Deana Barroqueiro CONVERSA COM OS LEITORES: Portugal investiga possível ligação das tríades locais aos vistos gold

15-10-2018
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Dezembro 15, 2014

Autoridades
portuguesas estão a investigar denúncia enviada por carta com remetente
de Macau para o ministério português da Administração Interna.

Patrícia Silva Alves

O Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP) de Portugal está
a investigar uma possível utilização do programa vistos gold pelas
tríades, entre as quais a seita 14 Quilates (14K), com a cumplicidade de
cidadãos de nacionalidade portuguesa. A informação, que veio de uma
fonte não identificada, foi avançada pelo semanário português Expresso.

Segundo o jornal, a denúncia que identifica os envolvidos chegou de
Macau através de uma carta dirigida ao ministério da Administração
Interna. Na sexta-feira passada, a ministra com a tutela da pasta,
Anabela Rodrigues, enviou então a denúncia para o DCIAP.

Contactada pela TDM na sexta-feira, a Polícia Judiciária de Macau disse não ter qualquer informação sobre este caso.

Neste momento, as autoridades portuguesas estão a investigar um
alegado esquema de corrupção que envolvia o pagamento de subornos para a
atribuição de vistos gold e no decorrer do qual 11 pessoas foram
detidas. Entre elas estavam altos quadros do Estado, algunas com
relações de proximidade pessoal e profissional ao ex-ministro português
da Administração Interna, Miguel Macedo. Entre os detidos estava o então
director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos,
que entretanto foi libertado (com outros dois suspeitos). Todos foram
obrigados a usar pulseira electrónica.

Em causa estão suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais,
tráfico de influência e peculato relacionadas com a atribuição da
Autorização de Residência para a Actividade de Investimento, o nome
oficial dos vistos gold.

A 16 de Novembro deste ano e na sequência deste caso, Miguel Macedo,
então ministro da Administração Interna, demitiu-se do cargo alegando
que a sua autoridade tinha ficado diminuída com o envolvimento nestas
investigações de pessoas que lhe são próximas. No entanto, o responsável
assinalou que nada teve a ver com o processo de atribuição dos vistos
gold. “Não sou pessoalmente responsável por nada nestas investigações”,
assegurou no seu discurso de demissão.

Dezembro 15, 2014

Autoridades
portuguesas estão a investigar denúncia enviada por carta com remetente
de Macau para o ministério português da Administração Interna.

Patrícia Silva Alves

O Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP) de Portugal está
a investigar uma possível utilização do programa vistos gold pelas
tríades, entre as quais a seita 14 Quilates (14K), com a cumplicidade de
cidadãos de nacionalidade portuguesa. A informação, que veio de uma
fonte não identificada, foi avançada pelo semanário português Expresso.

Segundo o jornal, a denúncia que identifica os envolvidos chegou de
Macau através de uma carta dirigida ao ministério da Administração
Interna. Na sexta-feira passada, a ministra com a tutela da pasta,
Anabela Rodrigues, enviou então a denúncia para o DCIAP.

Contactada pela TDM na sexta-feira, a Polícia Judiciária de Macau disse não ter qualquer informação sobre este caso.

Neste momento, as autoridades portuguesas estão a investigar um
alegado esquema de corrupção que envolvia o pagamento de subornos para a
atribuição de vistos gold e no decorrer do qual 11 pessoas foram
detidas. Entre elas estavam altos quadros do Estado, algunas com
relações de proximidade pessoal e profissional ao ex-ministro português
da Administração Interna, Miguel Macedo. Entre os detidos estava o então
director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos,
que entretanto foi libertado (com outros dois suspeitos). Todos foram
obrigados a usar pulseira electrónica.

Em causa estão suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais,
tráfico de influência e peculato relacionadas com a atribuição da
Autorização de Residência para a Actividade de Investimento, o nome
oficial dos vistos gold.

A 16 de Novembro deste ano e na sequência deste caso, Miguel Macedo,
então ministro da Administração Interna, demitiu-se do cargo alegando
que a sua autoridade tinha ficado diminuída com o envolvimento nestas
investigações de pessoas que lhe são próximas. No entanto, o responsável
assinalou que nada teve a ver com o processo de atribuição dos vistos
gold. “Não sou pessoalmente responsável por nada nestas investigações”,
assegurou no seu discurso de demissão.

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