O Hard Rock foi ao mercado e criou um hambúrguer com ovos e farinheira

29-09-2017
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António Gameiro nunca tinha entrado num Hard Rock Cafe. “Se há uns anos me dissessem que hoje estaria aqui como fornecedor não acreditaria”, afirma o proprietário da Ti António, uma pequena produtora de carne de Torres Novas que foi escolhida para integrar o novo menu da cadeia de restaurantes norte-americana.

“Foram eles que nos procuraram. Modéstia à parte, somos reconhecidos pela qualidade. De certeza que há melhores pessoas do que nós, mas melhores produtos do que os nossos não existem”, garante o líder da Ti António ao Dinheiro Vivo.

Três visitas às instalações do Ti António bastaram para que os responsáveis do Hard Rock ficassem rendidos. “Já nos perguntaram se estamos disponíveis para fornecer para os restaurantes de Madrid e Sevilha”, revela António Gameiro.

Para a iniciativa Test Kitchen, que arrancou este mês no Hard Rock Cafe de Lisboa, a cadeia correu o país até encontrar os ingredientes certos. O objetivo era criar um novo menu, que juntasse no mesmo prato os hambúrgueres americanos aos sabores típicos da cultura portuguesa. O café de Lisboa foi um dos 12 eleitos em todo o mundo para receber a experiência.

“Nos últimos 14 anos temos tido muito sucesso em Portugal. Estrategicamente é um país muito importante para o Hard Rock. A localização é única, porque combina o turismo com os clientes locais, por isso escolher Lisboa para o Test Kitchen foi bastante fácil. Quando começámos a pesquisa percebemos que os produtos que tínhamos disponíveis eram fantásticos, o que facilitou nosso desafio, que é oferecer o melhor hambúrguer da cidade”, explica do Dinheiro Vivo o Diretor Geral Internacional do Hard Rock Cafe, David Pellow, que passou pela capital para a apresentação do novo menu.

Na Europa, Florença e Madrid foram também contempladas pela iniciativa que pretende estimular a economia local. Nos próximos dias serão apresentados os menus de Innsbruck, Valencia e Lyon. Os restantes seis Cafes ficam localizados nos Estados Unidos.

Mas a equipa de Lisboa quis ir mais longe no conceito. O Cafe português foi o único a convidar um chef a criar um hambúrguer de raiz com os produtos dos fornecedores locais. Filipa Gomes, conhecida por ser apresentadora do canal 24 Kitchen, agarrou o desafio com unhas e dentes. “Juntou-se a fome à vontade de comer”, afirma. No momento de por as mãos na massa, não saiu uma mas oito receitas de hambúrgueres. Cinco foram finalistas, mas um teve mesmo de ficar de fora.

“Sou muito portuguesa na minha essência e acredito muito na produção local. Apesar de sermos um país pequeno, é possível fazer este tipo de projetos. A prova está aqui, um grupo com a envergadura do Hard Rock Cafe conseguiu encontrar fornecedores locais com um nível de exigência tão grande como o Hard Rock”, destaca ao Dinheiro Vivo.

Sobre as receitas que criou, Filipa acredita que “os portugueses vão adorar e os estrangeiros vão ficar malucos”.

O primeiro hambúrguer chega ao menu do Hard Rock em outubro e chama-se “Oh Capitão”. Atum fresco dos açores em bolo do caco com tinta de choco é a proposta arrojada da cozinheira. Segue-se o “mexerico”, com espargos, ovos mexidos e farinheira, uma combinação que quase ficou de fora, pela estranheza que suscitou entre o júri, mas acabou por conquistar os mais céticos.

Os Açores não ficam de fora do novo menu, no hambúrguer “tropigalíssimo”, que além de ananás grelhado do arquipélago inclui queijo da ilha de São Jorge e agrião. Já o “ultra tuga” junta o queijo da Serra DOP com o chouriço de porco preto.

O menu fica completo com o cocktail Lisbon Spice, feito em parceria com o Licor Beirão e servido num jarro de barro, feito à mão pela Instituição Arcil.

O Hard Rock Cafe existe em Portugal há 14 anos. Em 2016, ao restaurante de Lisboa juntou-se o Cafe do Porto que está, segundo David Pellow, a ser “um sucesso”. Mas o futuro em Portugal da marca conhecida por ter a maior coleção do mundo de objetos ligados à história do Rock and Roll pode não ficar por aqui, desvenda o Diretor Geral.

“Ainda há oportunidades. O nosso objetivo não é ter 500 Cafes. Temos um crescimento estável aqui na Europa e há ainda muitas cidades disponíveis para nos receber, além de que estamos a crescer também através dos hotéis e casinos. Em Portugal eu gosto de pensar que há margem para mais um Hard Rock Cafe. Depois do norte poderemos vir a olhar para o sul, para o Algarve. Vamos ver”.

