A arte de Ferreira e a raça de Casquinha marcam a noite lisboeta

08-09-2018
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Miguel Ortega Cláudio faz a crónica da corrida de 2 de agosto, no Campo Pequeno, "agradável até na parte apeada"

| foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro

As corridas mistas são tão bem vindas quanto necessárias, mas também é bem verdade que os cartéis têm que ter interesse para o público acudir em massa às bancadas. Na passada quinta-feira, dia 2 de agosto, não foi assim no Campo Pequeno, em Lisboa. Em termos artísticos a corrida até foi agradável na parte apeada, em especial na segunda parte, em que as prestações de António João Ferreira e Nuno Casquinha foram louváveis.

Para esta corrida a empresa resenhou uma corrida da ganadaria de São Torcato, ofensiva de caras, séria de tipo, com alguns toiros difíceis e a porem dificuldades aos toureiros, exceção feita ao quinto da noite que, esse sim, teve classe e meteu bem a cara tanto no capote como na muleta do matador que teve por diante.

Abriu a corrida uma lide a duo de Ana Batista e Sónia Matias, diante de um toiro com cinco anos, difícil e a por em dificuldades as cavaleiras. Lide esta sem história e que não ficará nas lembranças da temporada da arena lisboeta.

As outras duas lides a cavalo foram realizadas pela cavaleira Ana Batista, já que Sónia Matias se sentiu indisposta e não voltou a pisar a arena do Campo Pequeno. Ana andou em bom plano com a classe que a caracterizam, deixando bons ferros, bregando com eficiência, superando as exigências impostas pelos Torcato mas a noite acabou por não romper a sério.

Quanto aos matadores portugueses há que dizer em abono da verdade que fizeram da entrega e a sede de triunfo, a sua bandeira. Cada qual à sua maneira e com as virtudes que os caracterizam.

António João Ferreira teve a cara e a cruz nesta sua passagem por Lisboa no que a toiros diz respeito, o seu primeiro foi difícil já o seu segundo ofereceu-lhe o triunfo. No primeiro do seu lote fez frente muito disposto às dificuldades do toiro, mostrando sempre o seu toureio de corte fino nas series em redondo e naturais que o São Torcato lhe permitiu. No quinto da noite a história foi outra! De capote o toiro mostrou virtudes e matador aproveitou as investidas em bonitas chicuelinas. Na faena de muleta embarcou as boas investidas do toiro em grandes séries com a mão direita muito baixa, cintura quebrada, a poder com a investida e submeter, adiantou a muleta no embroque levando o toiro muito cingido com verdade e entrega. Repetiu a dose pela esquerda com a mesma vibração e emoção, provocando o toiro a tomar a muleta e o poderio do toureiro. Foram momentos de grande intensidade que constituíram o momento mais alto da noite.

Nuno Casquinha teve por diante dois toiros complicados, que lhe puseram difícil o triunfo mas o matador assim não o quis e deu a volta à tortilha à base de poderio, coração e muito valor. O primeiro ficou curto desde que saiu, foi rebrincado na muleta e só com muito esforço o seu matador lhe sacou alguns passes de mérito. O que fez sexto não foi melhor, mas Casquinha andou encastado e sacou-lhe meritória faena, não sem ser volteado com violência mas sem consequências de maior felizmente. Puxou dos galões, agarrou-se ao seu amor-próprio, à sua inata casta e acabou por meter o toiro na muleta. Andou destacado em ambos os toiros em valorosos pares de bandarilhas.

A noite para os Amadores das Caldas não foi fácil e não lhe correu de feição, particularmente para Lourenço Palha, que saiu maltratado na pega ao quarto toiro da noite.

Abriu a noite Francisco Mascarenhas que pegou à segunda tentativa numa boa pega, na primeira tentativa foi violentamente derrotado pelo toiro.

Lourenço Palha bateu as palmas ao quarto da noite e foi colhido com violência, recolhendo à enfermaria. Saltou então para tentar a sua sorte António Cunha que à segunda tentativa e bem ajudado pelo grupo concretizou a pega.

Para o último da noite o cabo decidiu que o toiro seria pegado de cernelha e saltou então a parelha de cernelheiros Duarte Palha e José Maria Abreu que depois de algumas entradas lá conseguiram dominar o toiro, numa sorte com pouco brilho.

Dirigiu a corrida Pedro Reinhardt assessorado pelo veterinário Dr. Jorge Moreira da Silva.

Síntese da corrida:

Toiros da ganadaria de São Torcato bem apresentados, encastados mas difíceis. O quinto bravo ao qual foi concedida volta à arena. Também ganadero e maioral deram volta depois da lide deste quinto toiro.

Cavaleiros: Ana Bastista e Sónia Matias ( Silêncio); Ana Bastita (Volta e Volta); António João Ferreira ( Volta e Volta); Nuno Casquinha (Volta e Volta)

Forcados: Amadores das Caldas da Rainha - Francisco Mascarenhas (Ovação); António Cunha (Palmas); Duarte Palha e José Maria Abreu (Volta).

*As voltas à arena no final das lides são concedidas pelo diretor de corrida como prémio à qualidade da performance artística dos intervenientes ou pela bravura dos toiros.

