“Hey, Marques, leave the kids alone!”

22-05-2019
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Dia #2 The ‘europeias show’ must go on. Nas ruas e no espaço virtual porque há ainda muito país para caminhar e muitos votos para caçar. Comecemos por partilhar um bem-humorado comentário com que esbarrámos nas redes acerca dos rebuscados nomes criados para os perfis falsos que andaram nas últimas semanas a espalhar ‘fake news’ no twitter. A publicação foi escrita assim, textualmente: “Há q dizê-lo: alguém que inventa os nomes Larissa Rosseti, António Candeias, Andressa Bodião, Viviane Azevedo ou Renata Hébil está a passar ao lado de 1 grande carreira no guionismo porno.” Na mouche. Nada a acrescentar.

No segundo dia da campanha para as europeias, um dos assuntos mais partilhados e comentados é acerca do debate de ontem na RTP, que juntou os representantes dos partidos mais pequenos. Sobretudo acerca das duas ausências da noite: André Ventura, da coligação “Basta!”, e Marinho e Pinto, candidato do PDR. Por razões diferentes. O candidato do “Basta!” optou por deixar a sua cadeira vazia para, à mesma hora, estar a discutir bola no programa “Pé em Riste” da CMTV. E Marinho e Pinto fez saber que não compareceu por não concordar com o critério editorial da RTP. E assim ficaram ambos fora de jogo. Um prenúncio para o que aí vem?

O que aí vem não sabemos, mas o que se sabe é que por causa dessa sua ausência, André Ventura colocou o seu lugar à disposição, justificando que optou por comparecer no debate desportivo na CMTV por precisar do dinheiro. "Não sou rico". Uma riqueza de justificação.

No total foram dez os candidatos no debate: Paulo Sande (Aliança), Rui Tavares (Livre), Vasco Santos (MAS), João Patrocínio (PNR), Ricardo Arroja (Iniciativa Liberal), Fernando Loureiro (PURP), Paulo Morais (Nós Cidadãos), Francisco Guerreiro (PAN), Luís Júdice (PCTP) e Gonçalo Madaleno (PTP).

E não se fizeram esperar os reparos e chamadas de atenção a assinalarem o suposto grande desequilíbrio na qualidade de ideias e de discurso entre os vários intervenientes deste painel. Afirmando-se que alguns não estariam ao mesmo nível político e intelectual para estarem num frente-a-frente. E, claro, isso gerou alguns bons tweets. Como este.

“Estão a ver quando vos calha a mesa dos cromos num casamento? A minha solidariedade para o Rui Tavares (Livre), Ricardo Arroja (Iniciativa Liberal) e Paulo Sande (Aliança).”

Ainda acerca do debate de ontem, uma das imagens mais partilhadas foi a de Rui Tavares, do Livre, com a tshirt que usou que combinava o símbolo da União Europeia com uma das imagens mais icónicas do 25 de Abril, a da criança com o cravo na mão. Portanto, vestiu-se a rigor para “pedir um 25 de abril para a Europa”, “um novo pacto verde” e “uma democracia europeia”. E fez saber nas redes que “todos os novos membros que se inscrevam até ao final da campanha receberão uma tshirt destas para poderem fazer campanha por um 25 de abril para a Europa!” Os brindes sempre se deram bem com as campanhas.

E se Rui Tavares ‘ganha’ para a melhor tshirt da campanha até agora, Ricardo Arroja, da Iniciativa Liberal, ‘ganha’ para o melhor e mais bem editado vídeo satírico até então que anda a viralizar nas redes. Com uma letra adaptada do tema “O Corpo é que Paga”, de António Variações, aqui na versão “O Povo é que Paga”, o dito inclui a imagem de um veículo geringonça com um ser de três cabeças ao volante (Sim, as de António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa), pisca os olhos às relações familiares entre membros do Governo (ilustrado de forma hilariante) ou apresenta três alegres mariachis, a saber Costa, Sócrates e Salgado, junto a um saco recheado de notas e em fundo o edifício da Caixa Geral de Depósitos, enquanto se ouve a letra: ““Quando o governo não tem juízo, quando eles gastam mais do que é preciso, o povo é que paga. É hora de liberalizar. Olha que vais gostar….”

