Livro desperta a reflexão por meio da serenidade

14-11-2018
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Obra traz grandes influências da literatura, como Rimbaud, Murilo
Mendes, Manoel de Barros, Cecília Meireles e Clarice Lispector

Num
mundo tão frenético, a poeta Alexandra Vieira de Almeida traz uma reflexão
sobre o silêncio e o vazio em sua nova obra intitulada “A Serenidade do Zero”.
Publicada pela editora Penalux, o livro é composto de 39 poemas que procuram
desconstruir a visão do conhecimento e atingir um estado de concentração serena
pela não palavra.

Segundo
a autora, a obra busca “ressignificar” o zero, que é visto como negativo pela
tradição. Numa implosão do mundo e suas formas, as páginas apresentam um “alfabeto
transcendental”.  “Ao ler o livro, o leitor poderá atingir um estado de
serenidade e tranquilidade que ocorre no processo reflexivo, pois os poemas são
de pura meditação”.

Influências

A
obra recebe influências de diversos autores. Entre eles, está Rimbaud, pelo
estilo transbordante. Além disso, Murilo Mendes, Manoel de Barros, Cecília
Meireles e Clarice Lispector também foram fonte de inspiração da
escritora. 

De
Murilo Mendes a influência está na utilização de uma multiplicidade de imagens
para falar da realidade. De Manoel de Barros traz a “despalavra”, o
“antesmente” verbal, que é a procura de uma fala originária.

No
universo feminino, Cecília Meireles é o grande ícone. A partir de Meireles, a
escritora leva para as suas páginas uma poesia metafísica e lírica que procura
traduzir os sons do indizível. E Clarice Lispector é outra presença que ajuda a
poeta a extrair as coisas extraordinárias da vida comum.

“Clarice
comparece pelos enigmas que a minha poesia percorre, unindo prosa e poesia,
misturando os gêneros, fazendo um rompimento com o tom do purismo de estilo” –
comenta Alexandra.

Outro olhar

Para
o autor do prefácio, o professor de Literatura Brasileira da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro e crítico literário Marcos Pasche, a poesia de
Alexandra carrega em si o fenômeno de revelação e ressignificação, dando uma
concepção original do número do zero.

No
poema, “Do zero proveio a multiplicidade dos outros números”, o texto
desautoriza polarizações que reduzem o existir ao beco das estreitezas.
Enquanto a vida humana é conduzida pelo pulso e pelas rédeas da segregação e
das exclusões, a obra busca tanto iluminar quanto acolher. Ninguém está em cima
nem embaixo, nem cá nem lá, como diz outro poema do livro.

Foto: Tiberius Drumond

Sobre a autora

Alexandra
Vieira de Almeida é professora, poeta, contista, cronista, resenhista e
ensaísta. É Doutora em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ). É também membro correspondente da Academia de Letras de
Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Possui ainda o título de Acadêmica Honorária da
Litteraria Academiae Lima Barreto. 

Livro
A serenidade do zero

Autora:
Alexandra Vieira de Almeida

Editora:
Penalux

Páginas
- 100

Tamanho
– 14 x 21cm

Adquira
o livro no site da Editora Penalux.

Obra traz grandes influências da literatura, como Rimbaud, Murilo
Mendes, Manoel de Barros, Cecília Meireles e Clarice Lispector

Num
mundo tão frenético, a poeta Alexandra Vieira de Almeida traz uma reflexão
sobre o silêncio e o vazio em sua nova obra intitulada “A Serenidade do Zero”.
Publicada pela editora Penalux, o livro é composto de 39 poemas que procuram
desconstruir a visão do conhecimento e atingir um estado de concentração serena
pela não palavra.

Segundo
a autora, a obra busca “ressignificar” o zero, que é visto como negativo pela
tradição. Numa implosão do mundo e suas formas, as páginas apresentam um “alfabeto
transcendental”.  “Ao ler o livro, o leitor poderá atingir um estado de
serenidade e tranquilidade que ocorre no processo reflexivo, pois os poemas são
de pura meditação”.

Influências

A
obra recebe influências de diversos autores. Entre eles, está Rimbaud, pelo
estilo transbordante. Além disso, Murilo Mendes, Manoel de Barros, Cecília
Meireles e Clarice Lispector também foram fonte de inspiração da
escritora. 

De
Murilo Mendes a influência está na utilização de uma multiplicidade de imagens
para falar da realidade. De Manoel de Barros traz a “despalavra”, o
“antesmente” verbal, que é a procura de uma fala originária.

No
universo feminino, Cecília Meireles é o grande ícone. A partir de Meireles, a
escritora leva para as suas páginas uma poesia metafísica e lírica que procura
traduzir os sons do indizível. E Clarice Lispector é outra presença que ajuda a
poeta a extrair as coisas extraordinárias da vida comum.

“Clarice
comparece pelos enigmas que a minha poesia percorre, unindo prosa e poesia,
misturando os gêneros, fazendo um rompimento com o tom do purismo de estilo” –
comenta Alexandra.

Outro olhar

Para
o autor do prefácio, o professor de Literatura Brasileira da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro e crítico literário Marcos Pasche, a poesia de
Alexandra carrega em si o fenômeno de revelação e ressignificação, dando uma
concepção original do número do zero.

No
poema, “Do zero proveio a multiplicidade dos outros números”, o texto
desautoriza polarizações que reduzem o existir ao beco das estreitezas.
Enquanto a vida humana é conduzida pelo pulso e pelas rédeas da segregação e
das exclusões, a obra busca tanto iluminar quanto acolher. Ninguém está em cima
nem embaixo, nem cá nem lá, como diz outro poema do livro.

Foto: Tiberius Drumond

Sobre a autora

Alexandra
Vieira de Almeida é professora, poeta, contista, cronista, resenhista e
ensaísta. É Doutora em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ). É também membro correspondente da Academia de Letras de
Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Possui ainda o título de Acadêmica Honorária da
Litteraria Academiae Lima Barreto. 

Livro
A serenidade do zero

Autora:
Alexandra Vieira de Almeida

Editora:
Penalux

Páginas
- 100

Tamanho
– 14 x 21cm

Adquira
o livro no site da Editora Penalux.

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