A Zorra da Boavista: CONTRIBUTOS EXTERNOS

11-11-2018
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Cada
cavadela cada minhoca

Por Antunes Ferreira

O Partido Socialista (do qual sou militante, como é sabido e para que não haja dúvidas) anda em maré
baixa. António Costa tem a obrigação de deitar a mão e meter nos eixos quem não
teve o cuidado de prever tantos desvarios que estão a acontecer na pré (?)
campanha eleitoral. Quem não teve cuidado? Ou será que quem não sabe ou não
quer saber que o PS está metido não num ninho de serpentes, mas em vários. A
incompetência ou a má intenção podem levar ao descalabro. Cada cavadela, cada
minhoca…

Eles são os infelizes out-doors, a candidatura (?)
de Maria de Belém Roseira a Presidente da República, apoiada, tanto quanto se
sabe por muitos socialistas e que agora vai ser desafiada por cem “notáveis” a
correr para Belém, ele é a falta de agressividade do secretário-geral que,
assim, não conseguirá chegar a primeiro-ministro e nem pensar em maioria
absoluta.

Vamos por partes. Dois cartazes out-doors dos homens
do Largo do Rato levantaram uma polémica desnecessária: ambos sobre o
gravíssimo problema do desemprego que o PS quer, pelos menos, diminuir as suas
percentagens, tudo acompanhado do dize-tu-direi- eu com o (des)Governo sobre
esta temática que mete ao barulho o INE e os números apresentados quanto ao
número de desempregados e sua comparação com anteriores.

Resultado: os cartazes infelizes originaram críticas
e gozos nas redes sociais e não só. A coisa aqueceu e o Largo do Rato viu-se
obrigado  a um pedido público de
desculpas a Edson Athayde e aos implicados na campanha, depois de a segunda
vaga de cartazes ter voltado a incendiar as citadas redes. Uma verdadeira
bronca que não faz bem ao PS, bem pelo contrário. Estava o caldo entornado como
se usa dizer e a sopa ficava reduzida ao esturrado.

O que o Partido Socialista (de que, relembro e
acentuo, sou militante de base e um dos primeiros a apoiar a mudança da ASP
para partido) tem vindo a fazer é um verdadeiro despautério e não pode
simplesmente aguardar o debate Costa/Coelho de 7 de Setembro que está a chegar.
O que leva a bater palmas a coligação, com a excepção de Portas que também
queria debater numa posição irrevogável.

Desculpas não curam diz o povo na sua sapiência
milenar. Ilibando todos os que dirigem e participam na organização da pré (?)
campanha eleitoral é bonito mas também é esfarrapado. Pode perguntar-se se a
organização dessa campanha entregue em mãos competentes, diz o PS, por que
bulas os infelizes cartazes foram encomendados a quem no mínimo não soube
avaliar do barulho que causariam ou mesmo evita-lo?

 Acontece que os cartazes contêm múltiplos erros: desde a mulher que está
desempregada há cinco anos, ou seja, desde o Governo de José Sócrates, até à
rapariga que acusa o PS de ter-lhe inventado uma história e de ter publicado a
sua imagem sem autorização… Ao fim dumas horas (mais um erro) saiu um
comunicado:

"O PS pede
desculpas públicas, em especial às pessoas implicadas". A nota esclarece
que os cartazes não são da autoria de Edson Athayde e adianta que "o PS
solicitou já esclarecimentos pormenorizados aos fornecedores e prestadores de
serviços, bem como todas as informações necessárias a que se possa avaliar o
procedimento".

"Está farto de ver
o trabalho criticado e tem um percurso para defender", disse fonte do
partido ao JN, ainda antes de ser conhecido o pedido de desculpas. E diz mais. Quem aparentemente não tem desculpa,
assegura a mesma fonte, é o director da campanha, Ascenso Simões. "A
escolha do nome não foi unânime. E com a polémica dos cartazes e a opção pela
falta de reacção, há quem pense, no partido, que ele fez um trabalho importante
no passado, mas já está datado, porque não conseguiu adaptar-se a este tempo em
que uma resposta não pode ser adiada três dias".

Segundo ainda publica o Jornal de
Notícias, para António Galamba, público apoiante de António José Seguro, a
explicação é simples: "Há dois problemas, não foi feita uma avaliação do
impacto que teriam as mensagens e há subvalorização do poder das redes sociais,
enquanto os outros as usam para contra-informação", o que de qualquer
maneira eleva a fasquia da vitória exigida a António Costa.

No concernente ao candidato a Belém,
parece, sublinho parece, que não haverá apoio a Sampaio da Nóvoa nem a Roseira.
Por isso permito-me perguntar: em que ficamos?

