Blogue das Línguas

20-06-2020
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“Contos de mão em mão” – Semana do Ambiente8.º B          Os antepassados da família do pinguim Serafim já vivem há mais de mil anos no Pólo Sul, mas agora os peixes, que sempre lhe serviram de alimento, começam a escassear. De semana a semana, a família tem de mudar de casa, pois os iglos derretem com mais frequência. As pistas de gelo, nas quais se divertiam a escorregar, fecham, uma vez que as placas de gelo se separam a cada dia que passa. Todos os dias se deparam com um cenário diferente, tudo está a derreter devido ao degelo provocado pelo efeito de estufa.O pinguim Serafim, os seus primos, Firmino e Anacleto, e os ursos polares decidiram fazer alguma coisa para tentar salvar o Pólo Sul. Tiveram a ideia de viajar até à América para levar a notícia ao presidente Biclack Pingama.   8.º AA viagem não correu como esperado, enganaram-se e entraram no avião que se dirigia para África. Quando perceberam o engano já era tarde demais e não podiam voltar atrás. Depressa avistaram a paisagem africana seca, arenosa, semelhante a uma pintura em tons alaranjados e povoada de animais de várias raças, cores e tamanhos. Uns muito altos de pescoços compridos e outros velozes como o vento. Ao pisar aquele solo quente e rugoso, sentiram que para além do Pólo Sul existiam outras regiões com problemas diferentes e que necessitavam de ação rápida. Foi então que decidiram procurar as autoridades locais e verificar de que modo poderiam alertar o mundo para o principal problema daquele continente: a escassez de água. 7.ºB     O Pinguim Serafim e os seus companheiros de viagem decidiram ir à procura do leão, o Rei da selva. O caminho não foi fácil, pois tinham as suas patas a arder e o enorme calor que se fazia sentir era quase insuportável.      Como não sabiam onde morava o Rei, pediram ajuda a uma zebra que se encontrava a comer folhas de uma árvore, também ela seca. Esta aconselhou-os a seguir o Falcão Julião, o qual sabia sempre onde estavam os outros animais. O falcão conduziu-os diretamente ao Rei e estes seguiram-no, embora tivessem alguma dificuldade em acompanhá-lo devido ao calor que sentiam.      Depois de caminharem durante cerca de quatro horas, avistaram finalmente o Rei que se encontrava confortavelmente instalado numa rede a receber ar fresco proveniente dos abanos das orelhas dos elefantes. Para além disso, estava a ser refrescado com água que os elefantes deitavam das suas trombas. Os pinguins pensaram para si “Isto só pode ser uma miragem! Tanta seca e este Rei desperdiça água desta maneira?!”        7.ºC      Encheram-se de coragem e foram falar com o Rei. O Pinguim Serafim, o mais corajoso, dirigiu-se timidamente ao Rei:      - Bo…bo…boa tarde, sua majestade!      O Rei, não querendo interromper o seu “sono de beleza” ignorou-o. No entanto, os pinguins insistiram tanto que o rei decidiu tirar as cascas de banana que tinha nos seus olhos. Ao ver diante si aquelas espécies estranhas, deu um pulo tão grande que levou os pinguins a esconderem-se atrás do elefante com medo.       - Quem se atreve a interromper-me? E vocês, quem são? Fiquem já a saber que vou processar-vos. 9.ºA      - Processar-nos? Que descaramento! Nós é que o devíamos fazer! A desperdiçar água desta maneira! – disse Anacleto.      - Sabes com quem estás a falar? Eu sou o Rei da selva! Ninguém controla a água que eu uso!     - Pois, não admira que haja tanta seca! Já pensou nos outros animais que não têm água para beber?      Esta pergunta apanhou o rei de surpresa. Nunca até então tinha pensado que os outros animais necessitavam de água que não tinham. No entanto, como era o Rei da selva, não podia dar parte de fraco e deu ordem aos elefantes para que retirassem os pinguins dos seus aposentos.      