Blog do Prolij: A CALIGRAFIA DE DONA SOFIA

10-04-2019
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A CALIGRAFIA DE DONA SOFIA
Prolij / Univille/
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Por Maria de Fátima Tonin Lunardi Correa

Uma história que rompe com os paradigmas existentes na literatura infantil, sem privilegiar um único gênero, seja ele a poesia, a narrativa ou os livros visuais, pois mescla de forma atraente e convidativa o lírico e a narrativa. André Neves, conhecido internacionalmente como ilustrador, e autor de livros visuais, tem nesta obra editada pela Paulinas uma de suas poucas narrativas escritas e por conseguinte também por ele ilustradas. A história se inicia com Dona Sofia que durante toda sua vida se dedicara a ensinar. Uma dedicada professora aposentada que cultiva flores, as quais rendem um dinheiro a mais na sua ínfima aposentadoria, o que infelizmente retrata a vida das que gastaram a sua vida na profissão, missão e arte de ensinar. No entanto, Dona Sofia, que de forma premente conhecia todas as sensações despertadas através da poesia, lia romances, contos, crônicas e principalmente poesias. A história narrada por André Neves descreve uma casa diferente: paredes decoradas com poesias escritas por autores das mais variadas épocas da nossa história, desde o Romantismo até os contemporâneos, como Bartolomeu Campos de Queirós, Ronald de Carvalho, Machado de Assis, Elias José, Carlos Drummond de Andrade, Sérgio Caparelli, Ricardo Silvestrin, entre outros, poesias registradas através da sua maravilhosa caligrafia. Até que um dia, as poesias de Dona Sofia não tinham mais espaço para serem registradas na sua casa, pois estavam em toda a parte desde a sala até o banheiro. Mas Dona Sofia não queria as poesias escondidas nos livros, decidiu então que ofereceria seus versos como quem oferece flores a todos os moradores da cidade. Dona Sofia faz cartões poéticos e decora com as flores que ela mesma cultiva. A história vai se desenrolando com o aparecimento de seu Ananias, que conhecia todos os moradores da cidade. Seu Ananias que possuía uma horrível caligrafia que distribui através das correspondências notícias, sonhos, saudades e agora poesias, as poesias copiadas pela maravilhosa caligrafia de Dona Sofia. Esta cativante história, cativa também seu Ananias, que de simples carteiro se transforma até em autor de poesias. NEVES, André. A caligrafia de dona Sofia. São Paulo: Paulinas, 2006

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Sobre o autor

Prolij / Univille
O Prolij é um programa de extensão suportado no tripé educacional do ensino, pesquisa e extensão e encontra-se vinculado aos cursos de Letras e Pedagogia da Univille. Visando a promoção do diálogo com a comunidade e a pesquisa, o programa investiga a literatura infantil juvenil e as possibilidades de "o que", "como", "para quem" e "para que" ler.

A CALIGRAFIA DE DONA SOFIA
Prolij / Univille/
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Por Maria de Fátima Tonin Lunardi Correa

Uma história que rompe com os paradigmas existentes na literatura infantil, sem privilegiar um único gênero, seja ele a poesia, a narrativa ou os livros visuais, pois mescla de forma atraente e convidativa o lírico e a narrativa. André Neves, conhecido internacionalmente como ilustrador, e autor de livros visuais, tem nesta obra editada pela Paulinas uma de suas poucas narrativas escritas e por conseguinte também por ele ilustradas. A história se inicia com Dona Sofia que durante toda sua vida se dedicara a ensinar. Uma dedicada professora aposentada que cultiva flores, as quais rendem um dinheiro a mais na sua ínfima aposentadoria, o que infelizmente retrata a vida das que gastaram a sua vida na profissão, missão e arte de ensinar. No entanto, Dona Sofia, que de forma premente conhecia todas as sensações despertadas através da poesia, lia romances, contos, crônicas e principalmente poesias. A história narrada por André Neves descreve uma casa diferente: paredes decoradas com poesias escritas por autores das mais variadas épocas da nossa história, desde o Romantismo até os contemporâneos, como Bartolomeu Campos de Queirós, Ronald de Carvalho, Machado de Assis, Elias José, Carlos Drummond de Andrade, Sérgio Caparelli, Ricardo Silvestrin, entre outros, poesias registradas através da sua maravilhosa caligrafia. Até que um dia, as poesias de Dona Sofia não tinham mais espaço para serem registradas na sua casa, pois estavam em toda a parte desde a sala até o banheiro. Mas Dona Sofia não queria as poesias escondidas nos livros, decidiu então que ofereceria seus versos como quem oferece flores a todos os moradores da cidade. Dona Sofia faz cartões poéticos e decora com as flores que ela mesma cultiva. A história vai se desenrolando com o aparecimento de seu Ananias, que conhecia todos os moradores da cidade. Seu Ananias que possuía uma horrível caligrafia que distribui através das correspondências notícias, sonhos, saudades e agora poesias, as poesias copiadas pela maravilhosa caligrafia de Dona Sofia. Esta cativante história, cativa também seu Ananias, que de simples carteiro se transforma até em autor de poesias. NEVES, André. A caligrafia de dona Sofia. São Paulo: Paulinas, 2006

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O Prolij é um programa de extensão suportado no tripé educacional do ensino, pesquisa e extensão e encontra-se vinculado aos cursos de Letras e Pedagogia da Univille. Visando a promoção do diálogo com a comunidade e a pesquisa, o programa investiga a literatura infantil juvenil e as possibilidades de "o que", "como", "para quem" e "para que" ler.

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