Cada
cavadela cada minhoca

Por Antunes Ferreira

O Partido Socialista (do qual sou militante, como é sabido e para que não haja dúvidas) anda em maré
baixa. António Costa tem a obrigação de deitar a mão e meter nos eixos quem não
teve o cuidado de prever tantos desvarios que estão a acontecer na pré (?)
campanha eleitoral. Quem não teve cuidado? Ou será que quem não sabe ou não
quer saber que o PS está metido não num ninho de serpentes, mas em vários. A
incompetência ou a má intenção podem levar ao descalabro. Cada cavadela, cada
minhoca…

Eles são os infelizes out-doors, a candidatura (?)
de Maria de Belém Roseira a Presidente da República, apoiada, tanto quanto se
sabe por muitos socialistas e que agora vai ser desafiada por cem “notáveis” a
correr para Belém, ele é a falta de agressividade do secretário-geral que,
assim, não conseguirá chegar a primeiro-ministro e nem pensar em maioria
absoluta.

Vamos por partes. Dois cartazes out-doors dos homens
do Largo do Rato levantaram uma polémica desnecessária: ambos sobre o
gravíssimo problema do desemprego que o PS quer, pelos menos, diminuir as suas
percentagens, tudo acompanhado do dize-tu-direi- eu com o (des)Governo sobre
esta temática que mete ao barulho o INE e os números apresentados quanto ao
número de desempregados e sua comparação com anteriores.

Resultado: os cartazes infelizes originaram críticas
e gozos nas redes sociais e não só. A coisa aqueceu e o Largo do Rato viu-se
obrigado  a um pedido público de
desculpas a Edson Athayde e aos implicados na campanha, depois de a segunda
vaga de cartazes ter voltado a incendiar as citadas redes. Uma verdadeira
bronca que não faz bem ao PS, bem pelo contrário. Estava o caldo entornado como
se usa dizer e a sopa ficava reduzida ao esturrado.

O que o Partido Socialista (de que, relembro e
acentuo, sou militante de base e um dos primeiros a apoiar a mudança da ASP
para partido) tem vindo a fazer é um verdadeiro despautério e não pode
simplesmente aguardar o debate Costa/Coelho de 7 de Setembro que está a chegar.
O que leva a bater palmas a coligação, com a excepção de Portas que também
queria debater numa posição irrevogável.

Desculpas não curam diz o povo na sua sapiência
milenar. Ilibando todos os que dirigem e participam na organização da pré (?)
campanha eleitoral é bonito mas também é esfarrapado. Pode perguntar-se se a
organização dessa campanha entregue em mãos competentes, diz o PS, por que
bulas os infelizes cartazes foram encomendados a quem no mínimo não soube
avaliar do barulho que causariam ou mesmo evita-lo?

 Acontece que os cartazes contêm múltiplos erros: desde a mulher que está
desempregada há cinco anos, ou seja, desde o Governo de José Sócrates, até à
rapariga que acusa o PS de ter-lhe inventado uma história e de ter publicado a
sua imagem sem autorização… Ao fim dumas horas (mais um erro) saiu um
comunicado:

"O PS pede
desculpas públicas, em especial às pessoas implicadas". A nota esclarece
que os cartazes não são da autoria de Edson Athayde e adianta que "o PS
solicitou já esclarecimentos pormenorizados aos fornecedores e prestadores de
serviços, bem como todas as informações necessárias a que se possa avaliar o
procedimento".

"Está farto de ver
o trabalho criticado e tem um percurso para defender", disse fonte do
partido ao JN, ainda antes de ser conhecido o pedido de desculpas. E diz mais. Quem aparentemente não tem desculpa,
assegura a mesma fonte, é o director da campanha, Ascenso Simões. "A
escolha do nome não foi unânime. E com a polémica dos cartazes e a opção pela
falta de reacção, há quem pense, no partido, que ele fez um trabalho importante
no passado, mas já está datado, porque não conseguiu adaptar-se a este tempo em
que uma resposta não pode ser adiada três dias".

Segundo ainda publica o Jornal de
Notícias, para António Galamba, público apoiante de António José Seguro, a
explicação é simples: "Há dois problemas, não foi feita uma avaliação do
impacto que teriam as mensagens e há subvalorização do poder das redes sociais,
enquanto os outros as usam para contra-informação", o que de qualquer
maneira eleva a fasquia da vitória exigida a António Costa.

No concernente ao candidato a Belém,
parece, sublinho parece, que não haverá apoio a Sampaio da Nóvoa nem a Roseira.
Por isso permito-me perguntar: em que ficamos?

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