Basculação: JJJ

20-06-2020
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Se em Leicester surpreendeu a geral apatia que demonstrámos, mesmo contando com o assalto final que continuo a achar que foi auto-inflingido pela equipa inglesa, ontem a exibição do FCPorto surpreendeu pelo inverso.  Intensidade desde o primeiro minuto, luta por todas as bolas, enfim... Praticamente tudo o que se pede a uma equipa do FCPorto. Além disso exibições, quase todas acima da média, quer dos jogadores, quer de Nuno Espírito Santo.

Comecemos por aí. Nuno fez duas alterações na equipa e, com isso, parece ter mudado tudo para melhor. Nota máxima, portanto. Conceptualmente já sabem que tenho preferências para o meio campo e que, nem Herrera nem Danilo, cabem nas minhas preferências. Mas é um facto que André André estava com dificuldade em adaptar-se ao papel que Nuno lhe estava a confiar. Herrera jogou melhor do que o que André2 vinha jogando, mas mantenho cepticismo quanto a esta opção, porque foi apenas um jogo. E todos sabemos que não se sabe o que se pode esperar de Herrera, visto que ele oscila facilmente entre o óptimo e o péssimo. O mesmo não poderei dizer quanto a Jota e à dupla que formou com André Silva.  Esta dupla presença criativa de Oliver e Otávio, estava a esbarrar com a indefinição na frente de ataque. Depoitre pede jogo directo, Corona e Brahimi pedem bola no pé e Adrian continua perdido no meio dos seus demónios. Sobrava o André Silva que corria desalmadamente, que lutava, que criava, mas que continuava a pecar na finalização. Nesse aspecto Nuno tinha razão: faltava alguém para dividir esse fardo com o André. Jota pode ser esse elemento. 

Depois de uma estreia muito tímida no Dragão, tinha vindo a mostrar cada vez mais nas suas curtas oportunidades. Ontem explodiu, deixando água na boca para o que pode valer em dupla com André Silva. Trata-se de um jogador que já conheço há cerca de 3/4 anos quando o vi pela primeira vez a jogar a titular numa seleção portuguesa de sub19. E todos sabemos como é difícil jogar nas seleções jovens se não se está nos 3 grandes... Nessa altura era ponta-de-lança, mas foi a extremo que se destacou no Paços de Ferreira. Mas não um extremo clássico. Sempre foi mais um tipo Derlei/Lisandro, ou seja, um extremo apontado à baliza e com características de finalizador. Fiquei lixado quando soube que o íamos deixar fugir para o Benfica e julguei que isso se tinha concretizado quando apareceu no Atlético. Já sabemos o que são os negócios entre estes dois clubes e que estão sempre em dinâmicas de 'encontro de contas'... A verdade é que está cá, parece estar de corpo e alma e Nuno parece conseguir tirar bom rendimento dele nesta sua ideia de jogo, que finalmente me pareceu clara. Será, como muitos já dizem, um regresso às dinâmicas de Jesualdo Ferreira, que muitos apelidam de más, esquecendo que fomos tricampeões com o Professor. O problema aqui parece ser a gestão do jogo em vantagem. Por exemplo, num jogo que dominámos por completo, concedemos 7 cantos, só na primeira parte. Se esta frente de ataque se estabilizar, como esperamos, será esse o passo seguinte na evolução: conseguir tirar frutos de estar em vantagem e fazer jogos mais descansados.

Mas o jogo de ontem acabou por ser bem descansado. O resultado foi curto, num campo bastante difícil. Todos nos lembrámos da maldição recente da Madeira que parece estar definitivamente 'morta'. MVP óbvio para Diogo Jota, mas destaque ainda maior para o entendimento em dupla com André Silva. De um modo geral, todos estiveram bem, e posso destacar também os médios, nomeadamente, Danilo que teve muitas recuperações de bola adiantadas. Os centrais estiveram bem, apesar de terem inventado alguns passes no final. No final do jogo, perguntaram ao Jota se ele esperava passar a ser titular. Pergunta estúpida com resposta interessante. Disse que não esperava ser titular, da mesma forma que não esperava ir para a bancada se tivesse jogado mal. Adrian foi para a bancada, como Brahimi já tinha ido. Nesse aspecto, Nuno tem de fazer uma gestão mais equilibrada das escolhas, não sendo razoável ter jogadores nesta 'montanha russa de emoções'. Numa semana em que só tenho a elogiar, fica este pequeno reparo que é para não dizerem que só se critica quando corre mal.

Pausa para seleções e Taça... Haja paciência!