Porém, os elefantes não acataram a ordem do rei, pois também eles não concordavam com a tarefa que lhes tinha sido imposta.     9.ºB          Entretanto começa a ouvir-se um burburinho. O Rei ficou um pouco atrapalhado: era a primeira vez que alguém lhe desobedecia.          Pouco a pouco, os animais começaram a aproximar-se dele fazendo um círculo em seu redor. O seu primeiro instinto foi reclamar com os outros animais, pedindo-lhes obediência, mas sabia que, no fundo, eles tinham razão. Nunca tinha refletido acerca de tal coisa, mas na verdade, ao longo de todos aqueles anos, tinha desperdiçado muita água e talvez fosse essa uma das causas da escassez de água no seu reino.        Por isso, pediu um tempo para pensar. Dirigiu-se para a sua suite que ficava numa gruta ali perto, com vista para um rio que tinha cada vez menos caudal. Por fim, tomou uma decisão: 7ºANão dar água a ninguém!O Leão saiu da sua gruta, subiu ao pódio, aclarou a garganta e disse:- Eu tomei uma decisão: não darei água a ninguém! O caudal do rio está pequeno e vou guardá-la toda para mim.Os outros animais, furiosos com a decisão egoísta do Rei, organizaram uma manifestação.- Temos de colocar o Rei na nossa situação – sugeriu Serafim.Na noite seguinte, enquanto o leão estava a dormir, com a ajuda de dois elefantes, levaram-no para o meio do deserto. Quando ele acordou, pensou “onde estou? onde está a minha cama? Onde está o meu rio?”. Resignado, começou a caminhar sem rumo e rapidamente ficou com sede. Nessa altura, começou a perceber a situação dos seus súbditos e sentiu-se culpado pela sua ação.8.º CO rei, de cabeça baixa, vagueou pelo deserto durante vários dias e várias noites…quase sem esperança de encontrar a água de que o seu corpo tanto necessitava. Cada vez pensava mais nos seus súbditos e como tinha sido egoísta para com os outros animais do seu reino. Na solidão do deserto, o rei desejou voltar à sua terra e remediar todo o mal que havia sido feito. Cansado e com sede, o rei não resistiu e caiu num sono profundo…parecia que não voltaria a ver o seu reino e muito menos compensar o seu povo pelos anos de seca. De repente, acordou e tudo não tinha passado de um grande pesadelo. Angustiado convocou todos os animais do reino e os pinguins visitantes e declarou:- Caro povo, reconheço que durante este tempo estive muito errado, por isso, hoje, depois de pensar muito na situação, tenho a solução para o nosso povo bem como para o reino dos nossos amigos pinguins.9.º C- Decidi que nunca mais vou desperdiçar água desnecessariamente, por isso, a partir de agora, apenas vai ser permitido que os elefantes me refresquem dia sim, dia não e nas horas de maior calor.Nesta altura, os animais nem queriam acreditar no que estavam a ouvir, que ideia tão ridícula! Esta solução não ia contribuir em nada para resolver os problemas de África e muito menos os problemas do Pólo Sul.- A solução destes problemas não está na mão de uma só pessoa. – afirmou o Pinguim Serafim – É necessária a colaboração de todos no combate aos problemas ambientais. Cada um de nós deve economizar água e não poluir a atmosfera.No final da intervenção do Pinguim Serafim, todos os presentes se comprometeram a cumprir uma série de procedimentos com vista à defesa do ambiente. O pinguim Serafim, os seus primos, Firmino e Anacleto, e os ursos polares puderam, finalmente, continuar a sua viagem, porém agora o objetivo era ligeiramente diferente: levar uma mensagem de proteção do ambiente não só ao presidente Biclack Pingama, como também a todos os outros continentes. A mensagem era: “Reciclar, reutilizar, reduzir, renovar e recuperar é a política para o mundo salvar!”


