Verdes puxam dos galões: "Já falamos de ambiente desde os anos 90"

06-06-2019
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Com a nova concorrência direta, Os Verdes quiseram lembrar que têm um currículo ambiental antigo, mas as críticas foram mais incisivas na questão dos transportes perante o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. Impulsionados pelos resultados eleitorais do PAN nas europeias, os partidos apresentaram-se esta quarta-feira na Assembleia da República - Dia Mundial do Ambiente - como se nas últimas décadas as alterações climáticas tivessem feito parte dos temas centrais na agenda política.

Apesar de um estudo da Fundação Gulbenkian indicar que temas ambientais como as alterações climáticas, o esgotamento dos solos ou a poluição dos mares ter ficado por debater nos últimos 45 anos, o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) quis lembrar no Parlamento que já desde os anos 90 alertava para o problema. "Há muitos anos que o PEV reclama urgência e emergência na adoção de medidas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas, quer ao nível mundial, quer ao nível nacional. Se essa urgência tivesse sido levada a sério há uns bons anos, hoje estaríamos num patamar menor de risco", disse a líder dos Verdes depois de duas semanas em que o Partido-Animais-Natureza (PAN) passou a dominar o protagonismo na área ecologista. E puxou dos galões da história: "Nos anos 90, por exemplo, os Verdes alertavam, neste Parlamento, para o problema da mudança climática e parecia, para vários partidos, para vários Governos e para os órgãos de comunicação social, que estávamos a falar de ficção científica", disse Heloísa Apolónia na interpelação ao Governo maracada pelo partido que concorreu sempre coligado com o PCP.

O debate depressa se centrou nos problemas registados nas últimas semanas pelos utentes nos transportes públicos, provocados pelo aumento de passageiros devido à redução do preço nos passes sociais. Tanto a esquerda como a direita, por motivos diferentes, criticaram a gestão do executivo na matéria.

Dirigindo-se ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, presente no hemiciclo, o Bloco de Esquerda atirou: "O senhor não quer ser o ministro em que a qualidade dos transportes públicos regrediu", disse Heitor Sousa, referindo-se à retirada de carruagens no Metro de Lisboa. O PCP reforçou as críticas dos bloquistas ao sublinhar que o problema não foi a redução do preço dos passes sociais, mas que a oferta se tenha mantido a mesma. "O problema não é os transportes serem baratos, é serem poucos", acusou Bruno Dias do PCP. Carlos Silva do PSD chamou à atenção para a necessidade de um plano emergência para o setor.

Perante as críticas, Matos Fernandes, ministro do Ambiente, disse que a retirada de bancos no Metro de Lisboa foi feita para criar espaço para malas, por causa da ligação até ao aeroporto, e para carrinhos de bebés. Na resposta, Heloísa Apolónia ironicamente disse que estranhava que a medida tivesse sido provocada por um "boom de natalidade".

Comunidades energéticas dentro de um mês

O ministro do Ambiente garantiu ainda que daqui a um mês estará pronta legislação necessária para criar comunidades energéticas. Em Julho, será feito um leilão de 1.400 megawatts.

Esta legislação trata de medidas para simplificar a atribuição de licenças de produção de eletricidade a partir de energia solar. Até 2030, haverá um investimento privado de seis mil milhões de euros.

Com a nova concorrência direta, Os Verdes quiseram lembrar que têm um currículo ambiental antigo, mas as críticas foram mais incisivas na questão dos transportes perante o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. Impulsionados pelos resultados eleitorais do PAN nas europeias, os partidos apresentaram-se esta quarta-feira na Assembleia da República - Dia Mundial do Ambiente - como se nas últimas décadas as alterações climáticas tivessem feito parte dos temas centrais na agenda política.

Apesar de um estudo da Fundação Gulbenkian indicar que temas ambientais como as alterações climáticas, o esgotamento dos solos ou a poluição dos mares ter ficado por debater nos últimos 45 anos, o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) quis lembrar no Parlamento que já desde os anos 90 alertava para o problema. "Há muitos anos que o PEV reclama urgência e emergência na adoção de medidas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas, quer ao nível mundial, quer ao nível nacional. Se essa urgência tivesse sido levada a sério há uns bons anos, hoje estaríamos num patamar menor de risco", disse a líder dos Verdes depois de duas semanas em que o Partido-Animais-Natureza (PAN) passou a dominar o protagonismo na área ecologista. E puxou dos galões da história: "Nos anos 90, por exemplo, os Verdes alertavam, neste Parlamento, para o problema da mudança climática e parecia, para vários partidos, para vários Governos e para os órgãos de comunicação social, que estávamos a falar de ficção científica", disse Heloísa Apolónia na interpelação ao Governo maracada pelo partido que concorreu sempre coligado com o PCP.

O debate depressa se centrou nos problemas registados nas últimas semanas pelos utentes nos transportes públicos, provocados pelo aumento de passageiros devido à redução do preço nos passes sociais. Tanto a esquerda como a direita, por motivos diferentes, criticaram a gestão do executivo na matéria.

Dirigindo-se ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, presente no hemiciclo, o Bloco de Esquerda atirou: "O senhor não quer ser o ministro em que a qualidade dos transportes públicos regrediu", disse Heitor Sousa, referindo-se à retirada de carruagens no Metro de Lisboa. O PCP reforçou as críticas dos bloquistas ao sublinhar que o problema não foi a redução do preço dos passes sociais, mas que a oferta se tenha mantido a mesma. "O problema não é os transportes serem baratos, é serem poucos", acusou Bruno Dias do PCP. Carlos Silva do PSD chamou à atenção para a necessidade de um plano emergência para o setor.

Perante as críticas, Matos Fernandes, ministro do Ambiente, disse que a retirada de bancos no Metro de Lisboa foi feita para criar espaço para malas, por causa da ligação até ao aeroporto, e para carrinhos de bebés. Na resposta, Heloísa Apolónia ironicamente disse que estranhava que a medida tivesse sido provocada por um "boom de natalidade".

Comunidades energéticas dentro de um mês

O ministro do Ambiente garantiu ainda que daqui a um mês estará pronta legislação necessária para criar comunidades energéticas. Em Julho, será feito um leilão de 1.400 megawatts.

Esta legislação trata de medidas para simplificar a atribuição de licenças de produção de eletricidade a partir de energia solar. Até 2030, haverá um investimento privado de seis mil milhões de euros.

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