Miguel Ortega Cláudio faz a crónica da corrida de 2 de agosto, no Campo Pequeno, "agradável até na parte apeada"

| foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro | foto Frederico Henriques/PróToiro

As corridas mistas são tão bem vindas quanto necessárias, mas também é bem verdade que os cartéis têm que ter interesse para o público acudir em massa às bancadas. Na passada quinta-feira, dia 2 de agosto, não foi assim no Campo Pequeno, em Lisboa. Em termos artísticos a corrida até foi agradável na parte apeada, em especial na segunda parte, em que as prestações de António João Ferreira e Nuno Casquinha foram louváveis.

Para esta corrida a empresa resenhou uma corrida da ganadaria de São Torcato, ofensiva de caras, séria de tipo, com alguns toiros difíceis e a porem dificuldades aos toureiros, exceção feita ao quinto da noite que, esse sim, teve classe e meteu bem a cara tanto no capote como na muleta do matador que teve por diante.

Abriu a corrida uma lide a duo de Ana Batista e Sónia Matias, diante de um toiro com cinco anos, difícil e a por em dificuldades as cavaleiras. Lide esta sem história e que não ficará nas lembranças da temporada da arena lisboeta.

As outras duas lides a cavalo foram realizadas pela cavaleira Ana Batista, já que Sónia Matias se sentiu indisposta e não voltou a pisar a arena do Campo Pequeno. Ana andou em bom plano com a classe que a caracterizam, deixando bons ferros, bregando com eficiência, superando as exigências impostas pelos Torcato mas a noite acabou por não romper a sério.

Quanto aos matadores portugueses há que dizer em abono da verdade que fizeram da entrega e a sede de triunfo, a sua bandeira. Cada qual à sua maneira e com as virtudes que os caracterizam.

António João Ferreira teve a cara e a cruz nesta sua passagem por Lisboa no que a toiros diz respeito, o seu primeiro foi difícil já o seu segundo ofereceu-lhe o triunfo. No primeiro do seu lote fez frente muito disposto às dificuldades do toiro, mostrando sempre o seu toureio de corte fino nas series em redondo e naturais que o São Torcato lhe permitiu. No quinto da noite a história foi outra! De capote o toiro mostrou virtudes e matador aproveitou as investidas em bonitas chicuelinas. Na faena de muleta embarcou as boas investidas do toiro em grandes séries com a mão direita muito baixa, cintura quebrada, a poder com a investida e submeter, adiantou a muleta no embroque levando o toiro muito cingido com verdade e entrega. Repetiu a dose pela esquerda com a mesma vibração e emoção, provocando o toiro a tomar a muleta e o poderio do toureiro. Foram momentos de grande intensidade que constituíram o momento mais alto da noite.

Nuno Casquinha teve por diante dois toiros complicados, que lhe puseram difícil o triunfo mas o matador assim não o quis e deu a volta à tortilha à base de poderio, coração e muito valor. O primeiro ficou curto desde que saiu, foi rebrincado na muleta e só com muito esforço o seu matador lhe sacou alguns passes de mérito. O que fez sexto não foi melhor, mas Casquinha andou encastado e sacou-lhe meritória faena, não sem ser volteado com violência mas sem consequências de maior felizmente. Puxou dos galões, agarrou-se ao seu amor-próprio, à sua inata casta e acabou por meter o toiro na muleta. Andou destacado em ambos os toiros em valorosos pares de bandarilhas.

A noite para os Amadores das Caldas não foi fácil e não lhe correu de feição, particularmente para Lourenço Palha, que saiu maltratado na pega ao quarto toiro da noite.

Abriu a noite Francisco Mascarenhas que pegou à segunda tentativa numa boa pega, na primeira tentativa foi violentamente derrotado pelo toiro.

Lourenço Palha bateu as palmas ao quarto da noite e foi colhido com violência, recolhendo à enfermaria. Saltou então para tentar a sua sorte António Cunha que à segunda tentativa e bem ajudado pelo grupo concretizou a pega.

Para o último da noite o cabo decidiu que o toiro seria pegado de cernelha e saltou então a parelha de cernelheiros Duarte Palha e José Maria Abreu que depois de algumas entradas lá conseguiram dominar o toiro, numa sorte com pouco brilho.

Dirigiu a corrida Pedro Reinhardt assessorado pelo veterinário Dr. Jorge Moreira da Silva.

Síntese da corrida:

Toiros da ganadaria de São Torcato bem apresentados, encastados mas difíceis. O quinto bravo ao qual foi concedida volta à arena. Também ganadero e maioral deram volta depois da lide deste quinto toiro.

Cavaleiros: Ana Bastista e Sónia Matias ( Silêncio); Ana Bastita (Volta e Volta); António João Ferreira ( Volta e Volta); Nuno Casquinha (Volta e Volta)

Forcados: Amadores das Caldas da Rainha - Francisco Mascarenhas (Ovação); António Cunha (Palmas); Duarte Palha e José Maria Abreu (Volta).

*As voltas à arena no final das lides são concedidas pelo diretor de corrida como prémio à qualidade da performance artística dos intervenientes ou pela bravura dos toiros.

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