O Mafarrico Vermelho - Inquieto e pertubador

16-04-2019
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Tratado de Roma – a crise na e da União Europeia
por JOÃO FERREIRA

"Confrontamo-nos hoje com as consequências do desenvolvimento do processo de integração capitalista europeu.

Vive-se um tempo de grande instabilidade, de profunda crise econômica e social, de retrocesso civilizacional – indissociáveis das políticas e orientações associadas à integração capitalista Europeia, na sua configuração actual: a UE.

Algumas das mais negras páginas da História do continente, como a guerra e o fascismo, surgem novamente no horizonte. Vários Estados foram arrastados para processos de destruição económica e de devastação social. Direitos democráticos e de soberania são postos em causa. A extrema-direita ganha terreno em vários países. Alguns dos falsamente proclamados princípios e valores da UE, como a democracia e os direitos humanos, são abertamente espezinhados. Veja-se a forma como a UE lidou com a «crise do Euro» ou com a «crise dos refugiados».

Em confronto aberto com os direitos, os interesses e as aspirações dos povos, a UE confirma-se como um instrumento dos monopólios, do grande capital transnacional europeu e das principais potências capitalistas europeias, com a Alemanha à cabeça."

A crise do processo de integração capitalista europeu é indissociável, por um lado, da crise mais geral do capitalismo e, por outro lado, das características matriciais e dos objectivos do próprio processo. Por isso falamos de uma crise na e da União Europeia (UE) – ou seja, uma crise que é expressão da crise do capitalismo na UE e, ao mesmo tempo, o resultado do desenvolvimento do processo de integração e por isso uma crise da UE.

Passam este ano sessenta anos sobre a assinatura do Tratado de Roma, o tratado constitutivo da Comunidade Económica Europeia (CEE) e da Comunidade Europeia da Energia Atómica, tido como o momento fundador da, hoje, União Europeia.

Nunca ao longo das últimas seis décadas a CEE/UE conheceu uma crise como a que hoje enfrenta. Pela sua profundidade e persistência, esta crise leva a que, pela primeira vez, se admita abertamente a possibilidade da integração dar lugar a uma desintegração – de que a saída do Reino Unido, o chamado Brexit, será já (precurssora?) expressão.

Tratado de Roma – a crise na e da União Europeia
por JOÃO FERREIRA

"Confrontamo-nos hoje com as consequências do desenvolvimento do processo de integração capitalista europeu.

Vive-se um tempo de grande instabilidade, de profunda crise econômica e social, de retrocesso civilizacional – indissociáveis das políticas e orientações associadas à integração capitalista Europeia, na sua configuração actual: a UE.

Algumas das mais negras páginas da História do continente, como a guerra e o fascismo, surgem novamente no horizonte. Vários Estados foram arrastados para processos de destruição económica e de devastação social. Direitos democráticos e de soberania são postos em causa. A extrema-direita ganha terreno em vários países. Alguns dos falsamente proclamados princípios e valores da UE, como a democracia e os direitos humanos, são abertamente espezinhados. Veja-se a forma como a UE lidou com a «crise do Euro» ou com a «crise dos refugiados».

Em confronto aberto com os direitos, os interesses e as aspirações dos povos, a UE confirma-se como um instrumento dos monopólios, do grande capital transnacional europeu e das principais potências capitalistas europeias, com a Alemanha à cabeça."

A crise do processo de integração capitalista europeu é indissociável, por um lado, da crise mais geral do capitalismo e, por outro lado, das características matriciais e dos objectivos do próprio processo. Por isso falamos de uma crise na e da União Europeia (UE) – ou seja, uma crise que é expressão da crise do capitalismo na UE e, ao mesmo tempo, o resultado do desenvolvimento do processo de integração e por isso uma crise da UE.

Passam este ano sessenta anos sobre a assinatura do Tratado de Roma, o tratado constitutivo da Comunidade Económica Europeia (CEE) e da Comunidade Europeia da Energia Atómica, tido como o momento fundador da, hoje, União Europeia.

Nunca ao longo das últimas seis décadas a CEE/UE conheceu uma crise como a que hoje enfrenta. Pela sua profundidade e persistência, esta crise leva a que, pela primeira vez, se admita abertamente a possibilidade da integração dar lugar a uma desintegração – de que a saída do Reino Unido, o chamado Brexit, será já (precurssora?) expressão.

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