Autárquicas: PSD queria mais coligações com CDS, terá menos

18-02-2017
marcar artigo

Carlos Carreiras, o coordenador autárquico do PSD, nunca escondeu a sua confiança de que nas autárquicas deste ano haveria mais coligações com o CDS do que em 2013. E diz: “Mantenho essa expectativa fundada em informação que me vai chegando do terreno.” Mas ao que apurou o Expresso, poderá não ser assim. O calendário definido pelos sociais-democratas, que em alguns casos faz com que as decisões fiquem adiadas até março, está a deixar o CDS muito desconfortável, pois decisões demasiado tardias condicionam a margem do partido mais pequeno para lançar candidaturas próprias.

O que aconteceu em Lisboa – Assunção Cristas não ficou à espera que o PSD resolvesse os seus problemas e anunciou a sua candidatura no início de setembro – repetiu-se em Évora e poderá voltar a suceder noutras autarquias, nomeadamente capitais de distrito como Leiria ou Coimbra. Aliás, o precedente de Lisboa inquinou o ambiente entre os líderes dos dois partidos, com Cristas a pedir explicações a Passos sobre um rompimento de negociações que foi anunciado publicamente pelo presidente do PSD sem antes dar uma palavra à sua homóloga.

Os líderes dos dois partidos deverão encontrar-se nas próximas semanas, para resolver impasses em relação a algumas negociações mais delicadas que decorrem ao nível dos coordenadores autárquicos, mas ao que o Expresso apurou ainda não há data marcada para esse encontro. Um bom exemplo das difíceis negociações que estão em curso é Sintra: o PSD vai aprovar oficialmente o apoio a Marco Almeida, o ex-militante que virou independente, mas ainda não há a certeza de haver coligação com o CDS, que está a ser empurrado para lugares secundários, depois dos candidatos do movimento de cidadãos e dos nomes sociais-democratas. Uma desgraduação que os centristas recusam. Sendo certo que há sondagens que indicam a hipótese de tirar a autarquia a Basílio Horta (PS), mas apenas se houver coligação.

Outro caso sintomático é Coimbra. Em 2013, o PS ganhou por não ter existido coligação PSD-CDS. Agora, é possível que o cenário se repita devido à indecisão do PSD sobre que candidato apresentará. O nome pretendido é Álvaro Amaro, mas o atual presidente da câmara da Guarda hesita em trocar de município quando está apenas no primeiro mandato. Os centristas admitem não ficar à espera, até porque acreditam que têm bons nomes para lançar em Coimbra – uma das hipóteses é o da antiga deputada, e vogal da Comissão Executiva, Teresa Anjinho.

[ Artigo publicado na edição do Expresso de sábado, 28 de janeiro ]

Carlos Carreiras, o coordenador autárquico do PSD, nunca escondeu a sua confiança de que nas autárquicas deste ano haveria mais coligações com o CDS do que em 2013. E diz: “Mantenho essa expectativa fundada em informação que me vai chegando do terreno.” Mas ao que apurou o Expresso, poderá não ser assim. O calendário definido pelos sociais-democratas, que em alguns casos faz com que as decisões fiquem adiadas até março, está a deixar o CDS muito desconfortável, pois decisões demasiado tardias condicionam a margem do partido mais pequeno para lançar candidaturas próprias.

O que aconteceu em Lisboa – Assunção Cristas não ficou à espera que o PSD resolvesse os seus problemas e anunciou a sua candidatura no início de setembro – repetiu-se em Évora e poderá voltar a suceder noutras autarquias, nomeadamente capitais de distrito como Leiria ou Coimbra. Aliás, o precedente de Lisboa inquinou o ambiente entre os líderes dos dois partidos, com Cristas a pedir explicações a Passos sobre um rompimento de negociações que foi anunciado publicamente pelo presidente do PSD sem antes dar uma palavra à sua homóloga.

Os líderes dos dois partidos deverão encontrar-se nas próximas semanas, para resolver impasses em relação a algumas negociações mais delicadas que decorrem ao nível dos coordenadores autárquicos, mas ao que o Expresso apurou ainda não há data marcada para esse encontro. Um bom exemplo das difíceis negociações que estão em curso é Sintra: o PSD vai aprovar oficialmente o apoio a Marco Almeida, o ex-militante que virou independente, mas ainda não há a certeza de haver coligação com o CDS, que está a ser empurrado para lugares secundários, depois dos candidatos do movimento de cidadãos e dos nomes sociais-democratas. Uma desgraduação que os centristas recusam. Sendo certo que há sondagens que indicam a hipótese de tirar a autarquia a Basílio Horta (PS), mas apenas se houver coligação.

Outro caso sintomático é Coimbra. Em 2013, o PS ganhou por não ter existido coligação PSD-CDS. Agora, é possível que o cenário se repita devido à indecisão do PSD sobre que candidato apresentará. O nome pretendido é Álvaro Amaro, mas o atual presidente da câmara da Guarda hesita em trocar de município quando está apenas no primeiro mandato. Os centristas admitem não ficar à espera, até porque acreditam que têm bons nomes para lançar em Coimbra – uma das hipóteses é o da antiga deputada, e vogal da Comissão Executiva, Teresa Anjinho.

[ Artigo publicado na edição do Expresso de sábado, 28 de janeiro ]

marcar artigo