"O PREVPAP foi muito importante, infelizmente há zonas onde ele ainda não foi cumprido. Lutamos todos os dias por toda a gente que ainda não tem o seu vínculo", disse aos jornalistas Catarina Martins, após um encontro com ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que estavam a recibos verdes e passaram esta semana a ter vínculo laboral.
Como exemplo, a coordenadora do BE referiu o caso dos técnicos especializados nas escolas, sublinhando que o ano escolar abriu sem que estes técnicos "tenham tido respostas aos seus PREVPAP", o que "é grave".
Catarina Martins sustentou que o PREVPAP, que permitiu a cerca de 30 mil pessoas terem um vínculo no trabalho, "não foi a única conquista no âmbito laboral" nos últimos quatro anos, frisando que foram mudadas as leis do assédio laboral.
A coordenadora do BE considerou "uma vitória extraordinária" que cerca das 500 das 700 ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tivessem, na última semana, assinado o contrato de trabalho, coincidindo com a campanha eleitoral.
"Fizeram uma enorme luta. Há muitas mulheres negras e imigrantes, onde havia um manto de invisibilidade na sua presença. Fizeram uma enorme luta, embora a Santa Casa da Misericórdia não esteja abrangida pela PREVPAP, fizemos aqui integrar quem estava precário com um vínculo permanente", disse.
Catarina Martins explicou que ajudantes familiares, a maior parte mulheres, vão a casa das pessoas mais vulneráveis para cuidar delas e estavam a recibos verdes há 30 anos e sem qualquer direito.
"Elas não faltaram um único dia aos mais necessitados que precisavam da sua ajuda, faltava sim era o contrato de trabalho", frisou, destacando a importância para o BE de eleger uma "deputada negra", que tem sido "o rosto pelo combate antiracismo, visibilidade de todas as mulheres e combate de todas as discriminações".
Beatriz Gomes Dias, ativista pelos direitos dos afrodescendentes, que ocupa o terceiro lugar na lista de candidatos por Lisboa do Bloco de Esquerda, realçou "a perseverança e a persistência" da luta deste trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia ao vencerem "as barreiras criadas pelo racismo institucional e estrutural que existe na sociedade portuguesa".
"Este país tem de ser para todas estas pessoas, temos de transformar esta realidade e impedir que continue a haver situações de exploração e precariedade em que o trabalho não é remunerado e continua haver exploração", referiu Beatriz Gomes Dias durante o encontro com as ajudantes familiares, que decorreu na sede do BE de Lisboa.
Notícias ao Minuto nomeado para os Prémios Marketeer O Notícias ao Minuto é um dos nomeados da edição de 2022 dos Prémios Marketeer, na categoria de Digital Media. As votações decorrem até ao próximo dia 31 de maio. Para nos ajudar a vencer, basta aceder ao site da iniciativa organizada pela revista Marketeer, clicando aqui, e proceder ao preenchimento do formulário, selecionando Notícias ao Minuto na categoria de Digital Media e formalizando depois a votação. Obrigada pela sua preferência!
Leia Também: Tancos? Catarina Martins defende que "não deve ser um caso de eleições"
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"O PREVPAP foi muito importante, infelizmente há zonas onde ele ainda não foi cumprido. Lutamos todos os dias por toda a gente que ainda não tem o seu vínculo", disse aos jornalistas Catarina Martins, após um encontro com ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que estavam a recibos verdes e passaram esta semana a ter vínculo laboral.
Como exemplo, a coordenadora do BE referiu o caso dos técnicos especializados nas escolas, sublinhando que o ano escolar abriu sem que estes técnicos "tenham tido respostas aos seus PREVPAP", o que "é grave".
Catarina Martins sustentou que o PREVPAP, que permitiu a cerca de 30 mil pessoas terem um vínculo no trabalho, "não foi a única conquista no âmbito laboral" nos últimos quatro anos, frisando que foram mudadas as leis do assédio laboral.
A coordenadora do BE considerou "uma vitória extraordinária" que cerca das 500 das 700 ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tivessem, na última semana, assinado o contrato de trabalho, coincidindo com a campanha eleitoral.
"Fizeram uma enorme luta. Há muitas mulheres negras e imigrantes, onde havia um manto de invisibilidade na sua presença. Fizeram uma enorme luta, embora a Santa Casa da Misericórdia não esteja abrangida pela PREVPAP, fizemos aqui integrar quem estava precário com um vínculo permanente", disse.
Catarina Martins explicou que ajudantes familiares, a maior parte mulheres, vão a casa das pessoas mais vulneráveis para cuidar delas e estavam a recibos verdes há 30 anos e sem qualquer direito.
"Elas não faltaram um único dia aos mais necessitados que precisavam da sua ajuda, faltava sim era o contrato de trabalho", frisou, destacando a importância para o BE de eleger uma "deputada negra", que tem sido "o rosto pelo combate antiracismo, visibilidade de todas as mulheres e combate de todas as discriminações".
Beatriz Gomes Dias, ativista pelos direitos dos afrodescendentes, que ocupa o terceiro lugar na lista de candidatos por Lisboa do Bloco de Esquerda, realçou "a perseverança e a persistência" da luta deste trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia ao vencerem "as barreiras criadas pelo racismo institucional e estrutural que existe na sociedade portuguesa".
"Este país tem de ser para todas estas pessoas, temos de transformar esta realidade e impedir que continue a haver situações de exploração e precariedade em que o trabalho não é remunerado e continua haver exploração", referiu Beatriz Gomes Dias durante o encontro com as ajudantes familiares, que decorreu na sede do BE de Lisboa.
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