“Contos de mão em mão” – Semana do Ambiente8.º B          Os antepassados da família do pinguim Serafim já vivem há mais de mil anos no Pólo Sul, mas agora os peixes, que sempre lhe serviram de alimento, começam a escassear. De semana a semana, a família tem de mudar de casa, pois os iglos derretem com mais frequência. As pistas de gelo, nas quais se divertiam a escorregar, fecham, uma vez que as placas de gelo se separam a cada dia que passa. Todos os dias se deparam com um cenário diferente, tudo está a derreter devido ao degelo provocado pelo efeito de estufa.O pinguim Serafim, os seus primos, Firmino e Anacleto, e os ursos polares decidiram fazer alguma coisa para tentar salvar o Pólo Sul. Tiveram a ideia de viajar até à América para levar a notícia ao presidente Biclack Pingama.   8.º AA viagem não correu como esperado, enganaram-se e entraram no avião que se dirigia para África. Quando perceberam o engano já era tarde demais e não podiam voltar atrás. Depressa avistaram a paisagem africana seca, arenosa, semelhante a uma pintura em tons alaranjados e povoada de animais de várias raças, cores e tamanhos. Uns muito altos de pescoços compridos e outros velozes como o vento. Ao pisar aquele solo quente e rugoso, sentiram que para além do Pólo Sul existiam outras regiões com problemas diferentes e que necessitavam de ação rápida. Foi então que decidiram procurar as autoridades locais e verificar de que modo poderiam alertar o mundo para o principal problema daquele continente: a escassez de água. 7.ºB     O Pinguim Serafim e os seus companheiros de viagem decidiram ir à procura do leão, o Rei da selva. O caminho não foi fácil, pois tinham as suas patas a arder e o enorme calor que se fazia sentir era quase insuportável.      Como não sabiam onde morava o Rei, pediram ajuda a uma zebra que se encontrava a comer folhas de uma árvore, também ela seca. Esta aconselhou-os a seguir o Falcão Julião, o qual sabia sempre onde estavam os outros animais. O falcão conduziu-os diretamente ao Rei e estes seguiram-no, embora tivessem alguma dificuldade em acompanhá-lo devido ao calor que sentiam.      Depois de caminharem durante cerca de quatro horas, avistaram finalmente o Rei que se encontrava confortavelmente instalado numa rede a receber ar fresco proveniente dos abanos das orelhas dos elefantes. Para além disso, estava a ser refrescado com água que os elefantes deitavam das suas trombas. Os pinguins pensaram para si “Isto só pode ser uma miragem! Tanta seca e este Rei desperdiça água desta maneira?!”        7.ºC      Encheram-se de coragem e foram falar com o Rei. O Pinguim Serafim, o mais corajoso, dirigiu-se timidamente ao Rei:      - Bo…bo…boa tarde, sua majestade!      O Rei, não querendo interromper o seu “sono de beleza” ignorou-o. No entanto, os pinguins insistiram tanto que o rei decidiu tirar as cascas de banana que tinha nos seus olhos. Ao ver diante si aquelas espécies estranhas, deu um pulo tão grande que levou os pinguins a esconderem-se atrás do elefante com medo.       - Quem se atreve a interromper-me? E vocês, quem são? Fiquem já a saber que vou processar-vos. 9.ºA      - Processar-nos? Que descaramento! Nós é que o devíamos fazer! A desperdiçar água desta maneira! – disse Anacleto.      - Sabes com quem estás a falar? Eu sou o Rei da selva! Ninguém controla a água que eu uso!     - Pois, não admira que haja tanta seca! Já pensou nos outros animais que não têm água para beber?      Esta pergunta apanhou o rei de surpresa. Nunca até então tinha pensado que os outros animais necessitavam de água que não tinham. No entanto, como era o Rei da selva, não podia dar parte de fraco e deu ordem aos elefantes para que retirassem os pinguins dos seus aposentos.      