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António Gameiro nunca tinha entrado num Hard Rock Cafe. “Se há uns anos me dissessem que hoje estaria aqui como fornecedor não acreditaria”, afirma o proprietário da Ti António, uma pequena produtora de carne de Torres Novas que foi escolhida para integrar o novo menu da cadeia de restaurantes norte-americana.

“Foram eles que nos procuraram. Modéstia à parte, somos reconhecidos pela qualidade. De certeza que há melhores pessoas do que nós, mas melhores produtos do que os nossos não existem”, garante o líder da Ti António ao Dinheiro Vivo.

Três visitas às instalações do Ti António bastaram para que os responsáveis do Hard Rock ficassem rendidos. “Já nos perguntaram se estamos disponíveis para fornecer para os restaurantes de Madrid e Sevilha”, revela António Gameiro.

Para a iniciativa Test Kitchen, que arrancou este mês no Hard Rock Cafe de Lisboa, a cadeia correu o país até encontrar os ingredientes certos. O objetivo era criar um novo menu, que juntasse no mesmo prato os hambúrgueres americanos aos sabores típicos da cultura portuguesa. O café de Lisboa foi um dos 12 eleitos em todo o mundo para receber a experiência.

“Nos últimos 14 anos temos tido muito sucesso em Portugal. Estrategicamente é um país muito importante para o Hard Rock. A localização é única, porque combina o turismo com os clientes locais, por isso escolher Lisboa para o Test Kitchen foi bastante fácil. Quando começámos a pesquisa percebemos que os produtos que tínhamos disponíveis eram fantásticos, o que facilitou nosso desafio, que é oferecer o melhor hambúrguer da cidade”, explica do Dinheiro Vivo o Diretor Geral Internacional do Hard Rock Cafe, David Pellow, que passou pela capital para a apresentação do novo menu.

Na Europa, Florença e Madrid foram também contempladas pela iniciativa que pretende estimular a economia local. Nos próximos dias serão apresentados os menus de Innsbruck, Valencia e Lyon. Os restantes seis Cafes ficam localizados nos Estados Unidos.

Mas a equipa de Lisboa quis ir mais longe no conceito. O Cafe português foi o único a convidar um chef a criar um hambúrguer de raiz com os produtos dos fornecedores locais. Filipa Gomes, conhecida por ser apresentadora do canal 24 Kitchen, agarrou o desafio com unhas e dentes. “Juntou-se a fome à vontade de comer”, afirma. No momento de por as mãos na massa, não saiu uma mas oito receitas de hambúrgueres. Cinco foram finalistas, mas um teve mesmo de ficar de fora.

“Sou muito portuguesa na minha essência e acredito muito na produção local. Apesar de sermos um país pequeno, é possível fazer este tipo de projetos. A prova está aqui, um grupo com a envergadura do Hard Rock Cafe conseguiu encontrar fornecedores locais com um nível de exigência tão grande como o Hard Rock”, destaca ao Dinheiro Vivo.

Sobre as receitas que criou, Filipa acredita que “os portugueses vão adorar e os estrangeiros vão ficar malucos”.

O primeiro hambúrguer chega ao menu do Hard Rock em outubro e chama-se “Oh Capitão”. Atum fresco dos açores em bolo do caco com tinta de choco é a proposta arrojada da cozinheira. Segue-se o “mexerico”, com espargos, ovos mexidos e farinheira, uma combinação que quase ficou de fora, pela estranheza que suscitou entre o júri, mas acabou por conquistar os mais céticos.

Os Açores não ficam de fora do novo menu, no hambúrguer “tropigalíssimo”, que além de ananás grelhado do arquipélago inclui queijo da ilha de São Jorge e agrião. Já o “ultra tuga” junta o queijo da Serra DOP com o chouriço de porco preto.

O menu fica completo com o cocktail Lisbon Spice, feito em parceria com o Licor Beirão e servido num jarro de barro, feito à mão pela Instituição Arcil.

O Hard Rock Cafe existe em Portugal há 14 anos. Em 2016, ao restaurante de Lisboa juntou-se o Cafe do Porto que está, segundo David Pellow, a ser “um sucesso”. Mas o futuro em Portugal da marca conhecida por ter a maior coleção do mundo de objetos ligados à história do Rock and Roll pode não ficar por aqui, desvenda o Diretor Geral.

“Ainda há oportunidades. O nosso objetivo não é ter 500 Cafes. Temos um crescimento estável aqui na Europa e há ainda muitas cidades disponíveis para nos receber, além de que estamos a crescer também através dos hotéis e casinos. Em Portugal eu gosto de pensar que há margem para mais um Hard Rock Cafe. Depois do norte poderemos vir a olhar para o sul, para o Algarve. Vamos ver”.

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