Bloco: jurista no lugar de veterinário mantém tradição de “jobs for the boys” em Loures

23-08-2017
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O Bloco de Esquerda acusa o PSD de Loures de se manter “fiel à criação de empregos para os companheiros do partido, os chamados jobs for the boys” e de “favorecer a filiação partidária em em vez do mérito e da competência”. A reação é do candidato bloquista à câmara de Loures, Fabian Figueiredo, após o Observador ter noticiado que há um jurista a ocupar um lugar de veterinário no município, numa situação que já tinha colocado o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários em conflito jurídico com a autarquia.

Fabian Figueiredo afirma, em declarações ao Observador, que “ao escolher o jurista João Ramos Patrocínio, militante do PSD e candidato à Assembleia Municipal de Loures, para chefe de Unidade de Serviços de Veterinário Municipal, em vez de um veterinário, o vereador Nuno Botelho, número dois de André Ventura, mantém-se fiel à tradição política do PSD Loures de favorecer a filiação partidária em vez do mérito.” Para o bloquista, “o dever de serviço público e de boa governação autárquica” devia ter feito com que o cargo fosse ocupado pela veterinária municipal, para não falar no entendimento de “várias vozes autorizadas, entre elas o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinário” que considera que o município estava “legalmente obrigado” a fazê-lo

O candidato bloquista também não poupa a atual gestão comunista, afirmando que “a CDU e Bernardino Soares caucionaram esta nomeação, o que demonstra a natureza do atípico acordo de governação PSD/CDU e o tipo de cimento que o revestiu nos últimos quatros anos.”

Fazendo uma distinção entre CDU e Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo garante: “Um presidente da Câmara Municipal de Loures do Bloco de Esquerda nunca aceitaria uma nomeação destas, nem um vereador do Bloco de Esquerda a proporia.”

Fabian Figueiredo diz ainda que o facto de João Patrocíni0 Ramos integrar a lista do PSD à Assembleia Municipal “deixa evidente o que são as listas lideradas por André Ventura: listas compostas com ‘boys’, por quem lhes abre as portas, os nomeia para empresas municipais e cargos de gestão municipal. Resumindo, em poucas palavras: André Ventura lidera uma lista de ‘boys’, padrinhos e afilhados.”

O candidato bloquista — que esteve na primeira linha da resposta ao candidato do PSD André Ventura no caso das afirmações sobre a comunidade cigana — destaca que o “PSD Loures e André Ventura estão sempre tão predispostos para, com leveza e superficialidade, apontar o dedo, ditar sentenças absolutas, principalmente sobre os mais desfavorecidos da nossa comunidade”. No entanto, acrescenta o bloquista: “Quando se vê à lupa, encontramos as piores práticas, o que todos os cidadãos honestos condenam: o favorecimento partidário, o pacto em nome de favores, o emprego para o amigo do partido. Uma forma de estar na vida pública da qual os cidadãos estão completamente fartos e cansados.”

O Bloco de Esquerda explica ainda que este tipo de práticas de “jobs for the boys” virou “tradição” no município de Loures. Fabian Figueiredo lembra que, em 2009, foi precisamente por estas situações que o então vereador do PSD, João Galhardas, se demitiu. Numa carta aberta, Galhardas denunciava que o que movia a atuação do PSD em Loures era a “política dos lugares ou empregos, os ‘jobs for the boys’”.

O bloquista lembra que “Galhardas chegava ao detalhe de contar que, para a direção do seu partido, era determinante que Vítor Santos, na altura presidente da comissão política do PSD de Loures e hoje número 2 do PSD na lista candidata à Assembleia Municipal de Loures e candidato à Junta de Freguesia de Bucelas, e Armando Curado, à época vice-presidente da concelhia, integrassem, respetivamente, as administrações da Loures Parque [empresa responsável pela gestão do estacionamento] e dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento.”

Fabian insiste que nada disto terminou com a gestão comunista com o apoio social-democrata, já que atualmente “essa mesma empresa municipal, a Loures Parque, continua a contar com um destacado dirigente do PSD Loures no seu Conselho de Administração, José Manuel da Veiga Testos, Presidente da Mesa da Assembleia do PSD Loures e também candidato do PSD à Assembleia Municipal, enquanto a “presidência do Conselho de Administração, por sua vez, coincidência ou não, é ocupada por um militante do PCP”.

