Notícias de Ovar

11-07-2018
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Carlos Brás, em entrevista a «O Jogo»"Os sócios só pensam nas contas"A Direcção da Ovarense terá de arranjar 9.700 euros para liquidar os prémios dos seguros do plantel deste mês, caso contrário a equipa fica impedida de competir na Liga de Honra. O presidente Carlos Brás ainda não tem soluções, nem vislumbra um desfecho positivo para um clube que sobrevive com as parcas receitas de bilheteira e das quotas. O JOGO | Que explicações deu aos jogadores e equipa técnica em relação à possibilidade de não conseguir liquidar os prémios dos seguros até sexta-feira? CARLOS BRÁS | Contei-lhes o que se passou na Assembleia Geral do passado sábado e a situação que se gerou ante a impossibilidade de criar uma comissão de apoio à Direcção. Agora tudo ficou mais complicado, ao ponto de ponderar a hipótese de deixar a gestão corrente do clube. P | Mas essa atitude não resolve a questão dos seguros e muito menos garante a continuidade da equipa na prova... R | Pois... apenas prometi que iria fazer todos os esforços para resolver o problema. O plantel não se manifestou, conversando depois com o técnico Tulipa. Estou consciente que é difícil, para quem não recebe, lidar com esta situação, mas a culpa é dos sócios. Para mim a responsabilidade de ficarmos impedidos de competir será sempre deles, que não quiseram credibilizar a Direcção, negando a formação de uma Comissão Administrativa comigo e com Álvaro Teixeira. Isto porque a construtora Abrantina só avançará com o desenvolvimento do projecto imobiliário connosco. P | Qualquer construtora deverá estar interessada neste projecto, mesmo com uma nova Direcção?... R | Isso é verdade, mas nessa altura já será tarde, pois precisamos de dinheiro agora. P | De que forma a tal comissão poderia dar o impulso necessário à Direcção? R | Dar-nos-ia mais força de decisão, uma vez que estamos apenas em gestão corrente, o que nos impede de executar o projecto com a Abrantina. Só precisávamos de 15 dias para termos dinheiro para os seguros e para pagar três meses de salários em atraso. Mas os sócios preocuparam-se apenas com as contas... P | Mas os sócios têm direito a exigir o Relatório e Contas... R | Se Manuel Miranda, ex-presidente, considerava que 200 mil euros chegavam para manter a equipa na prova, então bastava que os sócios fizessem as contas... P | Ninguém consegue avaliar a gestão de um clube assim, sobretudo quando também está em causa uma dívida de 6,7 milhões de euros à Caixa de Crédito Agrícola! R | Não se trata de uma dívida, mas sim de uma conta onde eram depositados os empréstimos de particulares ao clube. E não sabemos por que razão o banco reclama esse dinheiro, quando em conta havia somente 1,89 milhões de euros. P | Essa verba não incluirá as penalizações exigidas pelo banco em tribunal? R | Sim, sim... Estamos já a trabalhar na contestação do processo, pois fomos notificados no dia 20. Mas continuamos a não perceber onde foram buscar tanto dinheiro, que dizem terem disponibilizado ao clube numa conta movimentada por Manuel Miranda. P | Como conseguem fazer face às despesas correntes, se não há liquidez de caixa? R | Através das receitas dos jogos e das quotas dos sócios. E desse valor ainda conseguimos uns bocadinhos para pagar os salários. P | Mas não existem penhoras às receitas? R | Existem, só que contornamos essa questão.


Carlos Brás, em entrevista a «O Jogo»"Os sócios só pensam nas contas"A Direcção da Ovarense terá de arranjar 9.700 euros para liquidar os prémios dos seguros do plantel deste mês, caso contrário a equipa fica impedida de competir na Liga de Honra. O presidente Carlos Brás ainda não tem soluções, nem vislumbra um desfecho positivo para um clube que sobrevive com as parcas receitas de bilheteira e das quotas. O JOGO | Que explicações deu aos jogadores e equipa técnica em relação à possibilidade de não conseguir liquidar os prémios dos seguros até sexta-feira? CARLOS BRÁS | Contei-lhes o que se passou na Assembleia Geral do passado sábado e a situação que se gerou ante a impossibilidade de criar uma comissão de apoio à Direcção. Agora tudo ficou mais complicado, ao ponto de ponderar a hipótese de deixar a gestão corrente do clube. P | Mas essa atitude não resolve a questão dos seguros e muito menos garante a continuidade da equipa na prova... R | Pois... apenas prometi que iria fazer todos os esforços para resolver o problema. O plantel não se manifestou, conversando depois com o técnico Tulipa. Estou consciente que é difícil, para quem não recebe, lidar com esta situação, mas a culpa é dos sócios. Para mim a responsabilidade de ficarmos impedidos de competir será sempre deles, que não quiseram credibilizar a Direcção, negando a formação de uma Comissão Administrativa comigo e com Álvaro Teixeira. Isto porque a construtora Abrantina só avançará com o desenvolvimento do projecto imobiliário connosco. P | Qualquer construtora deverá estar interessada neste projecto, mesmo com uma nova Direcção?... R | Isso é verdade, mas nessa altura já será tarde, pois precisamos de dinheiro agora. P | De que forma a tal comissão poderia dar o impulso necessário à Direcção? R | Dar-nos-ia mais força de decisão, uma vez que estamos apenas em gestão corrente, o que nos impede de executar o projecto com a Abrantina. Só precisávamos de 15 dias para termos dinheiro para os seguros e para pagar três meses de salários em atraso. Mas os sócios preocuparam-se apenas com as contas... P | Mas os sócios têm direito a exigir o Relatório e Contas... R | Se Manuel Miranda, ex-presidente, considerava que 200 mil euros chegavam para manter a equipa na prova, então bastava que os sócios fizessem as contas... P | Ninguém consegue avaliar a gestão de um clube assim, sobretudo quando também está em causa uma dívida de 6,7 milhões de euros à Caixa de Crédito Agrícola! R | Não se trata de uma dívida, mas sim de uma conta onde eram depositados os empréstimos de particulares ao clube. E não sabemos por que razão o banco reclama esse dinheiro, quando em conta havia somente 1,89 milhões de euros. P | Essa verba não incluirá as penalizações exigidas pelo banco em tribunal? R | Sim, sim... Estamos já a trabalhar na contestação do processo, pois fomos notificados no dia 20. Mas continuamos a não perceber onde foram buscar tanto dinheiro, que dizem terem disponibilizado ao clube numa conta movimentada por Manuel Miranda. P | Como conseguem fazer face às despesas correntes, se não há liquidez de caixa? R | Através das receitas dos jogos e das quotas dos sócios. E desse valor ainda conseguimos uns bocadinhos para pagar os salários. P | Mas não existem penhoras às receitas? R | Existem, só que contornamos essa questão.

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