linha do norte: má ideia

17-09-2019
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má ideia

à primeira vista tinha-me parecido uma boa ideia: a feira no meio da cidade e do quotidiano dos portuenses; a feira na avenida renovada e mais limpa que é agora a dos Aliados (sim, eu gostei da renovação por me devolver o espaço tomado pelas pombas e pelos cães).

mas percebi que afinal não era assim quando lá fui há dias: o nosso clima, o frio, o vento, a ameaça da chuva (concretizada neste fim-de-semana) podem tornar uma ideia simpática num resultado atroz. a praça reservada ao programa cultural era uma fileira de cadeiras desamparadas com uma reles cobertura de plástico sobre a zona dos convidados, penetrada por todos os ângulos pelo vento cru deste Junho. hoje à tarde, por exemplo, Richard Zimler e Alexandre Quintanilha integram uma proposta muito tentadora ("a(s) cidade(s), narrativa e biologia") mas é parece-me muito pouco saudável e simpático sentar dois senhores à intempérie e eu própria temo apanhar algum resfriado.

e depois, como chegar lá à noite? ontem, por exemplo, se não estivesse a chover, gostaria de ter ido ouvir o João Luís à conversa às 21.30, mas não me atreveria a ir de metro (são zonas absolutamente não recomendáveis a partir do escurecer) e de carro, após estacionar, teria de percorrer zonas também pouco recomendáveis.

além disso, estive lá no dia mundial da criança que costumava ser um dia de feira fervilhante para as crianças. pois, este ano foi um dia como outro qualquer: compramos uns livros e viemos embora sem mais. à noite, nas notícias, descobri que José Saramago tinha lá estado pouco depois de nós, mas nada lá o fazia prever.

a organização geral parece-me pobre. gosto de ver a programação no princípio para poder organizar-me e estar em determinados momentos mas a programação que estava disponível on-line no início da feira era muito limitada (e de difícil consulta, tendo de percorrer inúmeras páginas para aceder ao seu conjunto) e alguns eventos só constam na newsletter que recebo diariamente.

não, definitivamente não foi uma boa ideia. para o ano, espero, será melhor.

P.S. afinal, existe um "auditório", um espaço fechado e abrigado, com uns 40 lugares sentados. não dá muito nas vistas, mas está lá.

Etiquetas: feira do livro, Porto

má ideia

à primeira vista tinha-me parecido uma boa ideia: a feira no meio da cidade e do quotidiano dos portuenses; a feira na avenida renovada e mais limpa que é agora a dos Aliados (sim, eu gostei da renovação por me devolver o espaço tomado pelas pombas e pelos cães).

mas percebi que afinal não era assim quando lá fui há dias: o nosso clima, o frio, o vento, a ameaça da chuva (concretizada neste fim-de-semana) podem tornar uma ideia simpática num resultado atroz. a praça reservada ao programa cultural era uma fileira de cadeiras desamparadas com uma reles cobertura de plástico sobre a zona dos convidados, penetrada por todos os ângulos pelo vento cru deste Junho. hoje à tarde, por exemplo, Richard Zimler e Alexandre Quintanilha integram uma proposta muito tentadora ("a(s) cidade(s), narrativa e biologia") mas é parece-me muito pouco saudável e simpático sentar dois senhores à intempérie e eu própria temo apanhar algum resfriado.

e depois, como chegar lá à noite? ontem, por exemplo, se não estivesse a chover, gostaria de ter ido ouvir o João Luís à conversa às 21.30, mas não me atreveria a ir de metro (são zonas absolutamente não recomendáveis a partir do escurecer) e de carro, após estacionar, teria de percorrer zonas também pouco recomendáveis.

além disso, estive lá no dia mundial da criança que costumava ser um dia de feira fervilhante para as crianças. pois, este ano foi um dia como outro qualquer: compramos uns livros e viemos embora sem mais. à noite, nas notícias, descobri que José Saramago tinha lá estado pouco depois de nós, mas nada lá o fazia prever.

a organização geral parece-me pobre. gosto de ver a programação no princípio para poder organizar-me e estar em determinados momentos mas a programação que estava disponível on-line no início da feira era muito limitada (e de difícil consulta, tendo de percorrer inúmeras páginas para aceder ao seu conjunto) e alguns eventos só constam na newsletter que recebo diariamente.

não, definitivamente não foi uma boa ideia. para o ano, espero, será melhor.

P.S. afinal, existe um "auditório", um espaço fechado e abrigado, com uns 40 lugares sentados. não dá muito nas vistas, mas está lá.

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