além disso, a própria concelhia de Aveiro, liderada por Vítor Martins, é a favor de Rui Rio. O presidente da autarquia e antigo secretário-geral de Luís Filipe Menezes, Ribau Esteves, também já veio pôr água na fervura ao ímpeto anti-Rio, dizendo que não é mudando de líder que o PSD recupera. Topa, Malheiro e Ribau contra Montenegro não é novidade.

Luís Montenegro tem, no entanto, o apoio de Pinto Moreira, presidente da câmara de Espinho — com quem esta sexta-feira esteve num jantar a comemorar os 10 anos de gestão autárquica do PSD. Pinto Moreira era o único autarca ao lado de Montenegro quando em janeiro o antigo líder parlamentar foi desafiar Rui Rio a ir a votos.

Na luta contra Rio, Montenegro pode ainda contar a 100% com o presidente da câmara de Vagos, o “montenegrista” Silvério Regalado, e ainda com Emídio Sousa, presidente da câmara de Santa Maria da Feira que na segunda-feira veio logo publicamente considerar o resultado de Rui Rio “desastroso”. Ainda assim, a luta Santana-Rio ensinou que, muitas vezes, ter o autarca local a favor de um dos candidatos já não tem a influência de outros tempos. Emídio Sousa apoiava Santana Lopes, mas, nas últimas diretas, Rui Rio venceu em Santa Maria da Feira.

O distrito está mais uma vez dividido. Para a distrital, os candidatos apoiados por Montenegro têm perdido ali (aconteceu com Ulisses Pereira contra Malheiro), o que é uma pedra no sapato. Mesmo na concelhia de Espinho, onde podia haver unidade em torno do filho da terra, vai haver duas listas nas próximas eleições da concelhia.

Porto em standby, à espera de Rio

A distrital do Porto, liderada por Alberto Machado, ficou ferida depois da guerra das listas de candidatos a deputados, mas agora mantém-se resguardada: só tomará posição depois de Rui Rio dizer se é ou não candidato. À partida, o apoio de uma parte do Porto deverá cair para o lado de Rio, mas não é assim tão liquido. No verão, o Porto foi quem deu mais luta a Rio na elaboração das listas de candidatos a deputados, tendo as reuniões ficado mesmo suspensas, atrasando o Conselho Nacional, porque a distrital teve de se reunir de emergência. Em causa estava o facto de os dirigentes locais acharem que Rio não lhes estava a deixar muita margem para pôr os seus, com o jovem Hugo Carvalho à cabeça, e o próprio Rio a número dois.

Santarém. Moura escolheu finalmente um lado

Santarém é um caso perdido para Rui Rio. A distrital era, até às últimas eleições, liderada por Nuno Serra, próximo de Luís Montenegro, de quem foi vice-presidente na bancada. Depois das diretas, João Moura, que tinha apoiado Rui Rio, venceu Nuno Serra (que tinha como número dois Duarte Marques) nas eleições para a distrital. Foi uma sensação agridoce para Rui Rio: passou a ter um apoiante a liderar a distrital, mas foi Miguel Relvas quem ajudou a eleger João Moura.

Quando se deu a crise do “golpe de Estado”, João Moura estava na primeira reunião (com Pedro Pinto, Pedro Alves, Maurício Marques e Bruno Vitorino) e todos o incluíram no movimento anti-Rio. Mas publicamente, João Moura sempre negou estar do lado dos montenegristas e disse à distrital de Santarém que ia votar a favor de Rui Rio na moção de confiança de janeiro deste ano.

Só que um dia depois de ser eleito como deputado, ficou claro de que lado estava e saiu em defesa da ala montenegrista. O líder distrital de Santarém defendeu que “não há derrotas morais” e que o resultado de domingo “é mau em toda a linha.” A direção de Rio já não confiava em Moura, mas agora fica claro que a distrital está perdida para quem avançar contra o presidente do partido.

João Moura não gostou da forma como Rui Rio geriu a escolha de deputados em Santarém, tendo ficado incomodado com a presença de Duarte Marques nas listas. Quem assumiu as dores e teve uma acesa discussão com Morais Sarmento foi o presidente da câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, que ficou furioso por Ramiro Matos sair para entrar Duarte Marques. Ricardo Gonçalves já deu o passo em frente a dizer que apoia Miguel Pinto Luz. João Moura estará entre Montenegro e Pinto Luz, sendo provável que caia para este último. Há ainda Duarte Marques, figura influente na distrital, que não tem pouca margem para ir contra Rui Rio, embora tenha boas relações com Montenegro. Se Duarte Marques levar com ele alguns autarcas do distrito (como o primo Vasco Estrela), pode vir a ser uma importante ajuda para o candidato que escolher nos bastidores. Nuno Serra foi ao jantar de Montenegro a Espinho, não havendo dúvidas de com quem está.

Aveiro. A pedra no sapato que é a terra de Montenegro

Aveiro é uma pedra no sapato de Luís Montenegro. Isto porque o mais normal seria que um candidato a presidente tivesse o seu distrito com ele, mas não é isso que acontece. A dupla Topa-Malheiro vale muitos votos no distrito e ficará ao lado de Rui Rio. O antigo líder distrital António Topa continua a ter muita influência, juntando forças com o atual líder distrital, Salvador Malheiro, a favor de Rio. Além disso, a própria concelhia de Aveiro, liderada por Vítor Martins, é a favor de Rui Rio. O presidente da autarquia e antigo secretário-geral de Luís Filipe Menezes, Ribau Esteves, também já veio pôr água na fervura ao ímpeto anti-Rio, dizendo que não é mudando de líder que o PSD recupera. Topa, Malheiro e Ribau contra Montenegro não é novidade.

Luís Montenegro tem, no entanto, o apoio de Pinto Moreira, presidente da câmara de Espinho — com quem esta sexta-feira esteve num jantar a comemorar os 10 anos de gestão autárquica do PSD. Pinto Moreira era o único autarca ao lado de Montenegro quando em janeiro o antigo líder parlamentar foi desafiar Rui Rio a ir a votos.

Na luta contra Rio, Montenegro pode ainda contar a 100% com o presidente da câmara de Vagos, o “montenegrista” Silvério Regalado, e ainda com Emídio Sousa, presidente da câmara de Santa Maria da Feira que na segunda-feira veio logo publicamente considerar o resultado de Rui Rio “desastroso”. Ainda assim, a luta Santana-Rio ensinou que, muitas vezes, ter o autarca local a favor de um dos candidatos já não tem a influência de outros tempos. Emídio Sousa apoiava Santana Lopes, mas, nas últimas diretas, Rui Rio venceu em Santa Maria da Feira.

O distrito está mais uma vez dividido. Para a distrital, os candidatos apoiados por Montenegro têm perdido ali (aconteceu com Ulisses Pereira contra Malheiro), o que é uma pedra no sapato. Mesmo na concelhia de Espinho, onde podia haver unidade em torno do filho da terra, vai haver duas listas nas próximas eleições da concelhia.

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