Jerónimo viajou de comboio para ouvir as queixas das pessoas com deficiência

30-09-2019
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A estação de comboios na Amadora foi o ponto de partida da primeira ação de campanha do dia da CDU. Uma iniciativa para alertar para as barreiras arquitetónicas com que se deparam diariamente as pessoas com deficiência.

Ana Sezudo, deficiente motora e 26ª da lista da CDU por Lisboa, foi um dos rostos desta iniciativa que acompanhou esta manhã Jerónimo de Sousa num trajeto de comboio entre Amadora e Sete Rios, em Lisboa, juntamente com outras pessoas em cadeiras de rodas. O propósito era sobretudo ouvir as queixas e perceber de perto as principais dificuldades das pessoas com mobilidade reduzida.

“Ou se é atleta ou ninguém se safa”, começa por ironizar Ana Sezudo, de 42 anos, que passou a estar dependente de uma cadeira de rodas aos 13 anos na sequência de um acidente de viação. A candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa lamenta que as pessoas com deficiência motora enfrentem dificuldades diárias a começar pelos transportes públicos, que não têm rampas adequadas ou elevadores nas estações.

Admitindo que se viu obrigada a optar por uma viatura própria adaptada, perante os vários obstáculos nos transportes públicos, Ana Sezudo sublinha contudo que a maioria das pessoas com deficiência não têm essa possibilidade em termos financeiros.

ana baião

“Eu desisti pois sou obrigada, por exemplo, na CP a pedir com 12 horas de antecedência uma carruagem especial com rampa para a minha carreira de rodas”, explica a candidata comunista, lembrando que existe legislação no país que salvaguarda os direitos das pessoas com deficiência mas que “infelizmente não é cumprida”.

Ana Sezudo defendeu ainda que as questões de acessibilidade vão muito além dos transportes públicos, dando como exemplo o acesso à educação, à saúde, à habitação ou ao mercado laboral. “É em todas estas áreas que as pessoas se debatem com dificuldades diariamente”, observou.

Opinião partilhada por Jerónimo que considerou que a acessibilidade “não é só um problema em si mesmo,” uma vez que as pessoas com deficiência não conseguem cumprir assim horários exigentes no trabalho.

No final, o líder comunista e a candidata da CDU por Lisboa lideraram uma pequena sessão pública para ouvirem dirigentes da Associação dos Cegos e Ambíopes de Portugal (ACAPO), da Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes e a Associação de Paralisia Cerebral, entre outros.

ana baião

Augusto Tomé, presidente da ACAPO, foi um dos dirigentes que fez questão de intervir para chamar a atenção para outro tipo de obstáculos ao nível das acessibilidades. “Posso dar como exemplo o sistema de voto acessível. que foi uma medida muito positiva, mas é necessário continuar. Uma das questões mais prementes relaciona-se com a acessibilidade das plataformas Web ou todo o tipo de informação ao nível da Educação”, adiantou.

Mas neste momento, sublinha o dirigente da ACAPO, o ponto mais prioritário diz respeito à implementação da diretiva europeia sobre o reforço dos códigos de referência para pagamentos bancários. “Desde dia 14 não consigo ter acesso às minhas contas na CGD nem movimentar dinheiro”, acrescenta Augusto Tomé, adiantando que já pediu o auxílio do Banco de Portugal e da secretária de Estado da Inclusão.

A última palavra coube novamente a Jerónimo de Sousa, que garantiu que a CDU vai continuar a lutar para garantir “acessibilidades para todos” após as eleições do próximo dia 6 de outubro. “É uma matéria difícil, nem sempre bem entendida, como se estivéssemos a lidar com coitadinhos. Mas estas pessoas com deficiência reclamam apenas direitos universais, em nome da sua dignidade”, insistiu.

A estação de comboios na Amadora foi o ponto de partida da primeira ação de campanha do dia da CDU. Uma iniciativa para alertar para as barreiras arquitetónicas com que se deparam diariamente as pessoas com deficiência.

Ana Sezudo, deficiente motora e 26ª da lista da CDU por Lisboa, foi um dos rostos desta iniciativa que acompanhou esta manhã Jerónimo de Sousa num trajeto de comboio entre Amadora e Sete Rios, em Lisboa, juntamente com outras pessoas em cadeiras de rodas. O propósito era sobretudo ouvir as queixas e perceber de perto as principais dificuldades das pessoas com mobilidade reduzida.

“Ou se é atleta ou ninguém se safa”, começa por ironizar Ana Sezudo, de 42 anos, que passou a estar dependente de uma cadeira de rodas aos 13 anos na sequência de um acidente de viação. A candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa lamenta que as pessoas com deficiência motora enfrentem dificuldades diárias a começar pelos transportes públicos, que não têm rampas adequadas ou elevadores nas estações.

Admitindo que se viu obrigada a optar por uma viatura própria adaptada, perante os vários obstáculos nos transportes públicos, Ana Sezudo sublinha contudo que a maioria das pessoas com deficiência não têm essa possibilidade em termos financeiros.

ana baião

“Eu desisti pois sou obrigada, por exemplo, na CP a pedir com 12 horas de antecedência uma carruagem especial com rampa para a minha carreira de rodas”, explica a candidata comunista, lembrando que existe legislação no país que salvaguarda os direitos das pessoas com deficiência mas que “infelizmente não é cumprida”.

Ana Sezudo defendeu ainda que as questões de acessibilidade vão muito além dos transportes públicos, dando como exemplo o acesso à educação, à saúde, à habitação ou ao mercado laboral. “É em todas estas áreas que as pessoas se debatem com dificuldades diariamente”, observou.

Opinião partilhada por Jerónimo que considerou que a acessibilidade “não é só um problema em si mesmo,” uma vez que as pessoas com deficiência não conseguem cumprir assim horários exigentes no trabalho.

No final, o líder comunista e a candidata da CDU por Lisboa lideraram uma pequena sessão pública para ouvirem dirigentes da Associação dos Cegos e Ambíopes de Portugal (ACAPO), da Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes e a Associação de Paralisia Cerebral, entre outros.

ana baião

Augusto Tomé, presidente da ACAPO, foi um dos dirigentes que fez questão de intervir para chamar a atenção para outro tipo de obstáculos ao nível das acessibilidades. “Posso dar como exemplo o sistema de voto acessível. que foi uma medida muito positiva, mas é necessário continuar. Uma das questões mais prementes relaciona-se com a acessibilidade das plataformas Web ou todo o tipo de informação ao nível da Educação”, adiantou.

Mas neste momento, sublinha o dirigente da ACAPO, o ponto mais prioritário diz respeito à implementação da diretiva europeia sobre o reforço dos códigos de referência para pagamentos bancários. “Desde dia 14 não consigo ter acesso às minhas contas na CGD nem movimentar dinheiro”, acrescenta Augusto Tomé, adiantando que já pediu o auxílio do Banco de Portugal e da secretária de Estado da Inclusão.

A última palavra coube novamente a Jerónimo de Sousa, que garantiu que a CDU vai continuar a lutar para garantir “acessibilidades para todos” após as eleições do próximo dia 6 de outubro. “É uma matéria difícil, nem sempre bem entendida, como se estivéssemos a lidar com coitadinhos. Mas estas pessoas com deficiência reclamam apenas direitos universais, em nome da sua dignidade”, insistiu.

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