XI Convenção. O BE a olhar para o "infinito e mais além"

10-10-2019
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Terminado o primeiro dia da XI Convenção do Bloco de Esquerda, fica o anúncio de Marisa Matias como cabeça-de-lista às eleições europeias do próximo ano, muitas críticas ao PS e a convicção dos bloquistas de que o partido pode chegar mais longe nas próximas legislativas.

Ainda de manhã, a abrir a reunião magna, Catarina Martins deixou o caderno de encargos para o próximo ano: avançar com alterações à legislação laboral, que se tem vindo a arrastar no Parlamento; acabar com as rendas da energia; avançar com uma nova lei de bases da Saúde e fazer "cumprir" o Serviço Nacional de Saúde.

Com os olhos postos nas eleições de 2019, e no combate a uma maioria absoluta dos socialistas, a líder do BE também olhou para os últimos três anos: "Ainda bem que houve força à esquerda para contrariar" aquilo que o PS queria - congelar pensões, limitar o salário mínimo e liberalizar os despedimentos.

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Já à noite, José Gusmão, numa das intervenções mais críticas para o PS, foi mais longe, falando num "partido que já mostra sinais de arrogância e hostiliza os parceiros quando ainda tem maioria relativa", o que deixa adivinhar o que será se tiver maioria absoluta. Será que a geringonça foi "uma espécie de parêntesis incómodo para chegar ao poder e a que porá fim na primeira oportunidade que tiver", perguntou o bloquista, questionando se os socialistas querem manter-se alinhados à esquerda ou "lançar-se ao Rio", leia-se virar à direita.

A esta pergunta, os bloquistas respondem que é preciso que o partido tenha mais força. Francisco Louçã citou o filme Toy Story para apontar para o "infinito e mais além". Fernando Rosas resumiu assim a sua intervenção: "Ousar lutar, ousar vencer. Eis tudo." "Queremos ganhar, estamos preparados para ganhar", disse José Soeiro.

Entre as principais figuras do partido, Louçã subiu ao palco para afirmar o Bloco como um porto de segurança, quando os "os rufias tomaram conta da direita" e a "política suja está por todo o lado" - e "é o medo" .

Luís Fazenda, outro dos fundadores do Bloco, aproveitou a intervenção para responder diretamente a António Costa, que disse que os socialistas e bloquistas eram "bons para ser amigos, mas maus para casar". Fazenda até está de acordo com o primeiro-ministro: "Para nós não faz sentido casar com o Eurogrupo". Marisa Matias, novamente candidata do partido ao Parlamento Europeu, sublinhou que "o Bloco parte para um novo ciclo político com um programa para a soberania​​​​" e avisou que este é incompatível com o Tratado Orçamental.

José Manuel Pureza foi dizer à Convenção que o Bloco de Esquerda vai insistir com a despenalização da eutanásia e daí foi um passo às críticas ao PCP, "uma esquerda que faltou a essa batalha, que quis ficar do lado do conservadorismo e que usou aliás argumentos mais conservadores que os da direita encartada".

Já José Soeiro acusou os socialistas de travarem as alterações às leis laborais.

As críticas internas ficaram por conta dos subscritores da moção M, de quem se ouviu que "o Bloco é um partido fantasma, que não está nem no Governo, nem na oposição". Mas este grupo não avançou com listas à Mesa Nacional do partido, o que deixa antever hoje uma votação largamente maioritária da moção liderada por Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e Marisa Matias.

A XI Convenção dos bloquistas encerra este domingo, com a votação das três moções, e o discurso de encerramento de Catarina Martins.

Terminado o primeiro dia da XI Convenção do Bloco de Esquerda, fica o anúncio de Marisa Matias como cabeça-de-lista às eleições europeias do próximo ano, muitas críticas ao PS e a convicção dos bloquistas de que o partido pode chegar mais longe nas próximas legislativas.

Ainda de manhã, a abrir a reunião magna, Catarina Martins deixou o caderno de encargos para o próximo ano: avançar com alterações à legislação laboral, que se tem vindo a arrastar no Parlamento; acabar com as rendas da energia; avançar com uma nova lei de bases da Saúde e fazer "cumprir" o Serviço Nacional de Saúde.

Com os olhos postos nas eleições de 2019, e no combate a uma maioria absoluta dos socialistas, a líder do BE também olhou para os últimos três anos: "Ainda bem que houve força à esquerda para contrariar" aquilo que o PS queria - congelar pensões, limitar o salário mínimo e liberalizar os despedimentos.

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Já à noite, José Gusmão, numa das intervenções mais críticas para o PS, foi mais longe, falando num "partido que já mostra sinais de arrogância e hostiliza os parceiros quando ainda tem maioria relativa", o que deixa adivinhar o que será se tiver maioria absoluta. Será que a geringonça foi "uma espécie de parêntesis incómodo para chegar ao poder e a que porá fim na primeira oportunidade que tiver", perguntou o bloquista, questionando se os socialistas querem manter-se alinhados à esquerda ou "lançar-se ao Rio", leia-se virar à direita.

A esta pergunta, os bloquistas respondem que é preciso que o partido tenha mais força. Francisco Louçã citou o filme Toy Story para apontar para o "infinito e mais além". Fernando Rosas resumiu assim a sua intervenção: "Ousar lutar, ousar vencer. Eis tudo." "Queremos ganhar, estamos preparados para ganhar", disse José Soeiro.

Entre as principais figuras do partido, Louçã subiu ao palco para afirmar o Bloco como um porto de segurança, quando os "os rufias tomaram conta da direita" e a "política suja está por todo o lado" - e "é o medo" .

Luís Fazenda, outro dos fundadores do Bloco, aproveitou a intervenção para responder diretamente a António Costa, que disse que os socialistas e bloquistas eram "bons para ser amigos, mas maus para casar". Fazenda até está de acordo com o primeiro-ministro: "Para nós não faz sentido casar com o Eurogrupo". Marisa Matias, novamente candidata do partido ao Parlamento Europeu, sublinhou que "o Bloco parte para um novo ciclo político com um programa para a soberania​​​​" e avisou que este é incompatível com o Tratado Orçamental.

José Manuel Pureza foi dizer à Convenção que o Bloco de Esquerda vai insistir com a despenalização da eutanásia e daí foi um passo às críticas ao PCP, "uma esquerda que faltou a essa batalha, que quis ficar do lado do conservadorismo e que usou aliás argumentos mais conservadores que os da direita encartada".

Já José Soeiro acusou os socialistas de travarem as alterações às leis laborais.

As críticas internas ficaram por conta dos subscritores da moção M, de quem se ouviu que "o Bloco é um partido fantasma, que não está nem no Governo, nem na oposição". Mas este grupo não avançou com listas à Mesa Nacional do partido, o que deixa antever hoje uma votação largamente maioritária da moção liderada por Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e Marisa Matias.

A XI Convenção dos bloquistas encerra este domingo, com a votação das três moções, e o discurso de encerramento de Catarina Martins.

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