É com grande satisfação que tomo conhecimento de mais um blogue relacionado com a nossa distinta academia. A forma como Blog de Gestão prestigia a nossa academia é bastante positiva. Saudações académicas para o Blog de Gestão .
Não há dúvida que as mudanças climáticas estão na ordem do dia. O entusiasmo aumenta com o recente anúncio catastrofista da antecipação do ponto de não retorno e consolida-se com a entrada em vigor do protocolo de Quioto. Mas para complicar, aí está a onda de frio que teima em não nos deixar. Afinal, há ou não mudanças climáticas? Foi o que quisemos apurar em conversa com dois cientistas do Centro de Geofísica da Universidade de Évora:A professora Ana Maria Silva, com formação de base na área da meteorologia e da ciência da atmosfera, que actualmente se dedica a estabelecer, para uma região de Portugal Continental, uma climatologia de aerossóis, com o objectivo de modelar e estimar, qual é o seu efeito radioactivo e a sua frequência de ocorrência, e tendências em termos do seu balanço à superfície e no topo da atmosfera, ou seja, se as fontes consumidoras de energia à escala regional produzidas pelos aerossóis têm ou não algum impacto ao nível climático regional.O professor João Corte Real, dedica-se ao estudo de extremos meteorológicos, deduzidos dos modelos de climas globais do Hadley Centre e ao desenvolvimento de cenários regionais para Portugal com base em resultados de modelo, mas não com base nos resultados das temperaturas e precipitações geradas por esses modelos, e interessa-se pela física de nuvens e sua modulação numérica, tema este que está em pleno desenvolvimento internacional.A entrevista completa está no seguinte link:
Desde o início que assim é. Desde a Primária até ao fim de um qualquer percurso académico, que sempre que há um atraso, há também uma "razão plausível" para o justificar. É raro demonstrarmos as nossas fraquezas ou reconhecermos o que temos de melhorar, logo não é de estranhar que mais tarde, terminada a aprendizagem escolar, essas mesmas questões se repercutam na sociedade, nas opções governativas, nas opções estratégicas de uma empresa, de uma instituição, ou numa área específica, como é o Ensino Superior.
Parece-me ser esta a razão para esta notícia acerca de Bolonha . Compreendo logicamente a importância de se saber como irá ser o financiamento para cada um dos ciclos, pois daí poderá advir, uma alteração importante nos seus conteúdos ou no formato a seguir. Mas será essa a razão para o nosso atraso? Será que não podemos começar a mudar já as mentalidades, as estruturas, o paradigma da aprendizagem no sentido de Bolonha?
Só quero que não seja tudo aritmético, tal como, até certo ponto felizmente, aconteceu na Universidade de Évora com os ECTS. É que só agora, com o decreto lei 42/2005, se cria um regulamento para o ECTS, mas como houve necessidade de avançar à priori, houve a sorte não muito casual, de termos correspondido em termos aritméticos ao que nos é agora pedido. Mas e desligando dos números, estará tudo acertado em relação aos ECTS e ao espírito de Bolonha? Serão apenas números ou compreenderão também cargas horárias reais, as competências e conhecimentos adquiridos, o esforço exigido no pós-frequência, o peso na estrutura curricular, as componentes práticas/teóricas, enfim, será que têm sumo?
Neste tipo de situações podemos avançar, podemos até inovar sem gastarmos dinheiro....sem que seja o financiamento adulterando o conteúdo...
Em linguagem docente, se não sabe a resposta a uma pergunta, "passe à frente, vá fazendo o resto"...sempre é preferível que não fazer nada!
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É com grande satisfação que tomo conhecimento de mais um blogue relacionado com a nossa distinta academia. A forma como Blog de Gestão prestigia a nossa academia é bastante positiva. Saudações académicas para o Blog de Gestão .
Não há dúvida que as mudanças climáticas estão na ordem do dia. O entusiasmo aumenta com o recente anúncio catastrofista da antecipação do ponto de não retorno e consolida-se com a entrada em vigor do protocolo de Quioto. Mas para complicar, aí está a onda de frio que teima em não nos deixar. Afinal, há ou não mudanças climáticas? Foi o que quisemos apurar em conversa com dois cientistas do Centro de Geofísica da Universidade de Évora:A professora Ana Maria Silva, com formação de base na área da meteorologia e da ciência da atmosfera, que actualmente se dedica a estabelecer, para uma região de Portugal Continental, uma climatologia de aerossóis, com o objectivo de modelar e estimar, qual é o seu efeito radioactivo e a sua frequência de ocorrência, e tendências em termos do seu balanço à superfície e no topo da atmosfera, ou seja, se as fontes consumidoras de energia à escala regional produzidas pelos aerossóis têm ou não algum impacto ao nível climático regional.O professor João Corte Real, dedica-se ao estudo de extremos meteorológicos, deduzidos dos modelos de climas globais do Hadley Centre e ao desenvolvimento de cenários regionais para Portugal com base em resultados de modelo, mas não com base nos resultados das temperaturas e precipitações geradas por esses modelos, e interessa-se pela física de nuvens e sua modulação numérica, tema este que está em pleno desenvolvimento internacional.A entrevista completa está no seguinte link:
Desde o início que assim é. Desde a Primária até ao fim de um qualquer percurso académico, que sempre que há um atraso, há também uma "razão plausível" para o justificar. É raro demonstrarmos as nossas fraquezas ou reconhecermos o que temos de melhorar, logo não é de estranhar que mais tarde, terminada a aprendizagem escolar, essas mesmas questões se repercutam na sociedade, nas opções governativas, nas opções estratégicas de uma empresa, de uma instituição, ou numa área específica, como é o Ensino Superior.
Parece-me ser esta a razão para esta notícia acerca de Bolonha . Compreendo logicamente a importância de se saber como irá ser o financiamento para cada um dos ciclos, pois daí poderá advir, uma alteração importante nos seus conteúdos ou no formato a seguir. Mas será essa a razão para o nosso atraso? Será que não podemos começar a mudar já as mentalidades, as estruturas, o paradigma da aprendizagem no sentido de Bolonha?
Só quero que não seja tudo aritmético, tal como, até certo ponto felizmente, aconteceu na Universidade de Évora com os ECTS. É que só agora, com o decreto lei 42/2005, se cria um regulamento para o ECTS, mas como houve necessidade de avançar à priori, houve a sorte não muito casual, de termos correspondido em termos aritméticos ao que nos é agora pedido. Mas e desligando dos números, estará tudo acertado em relação aos ECTS e ao espírito de Bolonha? Serão apenas números ou compreenderão também cargas horárias reais, as competências e conhecimentos adquiridos, o esforço exigido no pós-frequência, o peso na estrutura curricular, as componentes práticas/teóricas, enfim, será que têm sumo?
Neste tipo de situações podemos avançar, podemos até inovar sem gastarmos dinheiro....sem que seja o financiamento adulterando o conteúdo...
Em linguagem docente, se não sabe a resposta a uma pergunta, "passe à frente, vá fazendo o resto"...sempre é preferível que não fazer nada!