Depois Falamos: Povo Livre

27-09-2017
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Se há algo que marcou gerações de militantes do PPD e depois do PSD, especialmente as mais antigas, foi a leitura do jornal "Povo Livre" orgão oficial do partido desde a sua fundação em 6 de Maio de 1974.

Durante muitos anos impresso em papel e vendido nas papelarias e quiosques foi um elo privilegiado de ligação entre as direcções do partido e os militantes de base especialmente durante o PREC em que a comunicação social era quase totalmente dominada por forças à esquerda do PS.

Fiz parte de uma geração da JSD, a primeira, que nesses primeiros anos (especialmente 1975 e 1976) tinha como uma da suas tarefas vender o jornal na rua a quem passasse o que fazíamos, cheios de ardor partidário mas com a cautela que os tempos impunham, em grupos de meia dúzia por causa das coisas...

Com o passar dos anos o jornal foi perdendo importância face às novas formas de comunicação e ao proliferar de redes sociais, canais de televisão e afins, o que levou a que alguns anos atrás (já não sei se na liderança de Durão Barroso se na de Marques Mendes) tivesse desaparecido a versão em papel ficando apenas a digital.

Que continua a publicar-se semanalmente, honra lhe seja feita, mas que perdeu a "alma" que durante muitos anos fez dele, a par do "Avante", o único verdadeiro jornal partidário dado o interesse de que se revestia e a variedade de conteúdos que o preenchiam.

Hoje pouco mais é do que o "diário" das actividades do líder, algumas notícias dispersas sobre actividades parlamentares e a publicação das convocatórias para eleições e assembleias nas secções, nas distritais, nas JSD, nos ASD, e nos TSD.

Para além de um culto ao líder (seja ele quem for porque é regra da linha editorial desde há muito) que me parece algo desajustado dos valores de um partido como o PSD.

Bastará a titulo de exemplo referir que nas últimas 100 capas (contei) do jornal o líder,Pedro Passos Coelho, aparece em 93 !!!

Ou seja "escapou" apenas em sete.

Creio que valeria a pena pensar em repensar o "Povo Livre".

Nem que fosse mantendo a edição digital para convocatórias e notícias semanais e fazer depois uma revista mensal, em papel, com entrevistas, reportagens, textos de opinião na qual aparecesse todo o partido de todo o país.

Reportagens e entrevistas com dirigentes concelhios e distritais, notícias relevantes da vida partidária distrito a distrito, colaboração dos próprios militantes e dirigentes concelhios / distritais com artigos de opinião, fotografias e o mais que se proporcionasse.

Uma revista atractiva, bem feita, aberta a até a colaboradores e temas fora do partido, que se vendesse nos quiosques e os militantes pudessem assinar a preços especiais.

Há meios humanos e "know how" para a fazer na sede nacional do PSD.

É preciso o resto.

Depois Falamos

Se há algo que marcou gerações de militantes do PPD e depois do PSD, especialmente as mais antigas, foi a leitura do jornal "Povo Livre" orgão oficial do partido desde a sua fundação em 6 de Maio de 1974.

Durante muitos anos impresso em papel e vendido nas papelarias e quiosques foi um elo privilegiado de ligação entre as direcções do partido e os militantes de base especialmente durante o PREC em que a comunicação social era quase totalmente dominada por forças à esquerda do PS.

Fiz parte de uma geração da JSD, a primeira, que nesses primeiros anos (especialmente 1975 e 1976) tinha como uma da suas tarefas vender o jornal na rua a quem passasse o que fazíamos, cheios de ardor partidário mas com a cautela que os tempos impunham, em grupos de meia dúzia por causa das coisas...

Com o passar dos anos o jornal foi perdendo importância face às novas formas de comunicação e ao proliferar de redes sociais, canais de televisão e afins, o que levou a que alguns anos atrás (já não sei se na liderança de Durão Barroso se na de Marques Mendes) tivesse desaparecido a versão em papel ficando apenas a digital.

Que continua a publicar-se semanalmente, honra lhe seja feita, mas que perdeu a "alma" que durante muitos anos fez dele, a par do "Avante", o único verdadeiro jornal partidário dado o interesse de que se revestia e a variedade de conteúdos que o preenchiam.

Hoje pouco mais é do que o "diário" das actividades do líder, algumas notícias dispersas sobre actividades parlamentares e a publicação das convocatórias para eleições e assembleias nas secções, nas distritais, nas JSD, nos ASD, e nos TSD.

Para além de um culto ao líder (seja ele quem for porque é regra da linha editorial desde há muito) que me parece algo desajustado dos valores de um partido como o PSD.

Bastará a titulo de exemplo referir que nas últimas 100 capas (contei) do jornal o líder,Pedro Passos Coelho, aparece em 93 !!!

Ou seja "escapou" apenas em sete.

Creio que valeria a pena pensar em repensar o "Povo Livre".

Nem que fosse mantendo a edição digital para convocatórias e notícias semanais e fazer depois uma revista mensal, em papel, com entrevistas, reportagens, textos de opinião na qual aparecesse todo o partido de todo o país.

Reportagens e entrevistas com dirigentes concelhios e distritais, notícias relevantes da vida partidária distrito a distrito, colaboração dos próprios militantes e dirigentes concelhios / distritais com artigos de opinião, fotografias e o mais que se proporcionasse.

Uma revista atractiva, bem feita, aberta a até a colaboradores e temas fora do partido, que se vendesse nos quiosques e os militantes pudessem assinar a preços especiais.

Há meios humanos e "know how" para a fazer na sede nacional do PSD.

É preciso o resto.

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