Contentores recuperaram em Lisboa em Janeiro, caíram em Leixões

01-03-2017
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O início deste ano ditou um "regresso à normalidade" do Porto de Lisboa, depois de anos de perturbações laborais e isso teve impacto em Leixões, para onde foram desviadas linhas que eram destinadas a Lisboa.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que esteve esta sexta-feira em Leixões a apresentar os investimentos na infra-estrutura, fez questão de salientar que estes dados, referentes a Janeiro de 2017, "não retiram importância a Leixões", apesar de o porto nortenho ter descido 9% em carga contentorizada face a Janeiro de 2016. Lisboa aumentou 23% no mesmo período. Em termos globais, Leixões cresceu 12% e Lisboa 15% no mês passado, face ao período homólogo.

A ministra, que lançou há 10 anos o plano original marítimo-portuário, enquanto era secretária de Estado, acredita que, na próxima década, "a movimentação de contentores vai subir 200% nos portos do continente". Desde 2007, aumentou 180%, sendo que a carga global cresceu 42%. "Um potencial de crescimento que está consolidado, não é pontual", salientou a ministra, que deu conta dos constrangimentos de capacidade.

"Nos últimos anos Leixões está a trabalhar muito acima do que é razoável e indicado como sendo eficiente. Temos que ter em conta que dentro de dez anos devemos ter muito mais capacidade do que hoje. Já temos uma situação de 94% de capacidade" ocupada, salientou Ana Paula Vitorino.

Os investimentos no porto são de 430 milhões de euros para crescer 73% nos contentores e 44% na carga geral na próxima década. "Leixões tem que deixar de ter ser um porto "feeder" e afirmar se como "gateway" do Norte da Península Ibérica", salientou Ana Paula Vitorino.

Em fase de implementação está o novo terminal de contentores, a reconversão do terminal de contentores Sul, a plataforma multimodal logística (pólos 1 e 2) e o aumento da eficiência do terminal de granéis sólidos e alimentares. Os postos de trabalho criados pelos projectos deverão ultrapassar os cinco mil e os projectos estarão concluídos em 2025. Em fase de renegociação avançada está a concessão do actual terminal de contentores, que a ministra diz que deverá estar concluída até ao final deste mês.

A cerimónia teve lugar no novo terminal de cruzeiros, um dos investimentos estratégicos em Leixões que está já em funcionamento. O presidente da APDL (Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo), Emílio Brogueira Dias, deu conta dos resultados dos cruzeiros, que em 2016, trouxeram a Leixões 84 navios e 72 mil passageiros. "Este ano já temos mais de 110 escalas marcadas e vamos ultrapassar os 100 mil passageiros. Os países de origem tem um peso muito grande na Europa do Norte e América", salientou.

Ana Paula Vitorino referiu ainda que o Governo irá acompanhar a implementação do plano para o aumento da estratégia portuária, com a criação de comissões de acompanhamento para cada infra-estrutura.

(Notícia actualizada às 14.18 com mais informação)

O início deste ano ditou um "regresso à normalidade" do Porto de Lisboa, depois de anos de perturbações laborais e isso teve impacto em Leixões, para onde foram desviadas linhas que eram destinadas a Lisboa.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que esteve esta sexta-feira em Leixões a apresentar os investimentos na infra-estrutura, fez questão de salientar que estes dados, referentes a Janeiro de 2017, "não retiram importância a Leixões", apesar de o porto nortenho ter descido 9% em carga contentorizada face a Janeiro de 2016. Lisboa aumentou 23% no mesmo período. Em termos globais, Leixões cresceu 12% e Lisboa 15% no mês passado, face ao período homólogo.

A ministra, que lançou há 10 anos o plano original marítimo-portuário, enquanto era secretária de Estado, acredita que, na próxima década, "a movimentação de contentores vai subir 200% nos portos do continente". Desde 2007, aumentou 180%, sendo que a carga global cresceu 42%. "Um potencial de crescimento que está consolidado, não é pontual", salientou a ministra, que deu conta dos constrangimentos de capacidade.

"Nos últimos anos Leixões está a trabalhar muito acima do que é razoável e indicado como sendo eficiente. Temos que ter em conta que dentro de dez anos devemos ter muito mais capacidade do que hoje. Já temos uma situação de 94% de capacidade" ocupada, salientou Ana Paula Vitorino.

Os investimentos no porto são de 430 milhões de euros para crescer 73% nos contentores e 44% na carga geral na próxima década. "Leixões tem que deixar de ter ser um porto "feeder" e afirmar se como "gateway" do Norte da Península Ibérica", salientou Ana Paula Vitorino.

Em fase de implementação está o novo terminal de contentores, a reconversão do terminal de contentores Sul, a plataforma multimodal logística (pólos 1 e 2) e o aumento da eficiência do terminal de granéis sólidos e alimentares. Os postos de trabalho criados pelos projectos deverão ultrapassar os cinco mil e os projectos estarão concluídos em 2025. Em fase de renegociação avançada está a concessão do actual terminal de contentores, que a ministra diz que deverá estar concluída até ao final deste mês.

A cerimónia teve lugar no novo terminal de cruzeiros, um dos investimentos estratégicos em Leixões que está já em funcionamento. O presidente da APDL (Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo), Emílio Brogueira Dias, deu conta dos resultados dos cruzeiros, que em 2016, trouxeram a Leixões 84 navios e 72 mil passageiros. "Este ano já temos mais de 110 escalas marcadas e vamos ultrapassar os 100 mil passageiros. Os países de origem tem um peso muito grande na Europa do Norte e América", salientou.

Ana Paula Vitorino referiu ainda que o Governo irá acompanhar a implementação do plano para o aumento da estratégia portuária, com a criação de comissões de acompanhamento para cada infra-estrutura.

(Notícia actualizada às 14.18 com mais informação)

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