PS, CDU e BE apelam à suspensão da venda da antiga saboaria Confiança

02-10-2018
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Ao final da manhã, numa conferência de imprensa conjunta, frente ao edifício da antiga fábrica de sabonetes de Braga, que data de 1894, os representantes daquelas forças políticas com assento na Assembleia Municipal exigiram "a suspensão do processo de venda" do imóvel.

Na última reunião do executivo camarário, a maioria PSD/CDS-PP/PPM aprovou a venda do complexo da antiga fábrica Confiança, por cerca de quatro milhões de euros, argumentando a falta de fundos próprios para requalificar o espaço, assim como de fundos comunitários para o efeito.

"Esta venda é uma posição lesiva dos interesses dos bracarenses e da região, porque os vai privar de um espaço vital para a vivência urbana de qualidade. Todos nos podemos sentir legitimamente defraudados", afirmou o presidente da concelhia do PS, Artur Feio.

A CDU, pela voz da deputada municipal Bárbara Seco, condenou igualmente a opção da maioria liderada por Ricardo Rio, salientando que a alienação da Confiança "não se coaduna com o desejo de dotar o município de mais equipamentos culturais e até do objetivo de tornar Braga Capital Europeia da Cultura em 2027".

"Não conseguimos compreender a argumentação da falta de financiamento para requalificar o edifício, já que desconhecemos as tentativas, desde a expropriação, de tentar encaixar verbas para o efeito. Achamos que, ao contrário do que argumenta a maioria no executivo, as hipóteses não estão esgotadas e nada impede que se espere pelo próximo quadro comunitário, por exemplo", referiu a deputada.

O BE, representado por Alexandra Vieira, referiu que esta "não é uma causa partidária, da direita ou de esquerda, da oposição ou da maioria, de fação ou de grupo, mas uma causa da população, da cidade e da sociedade".

"As lembranças que a Confiança tem consigo, do cheiro, da centralidade que a fábrica teve na vida dos bracarenses significam memória, identidade, sentido de pertença, património. Tudo aquilo que faz com que os habitantes de Braga tenham referências identitárias diferentes dos habitantes de outras cidades", explanou a bloquista.

Por isso, as três forças da oposição na Assembleia Municipal apelam "a que seja suspensa a venda da Confiança e que seja feita uma auscultação à população, aos movimentos culturais", bem como sejam pedidos pareceres ao "Conselho Estratégico para a Regeneração Patrimonial e Urbana de Braga e ao Conselho Municipal da Cultura".

A alienação da Confiança é um dos pontos que vai a discussão na Assembleia Municipal de 04 de outubro, sendo que a aprovação da alienação é condição para que o negócio possa avançar.

"Apelamos, por isso, à população que apareça em força na Assembleia Municipal, que se faça ouvir no período antes da ordem do dia, porque, embora tendo consciência que a maioria na Assembleia vota como a maioria no executivo, achamos que o processo pode ainda ser travado", afirmou Artur Feio.

Até à Assembleia Municipal, os três partidos, "em conjunto com várias associações culturais", vão organizar saraus, sessões de esclarecimento e debates sobre o futuro da Confiança, estando já marcado para terça-feira um sarau cultural às portas do edifício.

"Mais uma vez a cultura vai ficar na rua porque faltam espaços", salientou Bárbara Seco.

O edifício que acolheu a centenária fábrica Confiança foi adquirido em 2011 pela Câmara de Braga, numa decisão do então presidente da Câmara, Mesquita Machado, que contou com o apoio das restantes forças partidárias.

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Na última reunião do executivo camarário, a maioria PSD/CDS-PP/PPM aprovou a venda do complexo da antiga fábrica Confiança, por cerca de quatro milhões de euros, argumentando a falta de fundos próprios para requalificar o espaço, assim como de fundos comunitários para o efeito.

"Esta venda é uma posição lesiva dos interesses dos bracarenses e da região, porque os vai privar de um espaço vital para a vivência urbana de qualidade. Todos nos podemos sentir legitimamente defraudados", afirmou o presidente da concelhia do PS, Artur Feio.

A CDU, pela voz da deputada municipal Bárbara Seco, condenou igualmente a opção da maioria liderada por Ricardo Rio, salientando que a alienação da Confiança "não se coaduna com o desejo de dotar o município de mais equipamentos culturais e até do objetivo de tornar Braga Capital Europeia da Cultura em 2027".

"Não conseguimos compreender a argumentação da falta de financiamento para requalificar o edifício, já que desconhecemos as tentativas, desde a expropriação, de tentar encaixar verbas para o efeito. Achamos que, ao contrário do que argumenta a maioria no executivo, as hipóteses não estão esgotadas e nada impede que se espere pelo próximo quadro comunitário, por exemplo", referiu a deputada.

O BE, representado por Alexandra Vieira, referiu que esta "não é uma causa partidária, da direita ou de esquerda, da oposição ou da maioria, de fação ou de grupo, mas uma causa da população, da cidade e da sociedade".

"As lembranças que a Confiança tem consigo, do cheiro, da centralidade que a fábrica teve na vida dos bracarenses significam memória, identidade, sentido de pertença, património. Tudo aquilo que faz com que os habitantes de Braga tenham referências identitárias diferentes dos habitantes de outras cidades", explanou a bloquista.

Por isso, as três forças da oposição na Assembleia Municipal apelam "a que seja suspensa a venda da Confiança e que seja feita uma auscultação à população, aos movimentos culturais", bem como sejam pedidos pareceres ao "Conselho Estratégico para a Regeneração Patrimonial e Urbana de Braga e ao Conselho Municipal da Cultura".

A alienação da Confiança é um dos pontos que vai a discussão na Assembleia Municipal de 04 de outubro, sendo que a aprovação da alienação é condição para que o negócio possa avançar.

"Apelamos, por isso, à população que apareça em força na Assembleia Municipal, que se faça ouvir no período antes da ordem do dia, porque, embora tendo consciência que a maioria na Assembleia vota como a maioria no executivo, achamos que o processo pode ainda ser travado", afirmou Artur Feio.

Até à Assembleia Municipal, os três partidos, "em conjunto com várias associações culturais", vão organizar saraus, sessões de esclarecimento e debates sobre o futuro da Confiança, estando já marcado para terça-feira um sarau cultural às portas do edifício.

"Mais uma vez a cultura vai ficar na rua porque faltam espaços", salientou Bárbara Seco.

O edifício que acolheu a centenária fábrica Confiança foi adquirido em 2011 pela Câmara de Braga, numa decisão do então presidente da Câmara, Mesquita Machado, que contou com o apoio das restantes forças partidárias.

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