Gremlin Literário

23-09-2019
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* Reza um ditado milenar do Alto Minho, ou, se não reza, podia perfeitamente rezar.

Apesar de o ter precedido de mais de um ano, toda a gente sabe que a austeridade foi a receita neoliberal inventada pelo governo do PSD e do CDS para destruir o estado social e os direitos de cidadania, aumentar as desigualdades e, de uma maneira geral, fazer sofrer as pessoas, nomeadamente as mais fracas e desprotegidas, incluindo os funcionários públicos com salários mais elevados e os reformados com pensões superiores a 4.611 euros por mês. Nem as subvenções vitalícias dos políticos, merecidamente conquistadas em longas carreiras contributivas de 8 ou 12 anos, escaparam às suas garras.

Por mais que os responsáveis desse governo balbuciem hoje em dia desculpas esfarrapadas, chegando mesmo a dizer que se viram forçados a cumprir um programa da autoria do governo do PS negociado e contratualizado com as instituições internacionais que impediram in-extremis a falência do país concedendo-lhe crédito que mais ninguém concedia, ou que fizeram o que foi necessário e possível com o dinheiro que não tinham para reerguer um país arrasado pela ruína financeira a que o governo socialista anterior o conduziu, ou, mais demagógico ainda, que a austeridade é a condição natural de quem não tem dinheiro para mais e melhor, basta ouvir as palavras sábias de políticos e comentadores como o João Galamba e o Carlos César, ou o Pacheco Pereira e a Manuela Ferreira Leite, ou a Catarina Martins e as manas Mortágua, para não falar no Daniel Oliveira, no Nicolau Santos e no Pedro Marques Lopes, para ficar a saber que a austeridade em Portugal foi obra do governo do PSD e do CDS.

O PS já fez a reconstrução do hímen, recuperou a virgindade neste domínio e já não tem nada a ver com a austeridade passada. Leiloou a sua virgindade renovada nas eleições de Outubro e, apesar de as ter perdido, ganhou o leilão. Está o António Costa, pois, a substituir a austeridade pelo crescimento que os planos macroeconómicos e respectivas folhas de cálculo nos garantem, ou prometem, dirão alguns cépticos ou invejosos.

O problema é que, quem perde a virgindade uma vez distribuindo dinheiro pelos portugueses, e algum por si próprio e pelos amigos, que quem parte e reparte e para si não deixa a melhor parte ou é burro ou não tem arte, habitua-se à brincadeira e tende a perdê-la mais vezes. Foi o caso da Miss Bumbum Brasil 2014, Indianara Carvalho de sua graça. Se assim for, o PS voltará a espatifar Portugal e a levar-nos de regresso à austeridade, que outros mais malvados se encarregarão de ministrar com o sadismo conhecido.

Não é necessariamente um problema. A Miss Bumbum continuou a refazer o hímen e a leiloar a virgindade recuperada, repetidamente. Há sempre algum milionário mais sensível ao verdadeiro amor. Veremos se o PS consegue repetir a façanha mais uma vez com os eleitores, ou se eles acabarão por se desencantar do amor e começarão a ligar mais à carteira?

* Reza um ditado milenar do Alto Minho, ou, se não reza, podia perfeitamente rezar.

Apesar de o ter precedido de mais de um ano, toda a gente sabe que a austeridade foi a receita neoliberal inventada pelo governo do PSD e do CDS para destruir o estado social e os direitos de cidadania, aumentar as desigualdades e, de uma maneira geral, fazer sofrer as pessoas, nomeadamente as mais fracas e desprotegidas, incluindo os funcionários públicos com salários mais elevados e os reformados com pensões superiores a 4.611 euros por mês. Nem as subvenções vitalícias dos políticos, merecidamente conquistadas em longas carreiras contributivas de 8 ou 12 anos, escaparam às suas garras.

Por mais que os responsáveis desse governo balbuciem hoje em dia desculpas esfarrapadas, chegando mesmo a dizer que se viram forçados a cumprir um programa da autoria do governo do PS negociado e contratualizado com as instituições internacionais que impediram in-extremis a falência do país concedendo-lhe crédito que mais ninguém concedia, ou que fizeram o que foi necessário e possível com o dinheiro que não tinham para reerguer um país arrasado pela ruína financeira a que o governo socialista anterior o conduziu, ou, mais demagógico ainda, que a austeridade é a condição natural de quem não tem dinheiro para mais e melhor, basta ouvir as palavras sábias de políticos e comentadores como o João Galamba e o Carlos César, ou o Pacheco Pereira e a Manuela Ferreira Leite, ou a Catarina Martins e as manas Mortágua, para não falar no Daniel Oliveira, no Nicolau Santos e no Pedro Marques Lopes, para ficar a saber que a austeridade em Portugal foi obra do governo do PSD e do CDS.

O PS já fez a reconstrução do hímen, recuperou a virgindade neste domínio e já não tem nada a ver com a austeridade passada. Leiloou a sua virgindade renovada nas eleições de Outubro e, apesar de as ter perdido, ganhou o leilão. Está o António Costa, pois, a substituir a austeridade pelo crescimento que os planos macroeconómicos e respectivas folhas de cálculo nos garantem, ou prometem, dirão alguns cépticos ou invejosos.

O problema é que, quem perde a virgindade uma vez distribuindo dinheiro pelos portugueses, e algum por si próprio e pelos amigos, que quem parte e reparte e para si não deixa a melhor parte ou é burro ou não tem arte, habitua-se à brincadeira e tende a perdê-la mais vezes. Foi o caso da Miss Bumbum Brasil 2014, Indianara Carvalho de sua graça. Se assim for, o PS voltará a espatifar Portugal e a levar-nos de regresso à austeridade, que outros mais malvados se encarregarão de ministrar com o sadismo conhecido.

Não é necessariamente um problema. A Miss Bumbum continuou a refazer o hímen e a leiloar a virgindade recuperada, repetidamente. Há sempre algum milionário mais sensível ao verdadeiro amor. Veremos se o PS consegue repetir a façanha mais uma vez com os eleitores, ou se eles acabarão por se desencantar do amor e começarão a ligar mais à carteira?

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