O que também vão provavelmente gostar (apostamos nós) é de outro vídeo viral com o candidato do PS, Pedro Marques, quando esteve de visita à Fundação João Bento Raimundo, na Guarda, e interagiu com crianças em idade pré-escolar. “Ninguém gosta de ouvir música?” - perguntou Marques à pequenada. E, logo de seguida, imbuído do espírito da “Xana Toc Toc” sopra uma chuva de beijos. O momento foi...insólito. E deu vontade de revisitar o velho ‘hit’ dos Pink Floyd para trautear: “Hey, Marques, leave the kids alone!”

E já que estamos numa de ‘memes’ com Pedro Marques - e convenhamos o candidato presta-se a eles - aqui vai mais um. Assim. Sem comentários. E de mãos cruzadas no peito em sinal de gratidão por eles.

Esta manhã, Marques esteve em Évora, na sua campanha oficial pelo interior. E deixou a mensagem: “Temos de valorizar o potencial destes territórios e promover a coesão territorial para um desenvolvimento mais harmonioso do país e da Europa.”

Outro momento digno de muitas partilhas envolve o candidato do PSD, Paulo Rangel, a (tentar) equilibrar-se numa bicicleta em Aveiro, “numa campanha picadinha”. Um momento que não é inédito. Já antes, nas europeias de 2014, o candidato tremeu no pedalar, mas não caiu. Ser candidato a quanto obrigas. A agenda deu destaque às alterações climáticas e economia azul, que “o discurso verde” parece estar presente em muitos dos candidatos. “O PSD sempre foi o partido do Ambiente. E na Europa lideramos esta agenda com propostas ambiciosas mas realistas.”

Para a candidata do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, a manhã começou em Vila Nova da Baronia e depois seguiu de comboio até Beja, lado a lado com José Gusmão e Catarina Martins, “em defesa de uma ferrovia que liga o interior ao litoral, o país à Europa e nos liga a todos e todas ao planeta.” À tarde, regressou a Monchique para falar com as populações afetadas pelos incêndios. “Uma realidade dura.”

Também Nuno Melo, do CDS, perdão, O ‘Melinho das feiras’, assim é que é, revelou ter um discurso verde para a Europa ao mostrar-se adepto da ideia de se deixar de usar plásticos, com a campanha ‘Plástico Zero’. Na onda de "Plastic isn´t fantastic". E ontem esteve em Viana do Castelo, numa acção pedagógica na praia, e apresentou uma proposta de actualização dos fundos comunitários no sentido da elegibilidade da limpeza de mares e praias, de todo o tipo de materiais poluentes não biodegradáveis.”

Um momento que rendeu também alguns ‘memes’, como este que chega a buscar a referência do filme “Os respigadores e a respigadora”, da cineasta e fotógrafa belga Agnès Varda, onde a realizadora da “nouvelle vague’ francesa revelou um olhar sobre os respigadores actuais, aqueles que apanham para não desperdiçar, os que rebuscam nas sobras dos mercados, os que procuram restos nos caixotes do lixo para comer…

Eis assim Nuno Melo, em versão respigador.

Recordam-se dos cartazes de Nuno Melo no primeiro debate das Europeias na SIC Notícias? Pois bem o “Melinho” voltou ao estilo no jantar campanha que decorreu em Coimbra, e depois dos dedos apontados a António Costa e ao candidato do PS, Pedro Marques, exibiu uma imagem do atual primeiro-ministro a abraçar o ex-primeiro-ministro José Sócrates. “De cada vez que o doutor António Costa tiver o cinismo de nos querer relacionar com a austeridade. Terá sempre esta imagem”.

Entretanto, André Silva e o cabeça de lista do PAN às europeias, Francisco Guerreiro, defenderam hoje o direito de voto a partir dos 16 anos a nível europeu, uma vez que vários Estados-membros "já caminharam nesse sentido". Uma medida curiosa já que a taxa de abstenção dos jovens portugueses em 2014 foi de 71% e um estudo recente aponta para que apenas 3% (sim, leu 3%) diz ser “extremamente provável” votar. Argumentos apresentados, resta acrescentar que a proposta... foi chumbada.

Acabemos com Dona Custódia, a crítica (criação do humorista Hugo van der Ding) que afirmou nas redes que “isto foram os drogados, de certeza”, referindo-se às declarações de José Pinto-Coelho, presidente do PNR que começava com a frase “Quando o PNR for poder…” A Dona Custódia é que tem razão...

