Inquérito à Caixa arranca com auditora EY, Carlos Costa e Vítor Constâncio

30-09-2019
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A segunda comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos vai avançar com as audições da EY, a entidade responsável pela auditoria feita ao banco público, do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e do seu antecessor, Vítor Constâncio.

As três inquirições são aquelas pelos quais os deputados querem iniciar os trabalhos do inquérito parlamentar e que admitem fazer mesmo sem ter o acesso a toda a documentação a solicitar, segundo ficou consensualizado esta terça-feira, 26 de fevereiro, na reunião de mesa e coordenadores da comissão, e foi avançado ao Expresso por uma fonte parlamentar. Os nomes serão, à partida, aprovados na reunião que ocorre esta quarta-feira, dia 27.

A EY é a auditora que ficou responsável pela análise aos atos de gestão da CGD entre 2000 e 2015, que identifica os grandes devedores da instituição e que revela os procedimentos desadequados com que foram concedidos e acompanhados, como classificou. A auditoria foi já revelada à Assembleia da República, mas com os nomes dos devedores truncados.

Agora, tendo em conta que há já uma legislação aprovada que dá poderes reforçados às comissões de inquérito, esta iniciativa parlamentar pode já avançar com o pedido da auditoria sem que haja nomes escondidos.

O objetivo dos deputados é que este documento, na sua versão integral, seja divulgado antes das audições iniciais, sendo que a primeira está agendada, por agora, para dia 12 de março.

Além da auditoria, os deputados querem também que, até essa data, cheguem as atas dos conselhos de crédito, onde os empréstimos problemáticos foram discutidos.

Carlos Costa, atual governador do Banco de Portugal, tem sido tema de notícias por conta da sua participação em reuniões de conselhos de crédito em que foram discutidos empréstimos problemáticos, como Vale do Lobo, quando era administrador da CGD, entre 2004 e 2006. O líder do supervisor defende que apenas participava para garantir que havia número mínimo de envolvidos para que as operações pudessem avançar.

Já Vítor Constâncio era governador à data dos factos, entre 2000 e 2010. Constâncio é chamado e já não é, neste momento, vice-governador do Banco Central Europeu, cargo que permitiu que, nas últimas comissões de inquérito, não tivesse de responder presencialmente e pudesse fazê-lo por escrito – o que impossibilitava o contraditório. Como já escreveu o Expresso, perdeu o escudo do BCE nos inquéritos parlamentares, onde será tema a notícia do Jornal Económico de que houve alertas feitos enquanto era governador do Banco de Portugal relativos à instituição financeira.

Estas são as indicações iniciais para os trabalhos da segunda comissão de inquérito à gestão da CGD, sendo que houve uma terceira iniciativa com o banco como objeto, mas centrando-se na nomeação e demissão de António Domingues da presidência.

Nesta comissão, haverá mais audições além das três iniciais e mais documentação será pedida. Os trabalhos estendem-se por 120 dias, tendo de estar concluídos, no máximo, em junho, para que a comissão fique fechada nesta legislatura, antes das eleições.

A comissão de inquérito é presidida pelo social-democrata Luís Leite Ramos, não havendo ainda um responsável por elaborar o relatório com as conclusões do documento.

A segunda comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos vai avançar com as audições da EY, a entidade responsável pela auditoria feita ao banco público, do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e do seu antecessor, Vítor Constâncio.

As três inquirições são aquelas pelos quais os deputados querem iniciar os trabalhos do inquérito parlamentar e que admitem fazer mesmo sem ter o acesso a toda a documentação a solicitar, segundo ficou consensualizado esta terça-feira, 26 de fevereiro, na reunião de mesa e coordenadores da comissão, e foi avançado ao Expresso por uma fonte parlamentar. Os nomes serão, à partida, aprovados na reunião que ocorre esta quarta-feira, dia 27.

A EY é a auditora que ficou responsável pela análise aos atos de gestão da CGD entre 2000 e 2015, que identifica os grandes devedores da instituição e que revela os procedimentos desadequados com que foram concedidos e acompanhados, como classificou. A auditoria foi já revelada à Assembleia da República, mas com os nomes dos devedores truncados.

Agora, tendo em conta que há já uma legislação aprovada que dá poderes reforçados às comissões de inquérito, esta iniciativa parlamentar pode já avançar com o pedido da auditoria sem que haja nomes escondidos.

O objetivo dos deputados é que este documento, na sua versão integral, seja divulgado antes das audições iniciais, sendo que a primeira está agendada, por agora, para dia 12 de março.

Além da auditoria, os deputados querem também que, até essa data, cheguem as atas dos conselhos de crédito, onde os empréstimos problemáticos foram discutidos.

Carlos Costa, atual governador do Banco de Portugal, tem sido tema de notícias por conta da sua participação em reuniões de conselhos de crédito em que foram discutidos empréstimos problemáticos, como Vale do Lobo, quando era administrador da CGD, entre 2004 e 2006. O líder do supervisor defende que apenas participava para garantir que havia número mínimo de envolvidos para que as operações pudessem avançar.

Já Vítor Constâncio era governador à data dos factos, entre 2000 e 2010. Constâncio é chamado e já não é, neste momento, vice-governador do Banco Central Europeu, cargo que permitiu que, nas últimas comissões de inquérito, não tivesse de responder presencialmente e pudesse fazê-lo por escrito – o que impossibilitava o contraditório. Como já escreveu o Expresso, perdeu o escudo do BCE nos inquéritos parlamentares, onde será tema a notícia do Jornal Económico de que houve alertas feitos enquanto era governador do Banco de Portugal relativos à instituição financeira.

Estas são as indicações iniciais para os trabalhos da segunda comissão de inquérito à gestão da CGD, sendo que houve uma terceira iniciativa com o banco como objeto, mas centrando-se na nomeação e demissão de António Domingues da presidência.

Nesta comissão, haverá mais audições além das três iniciais e mais documentação será pedida. Os trabalhos estendem-se por 120 dias, tendo de estar concluídos, no máximo, em junho, para que a comissão fique fechada nesta legislatura, antes das eleições.

A comissão de inquérito é presidida pelo social-democrata Luís Leite Ramos, não havendo ainda um responsável por elaborar o relatório com as conclusões do documento.

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