Depois Falamos: O Povo Decidirá

17-11-2018
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Devo dizer, adversário que sou das candidaturas "independentes" e do excessivo valor que alguns dão aos "independentes" como facto de valorização de candidaturas ou governos, que a candidatura de Rui Moreira ao Porto, em 2013, era uma candidatura tão independente quanto possível e uma das excepções que confirma a regra nessa matéria.

Sem prejuízo de considerar na altura, e estes quatro anos apenas serviram para o confirmar, que Luís Filipe Menezes tinha um projecto para o Porto bem melhor e teria sido seguramente bem melhor presidente que o actual.

Os eleitores, com a preciosa ajuda de alguns "cavalos de Tróia", não quiseram e a vontade do povo prevaleceu como é feliz norma da democracia.

Em 2017 a recandidatura de Rui Moreira, depois das alianças e acordo com o PS (o CDS apoiou-o desde o inicio em 2013 mas em bom rigor conta pouco para a equação) , perdeu a sua aura de independente e tornou-se cada vez mais uma candidatura de partido ainda que o candidato mantivesse as suas "vestes" de independente.

Mas no resto lá estava o PS.

O que foi ainda reforçado pela entrevista de Ana Catarina Mendes ao "Observador, naquilo que ou foi um gigantesco tiro no pé , dizendo que uma vitória de Rui Moreira seria uma vitória do PS.

Claro que Rui Moreira tinha de reagir sob pena de calando consentir.

E fê-lo da forma esperada, resta saber se também por Ana Catarina Mendes e António Costa,  dispensando o PS da candidatura e reafirmando a independência do movimento que lidera e no qual não haverá socialistas em termos de preenchimento de listas.

Uma derrota para o PS, que em caso de vitória de Moreira não poderá adicionar o Porto ao seu rol de municípios em que venceu, mas também um adensar de preocupações para o candidato que perdendo o apoio dos socialistas vê as suas hipóteses de ganhar claramente diminuídas como é fácil de concluir.

Que ao contrário do que se quer fazer crer, especialmente na excelente imprensa que sempre teve, também não são tantas assim em função de desilusão que o seu mandato constituiu para quem olha o Porto para lá do show off do seu presidente.

Especialmente por duas razões: Culto da personalidade e propaganda.

Por um lado não foi o presidente de câmara que promoveu o Porto mas sim o Porto que foi usado por Rui Moreira para promover a sua própria imagem (de quem olha o Porto como um trampolim para outros voos) como foi mais que evidente nas ridículas "guerras" (a fazer lembrar as do Solnado) dos aviõezinhos quer com a TAP quer com o aeroporto de Vigo sem qualquer proveito para o Porto.

Por outro lado pode perguntar-se o que resta para lá da propaganda e da boa imprensa?

Onde está a obra? Onde está a "marca" do mandato? Onde estão as grandes transformações que melhoraram a vida aos portuenses?

Creio que o povo na hora da verdade, e sem prejuízo de reconhecer que se fizeram algumas pequenas coisas, não tem grandes razões para renovar a confiança em Rui Moreira.

E por isso não considero o resultado das autárquicas no Porto como um assunto resolvido.

Longe disso! 

E recordo sempre que outro "fenómeno" de culto da personalidade e propaganda chamado Fernando Gomes também "ganhou" as autárquicas de 2001 até ao momento de serem contados os votos que são quem decide.

E aí ganhou Rui Rio!

Porque não pensarmos que a história se pode repetir?

É verdade que Álvaro Almeida tem falta de notoriedade mas isso resolve-se com uma boa campanha, uma promoção inteligente da candidatura e um bom programa eleitoral.

E se tudo isso for bem feito...as contas fazem-se no fim!

Depois Falamos

P.S. É claro que as espantosas declarações de ontem de Rui Moreira, sobre "necessidade de ditaduras" (há alturas em que os egos excessivos mostram a  sua verdadeira natureza...) demonstram não só o desnorte que por ali anda como também constituem mais uma boa oportunidade para o candidato do PSD se demarcar de tão "sui generis" pensamento político.