Dia #2 The ‘europeias show’ must go on. Nas ruas e no espaço virtual porque há ainda muito país para caminhar e muitos votos para caçar. Comecemos por partilhar um bem-humorado comentário com que esbarrámos nas redes acerca dos rebuscados nomes criados para os perfis falsos que andaram nas últimas semanas a espalhar ‘fake news’ no twitter. A publicação foi escrita assim, textualmente: “Há q dizê-lo: alguém que inventa os nomes Larissa Rosseti, António Candeias, Andressa Bodião, Viviane Azevedo ou Renata Hébil está a passar ao lado de 1 grande carreira no guionismo porno.” Na mouche. Nada a acrescentar.

No segundo dia da campanha para as europeias, um dos assuntos mais partilhados e comentados é acerca do debate de ontem na RTP, que juntou os representantes dos partidos mais pequenos. Sobretudo acerca das duas ausências da noite: André Ventura, da coligação “Basta!”, e Marinho e Pinto, candidato do PDR. Por razões diferentes. O candidato do “Basta!” optou por deixar a sua cadeira vazia para, à mesma hora, estar a discutir bola no programa “Pé em Riste” da CMTV. E Marinho e Pinto fez saber que não compareceu por não concordar com o critério editorial da RTP. E assim ficaram ambos fora de jogo. Um prenúncio para o que aí vem?

O que aí vem não sabemos, mas o que se sabe é que por causa dessa sua ausência, André Ventura colocou o seu lugar à disposição, justificando que optou por comparecer no debate desportivo na CMTV por precisar do dinheiro. "Não sou rico". Uma riqueza de justificação.

No total foram dez os candidatos no debate: Paulo Sande (Aliança), Rui Tavares (Livre), Vasco Santos (MAS), João Patrocínio (PNR), Ricardo Arroja (Iniciativa Liberal), Fernando Loureiro (PURP), Paulo Morais (Nós Cidadãos), Francisco Guerreiro (PAN), Luís Júdice (PCTP) e Gonçalo Madaleno (PTP).

E não se fizeram esperar os reparos e chamadas de atenção a assinalarem o suposto grande desequilíbrio na qualidade de ideias e de discurso entre os vários intervenientes deste painel. Afirmando-se que alguns não estariam ao mesmo nível político e intelectual para estarem num frente-a-frente. E, claro, isso gerou alguns bons tweets. Como este.

“Estão a ver quando vos calha a mesa dos cromos num casamento? A minha solidariedade para o Rui Tavares (Livre), Ricardo Arroja (Iniciativa Liberal) e Paulo Sande (Aliança).”

Ainda acerca do debate de ontem, uma das imagens mais partilhadas foi a de Rui Tavares, do Livre, com a tshirt que usou que combinava o símbolo da União Europeia com uma das imagens mais icónicas do 25 de Abril, a da criança com o cravo na mão. Portanto, vestiu-se a rigor para “pedir um 25 de abril para a Europa”, “um novo pacto verde” e “uma democracia europeia”. E fez saber nas redes que “todos os novos membros que se inscrevam até ao final da campanha receberão uma tshirt destas para poderem fazer campanha por um 25 de abril para a Europa!” Os brindes sempre se deram bem com as campanhas.

E se Rui Tavares ‘ganha’ para a melhor tshirt da campanha até agora, Ricardo Arroja, da Iniciativa Liberal, ‘ganha’ para o melhor e mais bem editado vídeo satírico até então que anda a viralizar nas redes. Com uma letra adaptada do tema “O Corpo é que Paga”, de António Variações, aqui na versão “O Povo é que Paga”, o dito inclui a imagem de um veículo geringonça com um ser de três cabeças ao volante (Sim, as de António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa), pisca os olhos às relações familiares entre membros do Governo (ilustrado de forma hilariante) ou apresenta três alegres mariachis, a saber Costa, Sócrates e Salgado, junto a um saco recheado de notas e em fundo o edifício da Caixa Geral de Depósitos, enquanto se ouve a letra: ““Quando o governo não tem juízo, quando eles gastam mais do que é preciso, o povo é que paga. É hora de liberalizar. Olha que vais gostar….”