Porém, os elefantes não acataram a ordem do rei, pois também eles não concordavam com a tarefa que lhes tinha sido imposta.     9.ºB          Entretanto começa a ouvir-se um burburinho. O Rei ficou um pouco atrapalhado: era a primeira vez que alguém lhe desobedecia.          Pouco a pouco, os animais começaram a aproximar-se dele fazendo um círculo em seu redor. O seu primeiro instinto foi reclamar com os outros animais, pedindo-lhes obediência, mas sabia que, no fundo, eles tinham razão. Nunca tinha refletido acerca de tal coisa, mas na verdade, ao longo de todos aqueles anos, tinha desperdiçado muita água e talvez fosse essa uma das causas da escassez de água no seu reino.        Por isso, pediu um tempo para pensar. Dirigiu-se para a sua suite que ficava numa gruta ali perto, com vista para um rio que tinha cada vez menos caudal. Por fim, tomou uma decisão: 7ºANão dar água a ninguém!O Leão saiu da sua gruta, subiu ao pódio, aclarou a garganta e disse:- Eu tomei uma decisão: não darei água a ninguém! O caudal do rio está pequeno e vou guardá-la toda para mim.Os outros animais, furiosos com a decisão egoísta do Rei, organizaram uma manifestação.- Temos de colocar o Rei na nossa situação – sugeriu Serafim.Na noite seguinte, enquanto o leão estava a dormir, com a ajuda de dois elefantes, levaram-no para o meio do deserto. Quando ele acordou, pensou “onde estou? onde está a minha cama? Onde está o meu rio?”. Resignado, começou a caminhar sem rumo e rapidamente ficou com sede. Nessa altura, começou a perceber a situação dos seus súbditos e sentiu-se culpado pela sua ação.8.º CO rei, de cabeça baixa, vagueou pelo deserto durante vários dias e várias noites…quase sem esperança de encontrar a água de que o seu corpo tanto necessitava. Cada vez pensava mais nos seus súbditos e como tinha sido egoísta para com os outros animais do seu reino. Na solidão do deserto, o rei desejou voltar à sua terra e remediar todo o mal que havia sido feito. Cansado e com sede, o rei não resistiu e caiu num sono profundo…parecia que não voltaria a ver o seu reino e muito menos compensar o seu povo pelos anos de seca. De repente, acordou e tudo não tinha passado de um grande pesadelo. Angustiado convocou todos os animais do reino e os pinguins visitantes e declarou:- Caro povo, reconheço que durante este tempo estive muito errado, por isso, hoje, depois de pensar muito na situação, tenho a solução para o nosso povo bem como para o reino dos nossos amigos pinguins.9.º C- Decidi que nunca mais vou desperdiçar água desnecessariamente, por isso, a partir de agora, apenas vai ser permitido que os elefantes me refresquem dia sim, dia não e nas horas de maior calor.Nesta altura, os animais nem queriam acreditar no que estavam a ouvir, que ideia tão ridícula! Esta solução não ia contribuir em nada para resolver os problemas de África e muito menos os problemas do Pólo Sul.- A solução destes problemas não está na mão de uma só pessoa. – afirmou o Pinguim Serafim – É necessária a colaboração de todos no combate aos problemas ambientais. Cada um de nós deve economizar água e não poluir a atmosfera.No final da intervenção do Pinguim Serafim, todos os presentes se comprometeram a cumprir uma série de procedimentos com vista à defesa do ambiente. O pinguim Serafim, os seus primos, Firmino e Anacleto, e os ursos polares puderam, finalmente, continuar a sua viagem, porém agora o objetivo era ligeiramente diferente: levar uma mensagem de proteção do ambiente não só ao presidente Biclack Pingama, como também a todos os outros continentes. A mensagem era: “Reciclar, reutilizar, reduzir, renovar e recuperar é a política para o mundo salvar!”

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