Voto de louvor à seleção de Futsal do Clero gera polémica

04-04-2019
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Louvor aprovado com protestos de alguns deputados. «A Assembleia da República para ser respeitada, deve fazer-se respeitar», diz Trigo Pereira.

O voto de louvor pelo desempenho da seleção de Futsal do Clero no campeonato da Europa foi aprovado, mas mereceu o protesto de vários deputados por não dignificar a Assembleia da República. A proposta, apresentada pela PSD e CDS, pretendia homenagear a seleção do clero e foi muito partilhada nas redes sociais por destacar o «surpreendente hat-trick do padre André Meireles».

PSD, CDS e uma parte do PS apoiou o louvor. Quarenta deputados socialistas e os deputados comunistas abstiveram-se. Bloco de Esquerda, o deputado do PS Ascenso Simões e o independente Paulo Trigo Pereira votaram contra.

Trigo Pereira apresentou uma declaração de voto em que considera o voto de congratulação inapropriado. «A Assembleia da República para ser respeitada, deve fazer-se respeitar. A forma deste voto, em tom de crónica desportiva estaria bem num jornal regional, mas não na Assembleia da República. Antes do 25 de Abril Portugal era Futebol, Fado e Fátima. Não pretendo regressar a esse tempo», argumentou o deputado não-inscrito.

O socialista Ascenso Simões escreve na declaração de voto que o louvor à seleção do clero «revela o ponto a que chegámos». O deputado do PS mostrou-se muito crítico da iniciativa da direita e defendeu que o Parlamento «não pode descer ao nível da rua, do bairro, do amigo que se revelou na conquista do torneio de sueca».

Louvor divide bancada do PS

A bancada do PS dividiu-se na altura da votação - 40 dos 85 parlamentares socialistas abstiveram-se. Fernando Rocha Andrade, Pedro Delgado Alves e Filipe Neto Brandão, vice-presidentes do grupo parlamentar, e a número dois do partido Ana Catarina Mendes estiveram entre os deputados que optaram pela abstenção.

A proposta apresentada pelo PSD e CDS pretende associar-se ao «sentimento de reconhecimento nacional por esta vitória».

O voto de congratulação refere que «a Seleção Nacional de Futsal do Clero teve nesta edição o comando técnico do mister Ricardo Costa e a braçadeira de capitão coube ao padre Marco Gil, conhecido entre os pares como o Cristiano Ronaldo da seleção da Igreja».

Louvor aprovado com protestos de alguns deputados. «A Assembleia da República para ser respeitada, deve fazer-se respeitar», diz Trigo Pereira.

O voto de louvor pelo desempenho da seleção de Futsal do Clero no campeonato da Europa foi aprovado, mas mereceu o protesto de vários deputados por não dignificar a Assembleia da República. A proposta, apresentada pela PSD e CDS, pretendia homenagear a seleção do clero e foi muito partilhada nas redes sociais por destacar o «surpreendente hat-trick do padre André Meireles».

PSD, CDS e uma parte do PS apoiou o louvor. Quarenta deputados socialistas e os deputados comunistas abstiveram-se. Bloco de Esquerda, o deputado do PS Ascenso Simões e o independente Paulo Trigo Pereira votaram contra.

Trigo Pereira apresentou uma declaração de voto em que considera o voto de congratulação inapropriado. «A Assembleia da República para ser respeitada, deve fazer-se respeitar. A forma deste voto, em tom de crónica desportiva estaria bem num jornal regional, mas não na Assembleia da República. Antes do 25 de Abril Portugal era Futebol, Fado e Fátima. Não pretendo regressar a esse tempo», argumentou o deputado não-inscrito.

O socialista Ascenso Simões escreve na declaração de voto que o louvor à seleção do clero «revela o ponto a que chegámos». O deputado do PS mostrou-se muito crítico da iniciativa da direita e defendeu que o Parlamento «não pode descer ao nível da rua, do bairro, do amigo que se revelou na conquista do torneio de sueca».

Louvor divide bancada do PS

A bancada do PS dividiu-se na altura da votação - 40 dos 85 parlamentares socialistas abstiveram-se. Fernando Rocha Andrade, Pedro Delgado Alves e Filipe Neto Brandão, vice-presidentes do grupo parlamentar, e a número dois do partido Ana Catarina Mendes estiveram entre os deputados que optaram pela abstenção.

A proposta apresentada pelo PSD e CDS pretende associar-se ao «sentimento de reconhecimento nacional por esta vitória».

O voto de congratulação refere que «a Seleção Nacional de Futsal do Clero teve nesta edição o comando técnico do mister Ricardo Costa e a braçadeira de capitão coube ao padre Marco Gil, conhecido entre os pares como o Cristiano Ronaldo da seleção da Igreja».

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