Eleger três deputados é a meta do Livre nestas legislativas

14-10-2019
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A habitação é um dos maiores problemas a que assistem as responsáveis da Associação Batoto Yetu, que apoia crianças e jovens no Bairro dos Alfinetes, em Marvila. E esse foi precisamente um dos temas da conversa com a cabeça de lista do Livre por Lisboa, Joacine Katar Moreira, e o fundador do partido, Rui Tavares, que esta terça-feira visitaram a associação, em Lisboa.

“Há muitas casas vazias e a necessidade de habitação faz com que tenha aumentado a ocupação abusiva em Marvila. É urgente que se tomem medidas”, alerta Vânia Cunha, coordenadora de projeto na associação, financiada pelo programa Escolhas e que dá apoio a jovens depois do período escolar.

Joacine Moreira critica o facto de a habitação estar a ser “sucessivamente usada como arma de negociação”. “Nem a habitação, nem a nacionalidade são questões nas quais as pessoas possam optar. São necessidades.” E é por isso, realça, que o Livre defende a criação de um Balcão de Habitação a nível nacional.

“O Estado precisa de estar no mercado de regulação do arrendamento. E para isso deve também investir. Defendemos que haja 10% de habitação pública, para podermos ter habitação com custos controlados e que tenham em conta o valor do salário mínimo.”

Rui Tavares admite que alcançar 10% de habitação pública é uma medida ambiciosa, “mas realista”, garante. “E fica abaixo do que existe noutros países europeus.”

Traçar a meta

Nestas eleições, o Livre entrou com a expectativa de chegar, pela primeira vez, à Assembleia da República e formar um grupo parlamentar. “Em cinco anos, o Livre já construiu democracia e contribuiu para a dignidade política em Portugal. Fomos os primeiros a falar na necessidade de uma convergência à esquerda, a apresentar listas paritárias e a fazer primárias abertas”, sublinha Rui Tavares.

“Tudo isto sem termos sequer entrado no Parlamento. Basta que toda a gente que votou no Livre em maio, nas Europeias, vote novamente a 6 de outubro para conseguirmos eleger três deputados.”

Se for eleito, o partido assume estar disponível para formar governo com o PS. “Se eventualmente houver necessidade de uma convergência com o Partido Socialista, nós iremos analisar. E isto apenas se os nossos objetivos da justiça social e da justiça climática forem respeitados”, apontou Joacine Moreira, considerando que o Livre não é “a favor de nenhuma maioria absoluta”.

Um perfil revolucionário?

O partido defende a subida do salário mínimo para 900 euros até ao final da legislatura. “O aumento é também um incentivo a uma maior educação e a aposta em soluções ecologicamente úteis. Ninguém faz as melhores escolhas ecológicas quando o salário lhe chega apenas para sobreviver”, diz a cabeça de lista por Lisboa.

Questionada pelos jornalistas sobre se considera “revolucionário” que o facto de enquanto candidata ser negra, ser mulher, ser afrodescendente e ser gaga, Joacine Katar Moreira não hesitou. E até afastou, com humor, qualquer desconforto em falar sobre a sua gaguez, que se acentua mais ainda quando está à frente das câmaras e rodeada de microfones.

“É muito mais do que revolucionário. É um incentivo para que qualquer indivíduo sinta que está habilitado a participar politicamente”, afirmou, lembrando ter sido “eleita” para cabeça de lista por Lisboa pelos militantes do partido e não “nomeada”.

A sua candidatura, admite, rompe com o sistema. “Não pode ser sempre a mesma elite” a chegar ao Parlamento. “É necessário que a Assembleia da República seja a imagem das nossas várias sociedades.”

A habitação é um dos maiores problemas a que assistem as responsáveis da Associação Batoto Yetu, que apoia crianças e jovens no Bairro dos Alfinetes, em Marvila. E esse foi precisamente um dos temas da conversa com a cabeça de lista do Livre por Lisboa, Joacine Katar Moreira, e o fundador do partido, Rui Tavares, que esta terça-feira visitaram a associação, em Lisboa.

“Há muitas casas vazias e a necessidade de habitação faz com que tenha aumentado a ocupação abusiva em Marvila. É urgente que se tomem medidas”, alerta Vânia Cunha, coordenadora de projeto na associação, financiada pelo programa Escolhas e que dá apoio a jovens depois do período escolar.

Joacine Moreira critica o facto de a habitação estar a ser “sucessivamente usada como arma de negociação”. “Nem a habitação, nem a nacionalidade são questões nas quais as pessoas possam optar. São necessidades.” E é por isso, realça, que o Livre defende a criação de um Balcão de Habitação a nível nacional.

“O Estado precisa de estar no mercado de regulação do arrendamento. E para isso deve também investir. Defendemos que haja 10% de habitação pública, para podermos ter habitação com custos controlados e que tenham em conta o valor do salário mínimo.”

Rui Tavares admite que alcançar 10% de habitação pública é uma medida ambiciosa, “mas realista”, garante. “E fica abaixo do que existe noutros países europeus.”

Traçar a meta

Nestas eleições, o Livre entrou com a expectativa de chegar, pela primeira vez, à Assembleia da República e formar um grupo parlamentar. “Em cinco anos, o Livre já construiu democracia e contribuiu para a dignidade política em Portugal. Fomos os primeiros a falar na necessidade de uma convergência à esquerda, a apresentar listas paritárias e a fazer primárias abertas”, sublinha Rui Tavares.

“Tudo isto sem termos sequer entrado no Parlamento. Basta que toda a gente que votou no Livre em maio, nas Europeias, vote novamente a 6 de outubro para conseguirmos eleger três deputados.”

Se for eleito, o partido assume estar disponível para formar governo com o PS. “Se eventualmente houver necessidade de uma convergência com o Partido Socialista, nós iremos analisar. E isto apenas se os nossos objetivos da justiça social e da justiça climática forem respeitados”, apontou Joacine Moreira, considerando que o Livre não é “a favor de nenhuma maioria absoluta”.

Um perfil revolucionário?

O partido defende a subida do salário mínimo para 900 euros até ao final da legislatura. “O aumento é também um incentivo a uma maior educação e a aposta em soluções ecologicamente úteis. Ninguém faz as melhores escolhas ecológicas quando o salário lhe chega apenas para sobreviver”, diz a cabeça de lista por Lisboa.

Questionada pelos jornalistas sobre se considera “revolucionário” que o facto de enquanto candidata ser negra, ser mulher, ser afrodescendente e ser gaga, Joacine Katar Moreira não hesitou. E até afastou, com humor, qualquer desconforto em falar sobre a sua gaguez, que se acentua mais ainda quando está à frente das câmaras e rodeada de microfones.

“É muito mais do que revolucionário. É um incentivo para que qualquer indivíduo sinta que está habilitado a participar politicamente”, afirmou, lembrando ter sido “eleita” para cabeça de lista por Lisboa pelos militantes do partido e não “nomeada”.

A sua candidatura, admite, rompe com o sistema. “Não pode ser sempre a mesma elite” a chegar ao Parlamento. “É necessário que a Assembleia da República seja a imagem das nossas várias sociedades.”

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