Rui Rio antecipa-se a Montenegro e marca Conselho Nacional para votar moção de confiança

06-09-2019
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Rui Rio chamou os jornalistas a um hotel no Porto e o vice-presidente Salvador Malheiro convocou os militantes para encherem a sala. Como o seu adversário, na véspera, o líder do PSD apostou num registo formal de declaração ao país e ao partido, mas juntou-lhe uma plateia repleta, que o interrompeu pontualmente com aplausos. Foi já em ambiente de campanha interna que respondeu ao desafio lançado por Luís Montenegro no sentido de disputar de imediato a liderança do PSD em eleições diretas.

A resposta de Rio foi um não, mas... Recusa-se a marcar as diretas exigidas por Montenegro, mas aceita medir forças com os críticos num Conselho Nacional (CN) extraordinário. "Já tomei eu próprio a iniciativa de pedir a convocação do CN para que, em reunião extraordinária, possa apreciar e votar uma moção de confiança", anunciou Rio.

As informações que circularam esta semana indicam que os críticos da liderança já têm as 33 assinaturas necessárias para desencadear o mesmo procedimento, com vista a uma moção de confiança, mas Rio já deu o passo à frente. "Se os contestatários não conseguirem reunir as assinaturas necessárias para apresentar uma moção de censura, eu próprio facilito-lhes a vida e apresento, no âmbito da mesma disposição estatutária, uma moção de confiança", revelou.

"Serviço de primeiríssima qualidade a Costa"

A hipótese de ir agora para diretas foi duramente criticada por Rio, bem como a atitude do seu adversário, que foi alvo de diversas referências pessoais. O presidente social-democrata garantiu que "jamais" tomaria a iniciativa de marcar diretas neste momento, até porque "lançar o PSD numa disputa interna à porta de eleições é prestar serviço de primeiríssima qualidade a Antonio Costa".

Rio lembrou que arrancou há pouco a preparação para eleições europeias, que este é um momento em que "a governação socialista apresenta fortes sinais de erosão e desgaste", com os portugueses a recorrer às "mais variadas formas protesto", e insistiu que "é dificil imaginar melhor serviço ao PS e ao Governo do que este", neste momento. E dramatizou: "Não há memória de, na história da democracia portuguesa, um dirigente partidário ter lançado propositadamente tamanha confusão e instabilidade no seu partido a tão pouco tempo de eleições".

Sem maturidade, sem responsabilidade, sem força

Um sinal, acusou Rio, de que Montenegro não tem maturidade nem foi capaz de resistir às pressões para avançar. "A sua maturidade política e o seu sentido de responsabilidade estão ainda muito aquém do que a complexidade das circunstancias exige", denunciou, acrescentando a acusação de "falta de firmeza para travar os instigadores desta aventura” que têm como único objetivo “tentar salvar os seus lugares nas próximas listas do partido”.

“É exatamente isto que eu quero mudar", afirmou Rio. Que lembrou as suas promessas durante a campanha interna no sentido de fazer política de outra maneira e dirigir um partido que atue de forma diferente dos outros. “Nunca enganei ninguem foi isto que sempre disse"

Rio lembrou a legitimidade de ter sido eleito em diretas há apenas um ano, e sublinhou que nunca deixou um mandato a meio. No entanto, diz nunca ter tuido condições de paz interna para levar a cabo o que queria fazer, devido a "um espetaculo deploravel de guerrilha interna e afronta permanente à minha pessoa e à direção nacional democraticamente eleita".

O "primeiro ato desse espetaculo foi precisamente a intervenção do dr Montenengro" no congresso de fevereiro passado, quando o ex-líder parlamentar fez levantar o congresso colocando-se contra a estratégia definida por Rio e assumindo-se desde logo como eventual alternativa interna.

Montenegro podia ter-se candidato há um ano, mas não o fez. "Por razões puramente táticas", acusa Rio. E "estava contra quando não havia nenhum motivo". Perante um adversário que quer "condicionar os calendarios do partido à sua agenda pessoal", Rio mostra-se firme: "a minha resposta é não. O PSD não é um partidlo unipessoal, é um partido grande demais para estar subjugado a agendas pessoais irresponsáveis".

"O atual momento é de clarificação", concorda Rio. O primeiro ato da clarificação será no Conselho Nacional, que terá de acontecer nas próximas duas semanas. Se a moção de confiança for chumbada, então sim, seguem-se as eleições diretas para a liderança.

