PAN. André Silva vai atender António Costa, mas sem exigências concretas

29-03-2020
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Foi um discurso além dos animais. André Silva, que só falou depois de estarem todas as freguesias apuradas e os resultados eleitorais fechados, fez um discurso de vitória à semelhança do que disse (e tentou passar) durante toda a campanha: o PAN é mais do que um partido animalista.

O número um por Lisboa definiu o conservadorismo como inimigo do PAN e atirou farpas "a todos os que viam o partido como um epifenómeno".

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"O conservadorismo perdeu a maioria que tinha no Parlamento, constituída por PSD, CDS e PCP. Perderam mandatos, agora estão reunidas as condições para fazer Portugal avançar no século XXI", disse André Silva ao inciar o discurso de vitória.

É precisamente nas matérias mais liberais, como a despenalização da morte assistida ou da cannábis para fins medicinais, que o PAN poderá convergir e iniciar diálogo com uma maioria de esquerda.

Sem se comprometer - mas quando António Costa telefonar ele atende - e fazendo a defesa dos valores liberais, o líder do partido celebrou a vitória frisando que o PAN está para ficar e para contar, no que diz respeito aos seus interesses.

O porta-voz do PAN, que deixa de ser deputado único e passa a ter um grupo parlamentar, não definiu linhas vermelhas concretas para negociar um apoio ao PS, mas voltou a repetir o que disse durante toda a campanha: o PAN está disponível para fazer pontes.

"As nossas linhas vermelhas são o nosso caderno eleitoral. Não somos partido de Governo, mas estamos disponíveis para dialogar. Se for necessário qualquer tipo de discussão, é com base no nosso programa", defendeu.

Daí que quando António Costa lhe ligar, André Silva vá atender, mas sem exigências definidas. "Quando me ligar vou-lhe agradecer por parabenizar o PAN pelo excelente resultado que teve, no entanto, se a intenção for discutir ideias para o país, o PAN está disponível para falar, seja com António Costa, Rui Rio ou Catarina Martins. O nosso objetivo é fazer avançar as nossas ideias."

Foi sempre neste tom que André Silva fez todo o discurso: o PAN veio para ficar e para defender as suas ideias. "O PS não depende do PAN porque a soma de deputados não permite essa maioria [absoluta]. O papel do PAN é fazer avançar as nossas propostas. Estamos disponíveis para fazer pontes. O PAN está disponível para fazer o que tem feito ao longo dos últimos quatro anos. O PAN nao quer fazer parte da solução governativa, o nosso objetivo eram dois deputados. Este é um resultado que nos dá mais resposnabilidades. Não vemos nenhuma solução de suporte", afirmou ainda.

Sempre usando a expressão "estes quatro deputados" - referindo-se a Bebiana Cunha, Inês de Sousa Real e Cristina Rodrigues - o porta-voz do PAN definiu as áreas importantes para o partido como o combate à corrupção, às alterações climáticas, à exploração de petróleo e da energia a carvão, à violência de género e o fim da tauromaquia. E atacou a CAP, "padroeira de todos os ministros da Agricultura.

André Silva deixou também palavras duras para o CDS e para o Chega, definindo-os como "partidos de ideias perigosas".

O maior entre os pequenos

O cenário foi muito diferente do de há quatro anos, em que os jornalistas só começaram a chegar quando se percebeu que André Silva tinha sido eleito deputado.

Esta noite, no Museu da Cidade, em Lisboa, o quartel-general do partido para acompanhar a noite eleitoral, estavam dezenas de apoiantes e todos os órgãos de comunicação social.

Quase como se de um partido de poder se tratasse. André Silva chegou, depois das 22h, foi recebido pelos jornalistas e por aplausos e pelo grito de guerra da noite: "Mais PAN no Parlamento, este é o momento!" O líder seguiu para uma sala fechada onde esteve reunido com a Comissão Política Permanente, um dos principais órgãos do partido (ver fotos exclusivas do Expresso). Só saiu para o discurso final.

O ambiente no pátio do Museu da Cidade foi de festa desde o princípio da noite, dado que todas as sondagens davam um crescimento ao PAN e uma hipótese de conseguir ter poder para influenciar novo Governo, isto é, dar a mão a António Costa.

Foi um discurso além dos animais. André Silva, que só falou depois de estarem todas as freguesias apuradas e os resultados eleitorais fechados, fez um discurso de vitória à semelhança do que disse (e tentou passar) durante toda a campanha: o PAN é mais do que um partido animalista.

