PCP responde ao BE: “Não confundam o Género Humano com o Manuel Germano”

29-06-2016
marcar artigo

Era para ser uma contra-ameaça às ameaças de sanções da Comissão Europeia, mas transformou-se num ping-pong entre PCP e BE. Os dois partidos da esquerda que apoiam o Governo de António Costa continuam a guerra nas redes sociais sobre a ideia de um referendo português à Europa. A última resposta, que tem sido partilhada esta quarta-feira de manhã no Facebook, foi do comunista António Filipe: “Não confundam o Género Humano com o Manuel Germano”, pediu.

Dizer que o PCP se opõe a referendos sobre os tratados europeus porque não apoiou o soundbite referendário saído da Convenção do Bloco é, com a devida vénia a Mário de Carvalho, confundir o Género Humano com o Manuel Germano”, escreveu António Filipe, terça-feira à noite, no Facebook.

E continua:

Na verdade, não se sabe bem o que é isso de um referendo se houver sanções. Qual é a pergunta? Pagamos ou não pagamos? E na falta de sanções os tratados são aceitáveis?”

O post do comunista António Filipe visa um artigo do Esquerda.net, o portal de notícias do BE, que aponta incongruências à posição que tem sido defendida por vários comunistas sobre a ideia de um referendo: “PCP abandona defesa do referendo aos tratados europeus”.

Neste artigo, os bloquistas recuam no tempo para ir buscar as várias datas em que os comunistas propuseram referendos sobre a integração na Europa, procurando com isso demonstrar que a oposição manifestada agora à ideia de Catarina Martins não está de acordo com o passado do PCP.

Ao longo dos últimos 25 anos, o PCP defendeu sistematicamente referendos sobre a integração europeia”, lê-se no artigo, que identifica várias situações ocorridas entre 1992 e 2012.

Mas António Filipe garante que o artigo tem “imputações” que não são verdadeiras e clarifica a posição do PCP em 1992, 1997, 2001, 2005 e daí em diante. O Esquerda.net diz que o artigo foi atualizado às 23h35 (tinha sido publicado às 17h49) mas não esclarece exatamente que modificações foram introduzidas, não permitindo perceber se as alterações decorreram do post de António Filipe, ou não.

A guerra tinha começado com os comunistas a reagir à proposta de Catarina Martins, coordenadora do BE, que na X Convenção do Bloco prometeu colocar na agenda um referendo sobre a Europa, se Portugal for mesmo sancionado por Bruxelas por ter falhado a meta do défice em 2015.

O deputado do PCP, António Filipe, tinha já escrito no Facebook: “Será que ninguém vê que o referendo hoje [domingo] ‘proposto’ pelo BE não é permitido pela Constituição?” E mais tarde acrescentou: “Esclareço: A Constituição (artigo 115.º) só permite referendos sobre questões que devam ser decididas através de convenção internacional ou de ato legislativo. Não admite referendos revogatórios de decisões já tomadas. Concorde-se ou não, é assim.”

Continuar a ler

Era para ser uma contra-ameaça às ameaças de sanções da Comissão Europeia, mas transformou-se num ping-pong entre PCP e BE. Os dois partidos da esquerda que apoiam o Governo de António Costa continuam a guerra nas redes sociais sobre a ideia de um referendo português à Europa. A última resposta, que tem sido partilhada esta quarta-feira de manhã no Facebook, foi do comunista António Filipe: “Não confundam o Género Humano com o Manuel Germano”, pediu.

Dizer que o PCP se opõe a referendos sobre os tratados europeus porque não apoiou o soundbite referendário saído da Convenção do Bloco é, com a devida vénia a Mário de Carvalho, confundir o Género Humano com o Manuel Germano”, escreveu António Filipe, terça-feira à noite, no Facebook.

E continua:

Na verdade, não se sabe bem o que é isso de um referendo se houver sanções. Qual é a pergunta? Pagamos ou não pagamos? E na falta de sanções os tratados são aceitáveis?”

O post do comunista António Filipe visa um artigo do Esquerda.net, o portal de notícias do BE, que aponta incongruências à posição que tem sido defendida por vários comunistas sobre a ideia de um referendo: “PCP abandona defesa do referendo aos tratados europeus”.

Neste artigo, os bloquistas recuam no tempo para ir buscar as várias datas em que os comunistas propuseram referendos sobre a integração na Europa, procurando com isso demonstrar que a oposição manifestada agora à ideia de Catarina Martins não está de acordo com o passado do PCP.

Ao longo dos últimos 25 anos, o PCP defendeu sistematicamente referendos sobre a integração europeia”, lê-se no artigo, que identifica várias situações ocorridas entre 1992 e 2012.

Mas António Filipe garante que o artigo tem “imputações” que não são verdadeiras e clarifica a posição do PCP em 1992, 1997, 2001, 2005 e daí em diante. O Esquerda.net diz que o artigo foi atualizado às 23h35 (tinha sido publicado às 17h49) mas não esclarece exatamente que modificações foram introduzidas, não permitindo perceber se as alterações decorreram do post de António Filipe, ou não.

A guerra tinha começado com os comunistas a reagir à proposta de Catarina Martins, coordenadora do BE, que na X Convenção do Bloco prometeu colocar na agenda um referendo sobre a Europa, se Portugal for mesmo sancionado por Bruxelas por ter falhado a meta do défice em 2015.

O deputado do PCP, António Filipe, tinha já escrito no Facebook: “Será que ninguém vê que o referendo hoje [domingo] ‘proposto’ pelo BE não é permitido pela Constituição?” E mais tarde acrescentou: “Esclareço: A Constituição (artigo 115.º) só permite referendos sobre questões que devam ser decididas através de convenção internacional ou de ato legislativo. Não admite referendos revogatórios de decisões já tomadas. Concorde-se ou não, é assim.”

Continuar a ler

marcar artigo