Devo dizer, adversário que sou das candidaturas "independentes" e do excessivo valor que alguns dão aos "independentes" como facto de valorização de candidaturas ou governos, que a candidatura de Rui Moreira ao Porto, em 2013, era uma candidatura tão independente quanto possível e uma das excepções que confirma a regra nessa matéria.

Sem prejuízo de considerar na altura, e estes quatro anos apenas serviram para o confirmar, que Luís Filipe Menezes tinha um projecto para o Porto bem melhor e teria sido seguramente bem melhor presidente que o actual.

Os eleitores, com a preciosa ajuda de alguns "cavalos de Tróia", não quiseram e a vontade do povo prevaleceu como é feliz norma da democracia.

Em 2017 a recandidatura de Rui Moreira, depois das alianças e acordo com o PS (o CDS apoiou-o desde o inicio em 2013 mas em bom rigor conta pouco para a equação) , perdeu a sua aura de independente e tornou-se cada vez mais uma candidatura de partido ainda que o candidato mantivesse as suas "vestes" de independente.

Mas no resto lá estava o PS.

O que foi ainda reforçado pela entrevista de Ana Catarina Mendes ao "Observador, naquilo que ou foi um gigantesco tiro no pé , dizendo que uma vitória de Rui Moreira seria uma vitória do PS.

Claro que Rui Moreira tinha de reagir sob pena de calando consentir.

E fê-lo da forma esperada, resta saber se também por Ana Catarina Mendes e António Costa,  dispensando o PS da candidatura e reafirmando a independência do movimento que lidera e no qual não haverá socialistas em termos de preenchimento de listas.

Uma derrota para o PS, que em caso de vitória de Moreira não poderá adicionar o Porto ao seu rol de municípios em que venceu, mas também um adensar de preocupações para o candidato que perdendo o apoio dos socialistas vê as suas hipóteses de ganhar claramente diminuídas como é fácil de concluir.

Que ao contrário do que se quer fazer crer, especialmente na excelente imprensa que sempre teve, também não são tantas assim em função de desilusão que o seu mandato constituiu para quem olha o Porto para lá do show off do seu presidente.

Especialmente por duas razões: Culto da personalidade e propaganda.

Por um lado não foi o presidente de câmara que promoveu o Porto mas sim o Porto que foi usado por Rui Moreira para promover a sua própria imagem (de quem olha o Porto como um trampolim para outros voos) como foi mais que evidente nas ridículas "guerras" (a fazer lembrar as do Solnado) dos aviõezinhos quer com a TAP quer com o aeroporto de Vigo sem qualquer proveito para o Porto.

Por outro lado pode perguntar-se o que resta para lá da propaganda e da boa imprensa?

Onde está a obra? Onde está a "marca" do mandato? Onde estão as grandes transformações que melhoraram a vida aos portuenses?

Creio que o povo na hora da verdade, e sem prejuízo de reconhecer que se fizeram algumas pequenas coisas, não tem grandes razões para renovar a confiança em Rui Moreira.

E por isso não considero o resultado das autárquicas no Porto como um assunto resolvido.

Longe disso! 

E recordo sempre que outro "fenómeno" de culto da personalidade e propaganda chamado Fernando Gomes também "ganhou" as autárquicas de 2001 até ao momento de serem contados os votos que são quem decide.

E aí ganhou Rui Rio!

Porque não pensarmos que a história se pode repetir?

É verdade que Álvaro Almeida tem falta de notoriedade mas isso resolve-se com uma boa campanha, uma promoção inteligente da candidatura e um bom programa eleitoral.

E se tudo isso for bem feito...as contas fazem-se no fim!

Depois Falamos

P.S. É claro que as espantosas declarações de ontem de Rui Moreira, sobre "necessidade de ditaduras" (há alturas em que os egos excessivos mostram a  sua verdadeira natureza...) demonstram não só o desnorte que por ali anda como também constituem mais uma boa oportunidade para o candidato do PSD se demarcar de tão "sui generis" pensamento político.

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