Europeias: CDU diz que "Rangel, Marques e companhia encenam diferenças" mas são idênticos

03-03-2019
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Jerónimo de Sousa disse que os ataques entre PS, PSD e CDS fazem-no lembrar a história "do roto e do nu"

Para a CDU, os candidatos às europeias Paulo Rangel (PSD) e Pedro Marques (PS) começaram a "encenar diferenças de projeto", mas têm propostas e soluções idênticas.

Chegou a hora das eleições [europeias de 26 de maio] e com elas volta o tempo das grandes encenações de PSD, PS e CDS. É o que já se vê com Rangel, Marques e companhia a encenar diferenças de projeto e de propostas, a tentar jogar o jogo da bipolarização, como se fosse muito diferente o papel e a solução política de cada um em relação aos problemas que enfrenta o nosso país e a Europa",

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Num jantar da CDU, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, Jerónimo de Sousa disse que os ataques entre PS, PSD e CDS fazem-no lembrar a história "do roto e do nu", considerando que os três partidos "estão empenhadíssimos numa espécie de guerra de alecrim e manjerona à volta dos fundos comunitários, mas também no jogo do empurra em relação às responsabilidades de cada um na situação difícil em que a tríade de partidos da troika colocou o país".

Em relação aos fundos comunitários, os principais candidatos do PSD e do PS bem se esfalfam a mostrar serviço, mas o serviço que têm para apresentar na matéria não só é fraco e em prejuízo do país, como as opções nesta matéria são as mesmas que ao longo de décadas têm sido determinadas pela política de direita e feito convergir PS, PSD e CDS".

Nesse sentido, fez recordar o acordo celebrado sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual, "Portugal 2030", "onde estão presentes todos os elementos estratégicos e todas as orientações de aprofundamento da integração capitalista neoliberal e federalista, responsável pelo desenvolvimento desigual, injusto e assimétrico da União Europeia", cita a Lusa.

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Segundo o secretário-geral comunista, esse é um quadro "contrário aos interesses do país", que "privilegia a competitividade em prejuízo da coesão" e que "aceita uma maior financeirização e centralização da aplicação dos fundos".

O evento onde Jerónimo de Sousa discursava contou também com a presença do cabeça de lista nas eleições europeias de 26 de maio da CDU (coligação PCP e "Os Verdes"), João Ferreira, que chamou a atenção para o Tratado Orçamental, cuja proposta para transposição para o direito comunitário foi chumbada no Parlamento Europeu, em novembro de 2018.

Nesse sentido, João Ferreira apelou para que o Governo "tome iniciativa de se desvincular do Tratado Orçamental", considerando que este é "um dos instrumentos que impede" o país de dar resposta aos seus problemas. "Não parece ser essa a disposição deste Governo ou dos que lá estavam antes deste. Não podemos esperar coisa diferente do que temos tidos nos últimos anos", notou.

Jerónimo de Sousa disse que os ataques entre PS, PSD e CDS fazem-no lembrar a história "do roto e do nu"

Para a CDU, os candidatos às europeias Paulo Rangel (PSD) e Pedro Marques (PS) começaram a "encenar diferenças de projeto", mas têm propostas e soluções idênticas.

Chegou a hora das eleições [europeias de 26 de maio] e com elas volta o tempo das grandes encenações de PSD, PS e CDS. É o que já se vê com Rangel, Marques e companhia a encenar diferenças de projeto e de propostas, a tentar jogar o jogo da bipolarização, como se fosse muito diferente o papel e a solução política de cada um em relação aos problemas que enfrenta o nosso país e a Europa",

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Num jantar da CDU, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, Jerónimo de Sousa disse que os ataques entre PS, PSD e CDS fazem-no lembrar a história "do roto e do nu", considerando que os três partidos "estão empenhadíssimos numa espécie de guerra de alecrim e manjerona à volta dos fundos comunitários, mas também no jogo do empurra em relação às responsabilidades de cada um na situação difícil em que a tríade de partidos da troika colocou o país".

Em relação aos fundos comunitários, os principais candidatos do PSD e do PS bem se esfalfam a mostrar serviço, mas o serviço que têm para apresentar na matéria não só é fraco e em prejuízo do país, como as opções nesta matéria são as mesmas que ao longo de décadas têm sido determinadas pela política de direita e feito convergir PS, PSD e CDS".

Nesse sentido, fez recordar o acordo celebrado sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual, "Portugal 2030", "onde estão presentes todos os elementos estratégicos e todas as orientações de aprofundamento da integração capitalista neoliberal e federalista, responsável pelo desenvolvimento desigual, injusto e assimétrico da União Europeia", cita a Lusa.

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Segundo o secretário-geral comunista, esse é um quadro "contrário aos interesses do país", que "privilegia a competitividade em prejuízo da coesão" e que "aceita uma maior financeirização e centralização da aplicação dos fundos".

O evento onde Jerónimo de Sousa discursava contou também com a presença do cabeça de lista nas eleições europeias de 26 de maio da CDU (coligação PCP e "Os Verdes"), João Ferreira, que chamou a atenção para o Tratado Orçamental, cuja proposta para transposição para o direito comunitário foi chumbada no Parlamento Europeu, em novembro de 2018.

Nesse sentido, João Ferreira apelou para que o Governo "tome iniciativa de se desvincular do Tratado Orçamental", considerando que este é "um dos instrumentos que impede" o país de dar resposta aos seus problemas. "Não parece ser essa a disposição deste Governo ou dos que lá estavam antes deste. Não podemos esperar coisa diferente do que temos tidos nos últimos anos", notou.

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