Tancos. Rangel acusa Costa de tratar dossiê como assalto a casa

22-08-2018
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O eurodeputado do PSD Paulo Rangel defendeu ontem a demissão do general Rovisco Duarte, chefe de Estado-Maior do Exército, por causa da polémica sobre o roubo de material bélico militar em Tancos. “O chefe em causa chegou ao limite institucionalmente insustentável, de em plena comissão parlamentar, afirmar altaneiramente que não compreendia porque tinha sido chamado ao parlamento”, disse o responsável social-democrata num artigo de opinião no “Público”.

Ao i, o eurodeputado sustentou que o ponto principal deste caso é que “o primeiro-ministro trata o assalto a Tancos como um assalto a uma casa”. Um assalto a uma casa “é grave”, mas o furto ao paiol de Tancos não se pode contextualizar, apenas, num quadro de “um roubo de armas”. Para Paulo Rangel “o roubo de armas não é um caso de polícia”. E explica que as autoridades judiciais têm de investigar, mas o processo “é um acontecimento muito grave para o Estado português e para a autoridade, a credibilidade e o prestígio das Forças Armadas”, conforme escreveu no “Público”.

O CDS foi o primeiro partido a dizer que Rovisco Duarte já não tem condições para assumir o cargo, depois do general se ter deslocado à comissão de Defesa para explicar as suspeitas - lançadas pelo Ministério Público - de que existem discrepâncias entre a lista de material roubado em junho de 2017 e recuperado em outubro do ano passado. O “Expresso” noticiou que existia material militar à solta, razão pela qual o general foi chamado de urgência. As dúvidas não se dissiparam e Rovisco Duarte remeteu o processo para o Ministério Público, considerando que a lista de material recuperado era “confidencial”. Perante os deputados, o general garantiu “que nunca disse” que todo o material tinha sido recuperado e acabou por confessar que nem sabia por que razão tinha regressado à comissão de Defesa.

O PCP foi o segundo partido a sustentar que Rovisco Duarte não tinha condições para continuar no cargo, mas optou por uma fórmula menos polémica. “O CEME termina o seu mandato em abril. Por conseguinte, creio que acabará no tempo próprio. Se alguma coisa mais haveria de ter sido feita, teria sido há um ano, por iniciativa do próprio ou do governo”, declarou Rui Fernandes, membro da comissão política do comité central, a 10 de agosto. Rovisco Duarte, recorde-se, termina o mandato em abril de 2019, por isso, para os comunistas, a solução é simples: Rovisco Duarte deve terminar o mandato e não ser reconduzido. O Bloco de Esquerda, pela voz do deputado João Vasconcelos, chegou a perguntar ao general se retirava alguma ilação do processo e se demitia. A resposta foi “não”, mas ficou a pergunta bloquista que, por agora, nada mais tem a acrescentar. O mesmo se aplica ao PS. Ascenso Simões remete para setembro todo o processo de Tancos. Será aí que PSD e CDS irão avaliar a proposta de uma comissão de inquérito.

Com a direção de Rui Rio no PSD, os sociais-democratas são cautelosos a pedir demissões, por isso Rangel escapou ao guião do líder social-democrata. Contudo, o partido quer voltar a ouvir o ministro da Defesa sobre a polémica, a segunda vez no espaço de dois meses, conforme explicou Pedro Roque após a audição de Rovisco Duarte.

Contacto pelo i sobre o pedido de demissão feito por Paulo Rangel, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira limitou-se a dizer que o ramo militar tem por prática não “ comentar artigos de opinião”.

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel defendeu ontem a demissão do general Rovisco Duarte, chefe de Estado-Maior do Exército, por causa da polémica sobre o roubo de material bélico militar em Tancos. “O chefe em causa chegou ao limite institucionalmente insustentável, de em plena comissão parlamentar, afirmar altaneiramente que não compreendia porque tinha sido chamado ao parlamento”, disse o responsável social-democrata num artigo de opinião no “Público”.

Ao i, o eurodeputado sustentou que o ponto principal deste caso é que “o primeiro-ministro trata o assalto a Tancos como um assalto a uma casa”. Um assalto a uma casa “é grave”, mas o furto ao paiol de Tancos não se pode contextualizar, apenas, num quadro de “um roubo de armas”. Para Paulo Rangel “o roubo de armas não é um caso de polícia”. E explica que as autoridades judiciais têm de investigar, mas o processo “é um acontecimento muito grave para o Estado português e para a autoridade, a credibilidade e o prestígio das Forças Armadas”, conforme escreveu no “Público”.

O CDS foi o primeiro partido a dizer que Rovisco Duarte já não tem condições para assumir o cargo, depois do general se ter deslocado à comissão de Defesa para explicar as suspeitas - lançadas pelo Ministério Público - de que existem discrepâncias entre a lista de material roubado em junho de 2017 e recuperado em outubro do ano passado. O “Expresso” noticiou que existia material militar à solta, razão pela qual o general foi chamado de urgência. As dúvidas não se dissiparam e Rovisco Duarte remeteu o processo para o Ministério Público, considerando que a lista de material recuperado era “confidencial”. Perante os deputados, o general garantiu “que nunca disse” que todo o material tinha sido recuperado e acabou por confessar que nem sabia por que razão tinha regressado à comissão de Defesa.

O PCP foi o segundo partido a sustentar que Rovisco Duarte não tinha condições para continuar no cargo, mas optou por uma fórmula menos polémica. “O CEME termina o seu mandato em abril. Por conseguinte, creio que acabará no tempo próprio. Se alguma coisa mais haveria de ter sido feita, teria sido há um ano, por iniciativa do próprio ou do governo”, declarou Rui Fernandes, membro da comissão política do comité central, a 10 de agosto. Rovisco Duarte, recorde-se, termina o mandato em abril de 2019, por isso, para os comunistas, a solução é simples: Rovisco Duarte deve terminar o mandato e não ser reconduzido. O Bloco de Esquerda, pela voz do deputado João Vasconcelos, chegou a perguntar ao general se retirava alguma ilação do processo e se demitia. A resposta foi “não”, mas ficou a pergunta bloquista que, por agora, nada mais tem a acrescentar. O mesmo se aplica ao PS. Ascenso Simões remete para setembro todo o processo de Tancos. Será aí que PSD e CDS irão avaliar a proposta de uma comissão de inquérito.

Com a direção de Rui Rio no PSD, os sociais-democratas são cautelosos a pedir demissões, por isso Rangel escapou ao guião do líder social-democrata. Contudo, o partido quer voltar a ouvir o ministro da Defesa sobre a polémica, a segunda vez no espaço de dois meses, conforme explicou Pedro Roque após a audição de Rovisco Duarte.

Contacto pelo i sobre o pedido de demissão feito por Paulo Rangel, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira limitou-se a dizer que o ramo militar tem por prática não “ comentar artigos de opinião”.

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