Porto "resgata" estacionamento nos Poveiros e Palácio de Cristal

17-04-2018
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A Câmara do Porto aprovou esta quarta-feira, 21 de Março, a municipalização da gestão dos parques de estacionamento da Praça dos Poveiros (278 lugares) e do Palácio de Cristal (490 lugares), que estavam concessionados a privados há 20 anos. Os contratos com a Empark, líder ibérica de estacionamento comprada em 2017 pela australiana Macquarie, caducam em Abril e Maio deste ano, respectivamente.

Esta decisão, uma iniciativa da maioria formada pelo movimento independente de Rui Moreira e que acabou por ter o voto contra de PS e PSD, visa uma "estratégia integrada de mobilidade" e, segundo descreve a proposta, "permite alargar o número de lugares disponíveis a preços e tarifas mais reduzidas a outras zonas geográficas da cidade, potenciando desta forma uma política integrada de gestão do estacionamento".

Na lista dos argumentos financeiros, a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, coloca uma comparação entre as receitas actuais para a autarquia provenientes destas concessões – cerca de 5.500 euros nos Poveiros e quase 3.700 euros no Palácio de Cristal – com a receita líquida mensal de 23 mil euros alcançada, durante o segundo semestre do ano passado, no parque de estacionamento da Trindade, gerido pelo município.

Com a passagem para a esfera municipal, a Câmara promete que os preços a pagar pelos automobilistas nestes dois parques vão ser mais baratos do que os actuais, passando a praticar esse mesmo tarifário também no Parque das Carvalheiras (conhecido como Silo Auto). Nos três equipamentos vão ser cobrados 35 cêntimos nos primeiros 15 minutos, 15 cêntimos para a 2ª fracção, 25 cêntimos para as 3ª e 4ª fracções, e depois 30 cêntimos daí em diante.

Por outro lado, a proposta votada prevê "a gratuitidade para motociclos, ciclomotores e bicicletas nos lugares devidamente assinalados", assim como "o pagamento de apenas 85% do valor, consoante o tipo de avença, para veículos eléctricos", tal como acontece neste momento nos restantes parques geridos pelo município portuense.

Alinhar parques e lugares à superfície

Com "mais seis ou sete parques concessionados", nas contas por alto da vereadora, citada pela Lusa, as próximas concessões a caducarem são as dos parques da Praça D. João I e do Infante. Os opositores Manuel Pizarro (PS) e Álvaro Almeida (PSD) contestaram a aplicação de tarifas mais elevadas nos parques do que à superfície, quando o Executivo municipal pretende precisamente "potenciar o estacionamento de longa duração nos parques".

"Se a tarifa for a mesma na rua e nos parques, as pessoas preferem estacionar na rua. (…) Se queremos que, na rua, o estacionamento seja de curta duração, as tarifas têm de ser compatíveis com esse objectivo", sublinhou o deputado municipal laranja, acusando ainda Rui Moreira de estar a praticar uma "estatização desenfreada" e de ter um plano como "já não se via desde o ‘Verão Quente’ de 1975".

A Câmara do Porto aprovou esta quarta-feira, 21 de Março, a municipalização da gestão dos parques de estacionamento da Praça dos Poveiros (278 lugares) e do Palácio de Cristal (490 lugares), que estavam concessionados a privados há 20 anos. Os contratos com a Empark, líder ibérica de estacionamento comprada em 2017 pela australiana Macquarie, caducam em Abril e Maio deste ano, respectivamente.

Esta decisão, uma iniciativa da maioria formada pelo movimento independente de Rui Moreira e que acabou por ter o voto contra de PS e PSD, visa uma "estratégia integrada de mobilidade" e, segundo descreve a proposta, "permite alargar o número de lugares disponíveis a preços e tarifas mais reduzidas a outras zonas geográficas da cidade, potenciando desta forma uma política integrada de gestão do estacionamento".

Na lista dos argumentos financeiros, a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, coloca uma comparação entre as receitas actuais para a autarquia provenientes destas concessões – cerca de 5.500 euros nos Poveiros e quase 3.700 euros no Palácio de Cristal – com a receita líquida mensal de 23 mil euros alcançada, durante o segundo semestre do ano passado, no parque de estacionamento da Trindade, gerido pelo município.

Com a passagem para a esfera municipal, a Câmara promete que os preços a pagar pelos automobilistas nestes dois parques vão ser mais baratos do que os actuais, passando a praticar esse mesmo tarifário também no Parque das Carvalheiras (conhecido como Silo Auto). Nos três equipamentos vão ser cobrados 35 cêntimos nos primeiros 15 minutos, 15 cêntimos para a 2ª fracção, 25 cêntimos para as 3ª e 4ª fracções, e depois 30 cêntimos daí em diante.

Por outro lado, a proposta votada prevê "a gratuitidade para motociclos, ciclomotores e bicicletas nos lugares devidamente assinalados", assim como "o pagamento de apenas 85% do valor, consoante o tipo de avença, para veículos eléctricos", tal como acontece neste momento nos restantes parques geridos pelo município portuense.

Alinhar parques e lugares à superfície

Com "mais seis ou sete parques concessionados", nas contas por alto da vereadora, citada pela Lusa, as próximas concessões a caducarem são as dos parques da Praça D. João I e do Infante. Os opositores Manuel Pizarro (PS) e Álvaro Almeida (PSD) contestaram a aplicação de tarifas mais elevadas nos parques do que à superfície, quando o Executivo municipal pretende precisamente "potenciar o estacionamento de longa duração nos parques".

"Se a tarifa for a mesma na rua e nos parques, as pessoas preferem estacionar na rua. (…) Se queremos que, na rua, o estacionamento seja de curta duração, as tarifas têm de ser compatíveis com esse objectivo", sublinhou o deputado municipal laranja, acusando ainda Rui Moreira de estar a praticar uma "estatização desenfreada" e de ter um plano como "já não se via desde o ‘Verão Quente’ de 1975".

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