Situação do Novo Banco é “profundamente imoral”, diz Marques Mendes

17-06-2019
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O Novo Banco vão precisar de uma nova injeção de capital na ordem dos 1,5 mil milhões de euros, e, deste montante, 850 milhões de euros terá de ser adiantado pelo Estado, através dos impostos dos contribuintes. A notícia foi avançada no final da semana passada e, para Marques Mendes, traduz uma situação que, ainda que legal, é “profundamente imoral”.

No seu comentário semanal na SIC, o analista político recorda que aquando do negócio da venda do banco, ficou prevista a possibilidade de o banco usar uma almofada de até 3,9 mil milhões de euros. Só que “esta almofada estava prevista como uma solução de último recurso. E a sensação que existe é que está a ser usada pelo dono do banco como ‘primeiro recurso’. Porque é dinheiro fácil. Ou seja: é uma atitude legal mas é profundamente imoral”, comenta.

Na sexta-feira ficou a saber-se que o Novo Banco teve perdas de 1.412,6 milhões de euros em 2018 e, no âmbito do mecanismo acordado entre os acionistas do banco em 2017, precisa de 1.149 milhões de euros do Fundo de Resolução, que tem 25% da instituição. O Fundo, por seu turno, informou que vai pedir perto de 850 milhões de euros ao Estado.

Minutos depois das notícias, Mário Centeno estava a enviar um comunicado às redações, a dizer que vai ordenar uma auditoria às contas do banco, uma decisão que este fim-de-semana foi apoiada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Para Marques Mendes, contudo, a ordem é " apenas para desviar as atenções da calamidade do banco". Mário Centeno não se exime de responsabilidades, por ter criado a expetativa aos portugueses de que aquela almofada não seria utilizada. O comentador político não tem dúvidas de que o Ministro das Finanças não falou verdade" e "enganou o sportugueses".

O Novo Banco já deu, de resto, origem a uma intensa troca de acusações entre os partidos, ao longo do fim-de-semana.

O Governo está de boa fé no caso Tomás Correia?

Já a propósito do Montepio, e da esgrima de argumentos que na semana passada se ouviu entre Governo e o regulador (que está de saída), Marques Mendes diz que esteve "a aprofundar o assunto", que ouviu "os argumentos de ambas as partes" e que chegou a uma conclusão: "O Regulador dos Seguros tem toda a razão. A lei não lhe dá o poder de decidir sobre a idoneidade de Tomás Correia", ao contrário do que sustenta o ministro Vieira da Silva.

Por isso, o comentador político sugere ao Governo que mude a lei. Trata-se de uma "pequena alteração", "são apenas duas linhas de texto", diz Marques Mendes. Se o ministro Vieira da Silva seguir a sua sugestão, fará prova da sua boa-fé neste caso. Se não o fizer, então há "gato escondido com rabo de fora", diz.

O assunto chegará ao Parlamento em breve. Os deputados da Assembleia da República, que já criticaram Tomás Correia, já aprovaram as audições a José Almaça e a Vieira da Silva para prestarem esclarecimentos sobre o tema.

O Novo Banco vão precisar de uma nova injeção de capital na ordem dos 1,5 mil milhões de euros, e, deste montante, 850 milhões de euros terá de ser adiantado pelo Estado, através dos impostos dos contribuintes. A notícia foi avançada no final da semana passada e, para Marques Mendes, traduz uma situação que, ainda que legal, é “profundamente imoral”.

No seu comentário semanal na SIC, o analista político recorda que aquando do negócio da venda do banco, ficou prevista a possibilidade de o banco usar uma almofada de até 3,9 mil milhões de euros. Só que “esta almofada estava prevista como uma solução de último recurso. E a sensação que existe é que está a ser usada pelo dono do banco como ‘primeiro recurso’. Porque é dinheiro fácil. Ou seja: é uma atitude legal mas é profundamente imoral”, comenta.

Na sexta-feira ficou a saber-se que o Novo Banco teve perdas de 1.412,6 milhões de euros em 2018 e, no âmbito do mecanismo acordado entre os acionistas do banco em 2017, precisa de 1.149 milhões de euros do Fundo de Resolução, que tem 25% da instituição. O Fundo, por seu turno, informou que vai pedir perto de 850 milhões de euros ao Estado.

Minutos depois das notícias, Mário Centeno estava a enviar um comunicado às redações, a dizer que vai ordenar uma auditoria às contas do banco, uma decisão que este fim-de-semana foi apoiada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Para Marques Mendes, contudo, a ordem é " apenas para desviar as atenções da calamidade do banco". Mário Centeno não se exime de responsabilidades, por ter criado a expetativa aos portugueses de que aquela almofada não seria utilizada. O comentador político não tem dúvidas de que o Ministro das Finanças não falou verdade" e "enganou o sportugueses".

O Novo Banco já deu, de resto, origem a uma intensa troca de acusações entre os partidos, ao longo do fim-de-semana.

O Governo está de boa fé no caso Tomás Correia?

Já a propósito do Montepio, e da esgrima de argumentos que na semana passada se ouviu entre Governo e o regulador (que está de saída), Marques Mendes diz que esteve "a aprofundar o assunto", que ouviu "os argumentos de ambas as partes" e que chegou a uma conclusão: "O Regulador dos Seguros tem toda a razão. A lei não lhe dá o poder de decidir sobre a idoneidade de Tomás Correia", ao contrário do que sustenta o ministro Vieira da Silva.

Por isso, o comentador político sugere ao Governo que mude a lei. Trata-se de uma "pequena alteração", "são apenas duas linhas de texto", diz Marques Mendes. Se o ministro Vieira da Silva seguir a sua sugestão, fará prova da sua boa-fé neste caso. Se não o fizer, então há "gato escondido com rabo de fora", diz.

O assunto chegará ao Parlamento em breve. Os deputados da Assembleia da República, que já criticaram Tomás Correia, já aprovaram as audições a José Almaça e a Vieira da Silva para prestarem esclarecimentos sobre o tema.

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