O número um por Lisboa definiu o conservadorismo como inimigo do PAN e atirou farpas "a todos os que viam o partido como um epifenómeno".

1 / 16 1 / 16 pedro nunes 2 / 16 2 / 16 pedro nunes 3 / 16 3 / 16 pedro nunes 4 / 16 4 / 16 pedro nunes 5 / 16 5 / 16 pedro nunes 6 / 16 6 / 16 pedro nunes 7 / 16 7 / 16 pedro nunes 8 / 16 8 / 16 pedro nunes 9 / 16 9 / 16 pedro nunes 10 / 16 10 / 16 pedro nunes 11 / 16 11 / 16 pedro nunes 12 / 16 12 / 16 pedro nunes 13 / 16 13 / 16 pedro nunes 14 / 16 14 / 16 pedro nunes 15 / 16 15 / 16 pedro nunes 16 / 16 16 / 16 pedro nunes

"O conservadorismo perdeu a maioria que tinha no Parlamento, constituída por PSD, CDS e PCP. Perderam mandatos, agora estão reunidas as condições para fazer Portugal avançar no século XXI", disse André Silva ao inciar o discurso de vitória.

É precisamente nas matérias mais liberais, como a despenalização da morte assistida ou da cannábis para fins medicinais, que o PAN poderá convergir e iniciar diálogo com uma maioria de esquerda.

Sem se comprometer - mas quando António Costa telefonar ele atende - e fazendo a defesa dos valores liberais, o líder do partido celebrou a vitória frisando que o PAN está para ficar e para contar, no que diz respeito aos seus interesses.

O porta-voz do PAN, que deixa de ser deputado único e passa a ter um grupo parlamentar, não definiu linhas vermelhas concretas para negociar um apoio ao PS, mas voltou a repetir o que disse durante toda a campanha: o PAN está disponível para fazer pontes.

"As nossas linhas vermelhas são o nosso caderno eleitoral. Não somos partido de Governo, mas estamos disponíveis para dialogar. Se for necessário qualquer tipo de discussão, é com base no nosso programa", defendeu.

Daí que quando António Costa lhe ligar, André Silva vá atender, mas sem exigências definidas. "Quando me ligar vou-lhe agradecer por parabenizar o PAN pelo excelente resultado que teve, no entanto, se a intenção for discutir ideias para o país, o PAN está disponível para falar, seja com António Costa, Rui Rio ou Catarina Martins. O nosso objetivo é fazer avançar as nossas ideias."

Foi sempre neste tom que André Silva fez todo o discurso: o PAN veio para ficar e para defender as suas ideias. "O PS não depende do PAN porque a soma de deputados não permite essa maioria [absoluta]. O papel do PAN é fazer avançar as nossas propostas. Estamos disponíveis para fazer pontes. O PAN está disponível para fazer o que tem feito ao longo dos últimos quatro anos. O PAN nao quer fazer parte da solução governativa, o nosso objetivo eram dois deputados. Este é um resultado que nos dá mais resposnabilidades. Não vemos nenhuma solução de suporte", afirmou ainda.

Sempre usando a expressão "estes quatro deputados" - referindo-se a Bebiana Cunha, Inês de Sousa Real e Cristina Rodrigues - o porta-voz do PAN definiu as áreas importantes para o partido como o combate à corrupção, às alterações climáticas, à exploração de petróleo e da energia a carvão, à violência de género e o fim da tauromaquia. E atacou a CAP, "padroeira de todos os ministros da Agricultura.

André Silva deixou também palavras duras para o CDS e para o Chega, definindo-os como "partidos de ideias perigosas".

O maior entre os pequenos

O cenário foi muito diferente do de há quatro anos, em que os jornalistas só começaram a chegar quando se percebeu que André Silva tinha sido eleito deputado.

Esta noite, no Museu da Cidade, em Lisboa, o quartel-general do partido para acompanhar a noite eleitoral, estavam dezenas de apoiantes e todos os órgãos de comunicação social.

Quase como se de um partido de poder se tratasse. André Silva chegou, depois das 22h, foi recebido pelos jornalistas e por aplausos e pelo grito de guerra da noite: "Mais PAN no Parlamento, este é o momento!" O líder seguiu para uma sala fechada onde esteve reunido com a Comissão Política Permanente, um dos principais órgãos do partido (ver fotos exclusivas do Expresso). Só saiu para o discurso final.

O ambiente no pátio do Museu da Cidade foi de festa desde o princípio da noite, dado que todas as sondagens davam um crescimento ao PAN e uma hipótese de conseguir ter poder para influenciar novo Governo, isto é, dar a mão a António Costa.

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