Se em Leicester surpreendeu a geral apatia que demonstrámos, mesmo contando com o assalto final que continuo a achar que foi auto-inflingido pela equipa inglesa, ontem a exibição do FCPorto surpreendeu pelo inverso.  Intensidade desde o primeiro minuto, luta por todas as bolas, enfim... Praticamente tudo o que se pede a uma equipa do FCPorto. Além disso exibições, quase todas acima da média, quer dos jogadores, quer de Nuno Espírito Santo.

Comecemos por aí. Nuno fez duas alterações na equipa e, com isso, parece ter mudado tudo para melhor. Nota máxima, portanto. Conceptualmente já sabem que tenho preferências para o meio campo e que, nem Herrera nem Danilo, cabem nas minhas preferências. Mas é um facto que André André estava com dificuldade em adaptar-se ao papel que Nuno lhe estava a confiar. Herrera jogou melhor do que o que André2 vinha jogando, mas mantenho cepticismo quanto a esta opção, porque foi apenas um jogo. E todos sabemos que não se sabe o que se pode esperar de Herrera, visto que ele oscila facilmente entre o óptimo e o péssimo. O mesmo não poderei dizer quanto a Jota e à dupla que formou com André Silva.  Esta dupla presença criativa de Oliver e Otávio, estava a esbarrar com a indefinição na frente de ataque. Depoitre pede jogo directo, Corona e Brahimi pedem bola no pé e Adrian continua perdido no meio dos seus demónios. Sobrava o André Silva que corria desalmadamente, que lutava, que criava, mas que continuava a pecar na finalização. Nesse aspecto Nuno tinha razão: faltava alguém para dividir esse fardo com o André. Jota pode ser esse elemento. 

Depois de uma estreia muito tímida no Dragão, tinha vindo a mostrar cada vez mais nas suas curtas oportunidades. Ontem explodiu, deixando água na boca para o que pode valer em dupla com André Silva. Trata-se de um jogador que já conheço há cerca de 3/4 anos quando o vi pela primeira vez a jogar a titular numa seleção portuguesa de sub19. E todos sabemos como é difícil jogar nas seleções jovens se não se está nos 3 grandes... Nessa altura era ponta-de-lança, mas foi a extremo que se destacou no Paços de Ferreira. Mas não um extremo clássico. Sempre foi mais um tipo Derlei/Lisandro, ou seja, um extremo apontado à baliza e com características de finalizador. Fiquei lixado quando soube que o íamos deixar fugir para o Benfica e julguei que isso se tinha concretizado quando apareceu no Atlético. Já sabemos o que são os negócios entre estes dois clubes e que estão sempre em dinâmicas de 'encontro de contas'... A verdade é que está cá, parece estar de corpo e alma e Nuno parece conseguir tirar bom rendimento dele nesta sua ideia de jogo, que finalmente me pareceu clara. Será, como muitos já dizem, um regresso às dinâmicas de Jesualdo Ferreira, que muitos apelidam de más, esquecendo que fomos tricampeões com o Professor. O problema aqui parece ser a gestão do jogo em vantagem. Por exemplo, num jogo que dominámos por completo, concedemos 7 cantos, só na primeira parte. Se esta frente de ataque se estabilizar, como esperamos, será esse o passo seguinte na evolução: conseguir tirar frutos de estar em vantagem e fazer jogos mais descansados.

Mas o jogo de ontem acabou por ser bem descansado. O resultado foi curto, num campo bastante difícil. Todos nos lembrámos da maldição recente da Madeira que parece estar definitivamente 'morta'. MVP óbvio para Diogo Jota, mas destaque ainda maior para o entendimento em dupla com André Silva. De um modo geral, todos estiveram bem, e posso destacar também os médios, nomeadamente, Danilo que teve muitas recuperações de bola adiantadas. Os centrais estiveram bem, apesar de terem inventado alguns passes no final. No final do jogo, perguntaram ao Jota se ele esperava passar a ser titular. Pergunta estúpida com resposta interessante. Disse que não esperava ser titular, da mesma forma que não esperava ir para a bancada se tivesse jogado mal. Adrian foi para a bancada, como Brahimi já tinha ido. Nesse aspecto, Nuno tem de fazer uma gestão mais equilibrada das escolhas, não sendo razoável ter jogadores nesta 'montanha russa de emoções'. Numa semana em que só tenho a elogiar, fica este pequeno reparo que é para não dizerem que só se critica quando corre mal.

Pausa para seleções e Taça... Haja paciência!

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