O que também vão provavelmente gostar (apostamos nós) é de outro vídeo viral com o candidato do PS, Pedro Marques, quando esteve de visita à Fundação João Bento Raimundo, na Guarda, e interagiu com crianças em idade pré-escolar. “Ninguém gosta de ouvir música?” - perguntou Marques à pequenada. E, logo de seguida, imbuído do espírito da “Xana Toc Toc” sopra uma chuva de beijos. O momento foi...insólito. E deu vontade de revisitar o velho ‘hit’ dos Pink Floyd para trautear: “Hey, Marques, leave the kids alone!”

E já que estamos numa de ‘memes’ com Pedro Marques - e convenhamos o candidato presta-se a eles - aqui vai mais um. Assim. Sem comentários. E de mãos cruzadas no peito em sinal de gratidão por eles.

Esta manhã, Marques esteve em Évora, na sua campanha oficial pelo interior. E deixou a mensagem: “Temos de valorizar o potencial destes territórios e promover a coesão territorial para um desenvolvimento mais harmonioso do país e da Europa.”

Outro momento digno de muitas partilhas envolve o candidato do PSD, Paulo Rangel, a (tentar) equilibrar-se numa bicicleta em Aveiro, “numa campanha picadinha”. Um momento que não é inédito. Já antes, nas europeias de 2014, o candidato tremeu no pedalar, mas não caiu. Ser candidato a quanto obrigas. A agenda deu destaque às alterações climáticas e economia azul, que “o discurso verde” parece estar presente em muitos dos candidatos. “O PSD sempre foi o partido do Ambiente. E na Europa lideramos esta agenda com propostas ambiciosas mas realistas.”

Para a candidata do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, a manhã começou em Vila Nova da Baronia e depois seguiu de comboio até Beja, lado a lado com José Gusmão e Catarina Martins, “em defesa de uma ferrovia que liga o interior ao litoral, o país à Europa e nos liga a todos e todas ao planeta.” À tarde, regressou a Monchique para falar com as populações afetadas pelos incêndios. “Uma realidade dura.”

Também Nuno Melo, do CDS, perdão, O ‘Melinho das feiras’, assim é que é, revelou ter um discurso verde para a Europa ao mostrar-se adepto da ideia de se deixar de usar plásticos, com a campanha ‘Plástico Zero’. Na onda de "Plastic isn´t fantastic". E ontem esteve em Viana do Castelo, numa acção pedagógica na praia, e apresentou uma proposta de actualização dos fundos comunitários no sentido da elegibilidade da limpeza de mares e praias, de todo o tipo de materiais poluentes não biodegradáveis.”

Um momento que rendeu também alguns ‘memes’, como este que chega a buscar a referência do filme “Os respigadores e a respigadora”, da cineasta e fotógrafa belga Agnès Varda, onde a realizadora da “nouvelle vague’ francesa revelou um olhar sobre os respigadores actuais, aqueles que apanham para não desperdiçar, os que rebuscam nas sobras dos mercados, os que procuram restos nos caixotes do lixo para comer…

Eis assim Nuno Melo, em versão respigador.

Recordam-se dos cartazes de Nuno Melo no primeiro debate das Europeias na SIC Notícias? Pois bem o “Melinho” voltou ao estilo no jantar campanha que decorreu em Coimbra, e depois dos dedos apontados a António Costa e ao candidato do PS, Pedro Marques, exibiu uma imagem do atual primeiro-ministro a abraçar o ex-primeiro-ministro José Sócrates. “De cada vez que o doutor António Costa tiver o cinismo de nos querer relacionar com a austeridade. Terá sempre esta imagem”.

Entretanto, André Silva e o cabeça de lista do PAN às europeias, Francisco Guerreiro, defenderam hoje o direito de voto a partir dos 16 anos a nível europeu, uma vez que vários Estados-membros "já caminharam nesse sentido". Uma medida curiosa já que a taxa de abstenção dos jovens portugueses em 2014 foi de 71% e um estudo recente aponta para que apenas 3% (sim, leu 3%) diz ser “extremamente provável” votar. Argumentos apresentados, resta acrescentar que a proposta... foi chumbada.

Acabemos com Dona Custódia, a crítica (criação do humorista Hugo van der Ding) que afirmou nas redes que “isto foram os drogados, de certeza”, referindo-se às declarações de José Pinto-Coelho, presidente do PNR que começava com a frase “Quando o PNR for poder…” A Dona Custódia é que tem razão...

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