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O Bloco de Esquerda acusa o PSD de Loures de se manter “fiel à criação de empregos para os companheiros do partido, os chamados jobs for the boys” e de “favorecer a filiação partidária em em vez do mérito e da competência”. A reação é do candidato bloquista à câmara de Loures, Fabian Figueiredo, após o Observador ter noticiado que há um jurista a ocupar um lugar de veterinário no município, numa situação que já tinha colocado o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários em conflito jurídico com a autarquia.

Fabian Figueiredo afirma, em declarações ao Observador, que “ao escolher o jurista João Ramos Patrocínio, militante do PSD e candidato à Assembleia Municipal de Loures, para chefe de Unidade de Serviços de Veterinário Municipal, em vez de um veterinário, o vereador Nuno Botelho, número dois de André Ventura, mantém-se fiel à tradição política do PSD Loures de favorecer a filiação partidária em vez do mérito.” Para o bloquista, “o dever de serviço público e de boa governação autárquica” devia ter feito com que o cargo fosse ocupado pela veterinária municipal, para não falar no entendimento de “várias vozes autorizadas, entre elas o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinário” que considera que o município estava “legalmente obrigado” a fazê-lo

O candidato bloquista também não poupa a atual gestão comunista, afirmando que “a CDU e Bernardino Soares caucionaram esta nomeação, o que demonstra a natureza do atípico acordo de governação PSD/CDU e o tipo de cimento que o revestiu nos últimos quatros anos.”

Fazendo uma distinção entre CDU e Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo garante: “Um presidente da Câmara Municipal de Loures do Bloco de Esquerda nunca aceitaria uma nomeação destas, nem um vereador do Bloco de Esquerda a proporia.”

Fabian Figueiredo diz ainda que o facto de João Patrocíni0 Ramos integrar a lista do PSD à Assembleia Municipal “deixa evidente o que são as listas lideradas por André Ventura: listas compostas com ‘boys’, por quem lhes abre as portas, os nomeia para empresas municipais e cargos de gestão municipal. Resumindo, em poucas palavras: André Ventura lidera uma lista de ‘boys’, padrinhos e afilhados.”

O candidato bloquista — que esteve na primeira linha da resposta ao candidato do PSD André Ventura no caso das afirmações sobre a comunidade cigana — destaca que o “PSD Loures e André Ventura estão sempre tão predispostos para, com leveza e superficialidade, apontar o dedo, ditar sentenças absolutas, principalmente sobre os mais desfavorecidos da nossa comunidade”. No entanto, acrescenta o bloquista: “Quando se vê à lupa, encontramos as piores práticas, o que todos os cidadãos honestos condenam: o favorecimento partidário, o pacto em nome de favores, o emprego para o amigo do partido. Uma forma de estar na vida pública da qual os cidadãos estão completamente fartos e cansados.”

O Bloco de Esquerda explica ainda que este tipo de práticas de “jobs for the boys” virou “tradição” no município de Loures. Fabian Figueiredo lembra que, em 2009, foi precisamente por estas situações que o então vereador do PSD, João Galhardas, se demitiu. Numa carta aberta, Galhardas denunciava que o que movia a atuação do PSD em Loures era a “política dos lugares ou empregos, os ‘jobs for the boys’”.

O bloquista lembra que “Galhardas chegava ao detalhe de contar que, para a direção do seu partido, era determinante que Vítor Santos, na altura presidente da comissão política do PSD de Loures e hoje número 2 do PSD na lista candidata à Assembleia Municipal de Loures e candidato à Junta de Freguesia de Bucelas, e Armando Curado, à época vice-presidente da concelhia, integrassem, respetivamente, as administrações da Loures Parque [empresa responsável pela gestão do estacionamento] e dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento.”

Fabian insiste que nada disto terminou com a gestão comunista com o apoio social-democrata, já que atualmente “essa mesma empresa municipal, a Loures Parque, continua a contar com um destacado dirigente do PSD Loures no seu Conselho de Administração, José Manuel da Veiga Testos, Presidente da Mesa da Assembleia do PSD Loures e também candidato do PSD à Assembleia Municipal, enquanto a “presidência do Conselho de Administração, por sua vez, coincidência ou não, é ocupada por um militante do PCP”.

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