Rui Rio chamou os jornalistas a um hotel no Porto e o vice-presidente Salvador Malheiro convocou os militantes para encherem a sala. Como o seu adversário, na véspera, o líder do PSD apostou num registo formal de declaração ao país e ao partido, mas juntou-lhe uma plateia repleta, que o interrompeu pontualmente com aplausos. Foi já em ambiente de campanha interna que respondeu ao desafio lançado por Luís Montenegro no sentido de disputar de imediato a liderança do PSD em eleições diretas.

A resposta de Rio foi um não, mas... Recusa-se a marcar as diretas exigidas por Montenegro, mas aceita medir forças com os críticos num Conselho Nacional (CN) extraordinário. "Já tomei eu próprio a iniciativa de pedir a convocação do CN para que, em reunião extraordinária, possa apreciar e votar uma moção de confiança", anunciou Rio.

As informações que circularam esta semana indicam que os críticos da liderança já têm as 33 assinaturas necessárias para desencadear o mesmo procedimento, com vista a uma moção de confiança, mas Rio já deu o passo à frente. "Se os contestatários não conseguirem reunir as assinaturas necessárias para apresentar uma moção de censura, eu próprio facilito-lhes a vida e apresento, no âmbito da mesma disposição estatutária, uma moção de confiança", revelou.

"Serviço de primeiríssima qualidade a Costa"

A hipótese de ir agora para diretas foi duramente criticada por Rio, bem como a atitude do seu adversário, que foi alvo de diversas referências pessoais. O presidente social-democrata garantiu que "jamais" tomaria a iniciativa de marcar diretas neste momento, até porque "lançar o PSD numa disputa interna à porta de eleições é prestar serviço de primeiríssima qualidade a Antonio Costa".

Rio lembrou que arrancou há pouco a preparação para eleições europeias, que este é um momento em que "a governação socialista apresenta fortes sinais de erosão e desgaste", com os portugueses a recorrer às "mais variadas formas protesto", e insistiu que "é dificil imaginar melhor serviço ao PS e ao Governo do que este", neste momento. E dramatizou: "Não há memória de, na história da democracia portuguesa, um dirigente partidário ter lançado propositadamente tamanha confusão e instabilidade no seu partido a tão pouco tempo de eleições".

Sem maturidade, sem responsabilidade, sem força

Um sinal, acusou Rio, de que Montenegro não tem maturidade nem foi capaz de resistir às pressões para avançar. "A sua maturidade política e o seu sentido de responsabilidade estão ainda muito aquém do que a complexidade das circunstancias exige", denunciou, acrescentando a acusação de "falta de firmeza para travar os instigadores desta aventura” que têm como único objetivo “tentar salvar os seus lugares nas próximas listas do partido”.

“É exatamente isto que eu quero mudar", afirmou Rio. Que lembrou as suas promessas durante a campanha interna no sentido de fazer política de outra maneira e dirigir um partido que atue de forma diferente dos outros. “Nunca enganei ninguem foi isto que sempre disse"

Rio lembrou a legitimidade de ter sido eleito em diretas há apenas um ano, e sublinhou que nunca deixou um mandato a meio. No entanto, diz nunca ter tuido condições de paz interna para levar a cabo o que queria fazer, devido a "um espetaculo deploravel de guerrilha interna e afronta permanente à minha pessoa e à direção nacional democraticamente eleita".

O "primeiro ato desse espetaculo foi precisamente a intervenção do dr Montenengro" no congresso de fevereiro passado, quando o ex-líder parlamentar fez levantar o congresso colocando-se contra a estratégia definida por Rio e assumindo-se desde logo como eventual alternativa interna.

Montenegro podia ter-se candidato há um ano, mas não o fez. "Por razões puramente táticas", acusa Rio. E "estava contra quando não havia nenhum motivo". Perante um adversário que quer "condicionar os calendarios do partido à sua agenda pessoal", Rio mostra-se firme: "a minha resposta é não. O PSD não é um partidlo unipessoal, é um partido grande demais para estar subjugado a agendas pessoais irresponsáveis".

"O atual momento é de clarificação", concorda Rio. O primeiro ato da clarificação será no Conselho Nacional, que terá de acontecer nas próximas duas semanas. Se a moção de confiança for chumbada, então sim, seguem-se as eleições diretas para a liderança.

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