André Silva 'sozinho' no Alentejo

14-10-2019
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O momento do dia:

A recepção em Castro Verde tornou evidente que o PAN é um partido com um público mais jovem e urbano. André Silva não poupou beijinhos, não teve receio de entrar em lojas e meter conversa e até apelou ao voto nos pequenos "para mudar as coisas". Porém, a verdade é que estava fora da sua zona de influência.

A frase:

"O Governo tem violado a diretiva comunitária, em especial na parte em que não se deve fazer o transporte [de animais] no verão e que este não deve exceder as 8 horas”"

Cristina Rodrigues, cabeça de lista por Setúbal

A personagem:

Com o provável crescimento do partido, muito se tem especulado se o jovem PAN tem maturidade e massa crítica para ser um grupo parlamentar e/ou o fiel da balança. Apesar de não ter experiência política, Cristina Rodrigues, um dos cinco nomes fortes dentro do PAN, foi a mais assertiva, certeira e política do dia. Não teve receios em atingir o alvo: o ministro Capoulas Santos e o Ministério da Agricultura.

A fotografia:

pedro nunes

Está pela primeira vez no grupo dos grandes, mas continua a fazer campanha com os mesmos meios de sempre. No Alentejo profundo, André Silva esteve quase como está no Parlamento, em modo de deputado único. Isto é, sozinho.

Sem comitiva, sem máquina partidária e sem brindes, o PAN tem uma campanha mais curta. Os cabeças de lista têm estado a aparecer nos seus distritos, mas André Silva é, claramente, a estrela do PAN. Capitalizou bem o lugar no Parlamento.

Nas ruas de Castro Verde, André fez o que fazem os políticos dos partidos do sistema, distribuiu folhetos (impressos em papel reciclável e feitos com tintas ecológicas), deu beijinhos e falou com a população.

Só que no PAN não há arruadas, nem comícios e o Alentejo inteiro conta apenas com um filiado.

Para contornar a disparidade de meios com os maiores, o partido decidiu apostar em iniciativas de contacto próximo com a população, tentando criar um espaço de respostas aos portugueses.

Intitulada “Pergunta-me o que quiseres”, a ação coordenada com as distritais do PAN e anunciada nas redes sociais, será repetida ao longo da campanha. E, em cidades como Coimbra, será direcionada aos estudantes, um eleitorado onde o PAN está mais confortável.

O objetivo é ter os candidatos, sentados num local da cidade, à disposição dos eleitores.. “Achamos que assim estamos em contacto mais direto com as pessoas, mais do que numa arruada”, explicava André Nunes, coordenador do programa eleitoral e da campanha. E André Silva deu como exemplo o sucesso da ação semelhante em Braga.

No Alentejo, porém, não teve impacto. Havia pouca gente e poucos potenciais votos para o PAN, que é mais forte nas zonas urbanas e com população mais jovem. E André Silva lá acabou por ter de fazer uma espécie de arruada, ir ele distribuir panfletos com as propostas do partido.

A ação acabou por ser rápida e acabar mais cedo. Mesmo assim, era evidente a popularidade que André Silva conquistou nos últimos quatro anos. “Gosto de ver a sua conversa na televisão. Veja se faz alguma coisa por nós, alguém tem de controlar o planeta”, pediu Maria Amélia Luís, de 72 anos, ao porta voz do PAN.

Foi o único potencial voto da tarde.

PAN de acordo com fiscalização de leis laborais

Sempre politicamente correcto, sem se querer colar à esquerda ou à direita, André Silva evitou, ao longo do dia, entrar em polémicas. Seja para responder a provocações de outros partidos,como a entrevista de Catarina Martins ao "Jornal de Negócios", para falar sobre Tancos, reagir às sondagens ou ao envio das leis laborais, pelos deputados do PC e do BE, para o Tribunal Constitucional.

Questionado pelos jornalistas, André Silva disse que era um direito dos partidos políticos e que considerava positivo um esclarecimento do Palácio Ratton.

“Não existem tempos mais ou menos adequados para pedir esclarecimentos junto do Constitucional. Além disso, é um direito dos partidos políticos”, frisou.

Somos e não somos o partidos dos animais

Se, por um lado, o PAN luta por se descolar da imagem de partido animalista, por outro, é evidente que essa é a primeira base eleitoral do partido.

Na última ação do dia, Carlos Dores, o militante único do PAN no Alentejo era claro: “Quem gosta dos animais já sabe onde pode votar."

E foi a apelar às bases que o dia começou. A campanha oficial arrancou, em Sines, com um navio de transporte de animais vivos em direção a Israel.

O PAN convidou a Associação Animal Save - que defende a abolição de toda a produção animal - para denunciar a crueldade em que os animais são transportados, "a defecarem em cima uns dos outros", explicou Noel Santos da referida organização.

O momento corria o risco de se tornar caricato, mas Cristina Rodrigues, a cabeça de lista por Setúbal, responsável pela área jurídica e chefe de gabinete de André Silva, falou e foi certeira no alvo. “O Governo tem violado a diretiva comunitária, em especial na parte em que não se deve fazer o transporte no verão e que este não deve exceder as 8 horas”, disse, culpando o Ministério da Agricultura.

O momento do dia:

A recepção em Castro Verde tornou evidente que o PAN é um partido com um público mais jovem e urbano. André Silva não poupou beijinhos, não teve receio de entrar em lojas e meter conversa e até apelou ao voto nos pequenos "para mudar as coisas". Porém, a verdade é que estava fora da sua zona de influência.

A frase:

"O Governo tem violado a diretiva comunitária, em especial na parte em que não se deve fazer o transporte [de animais] no verão e que este não deve exceder as 8 horas”"

Cristina Rodrigues, cabeça de lista por Setúbal

A personagem:

Com o provável crescimento do partido, muito se tem especulado se o jovem PAN tem maturidade e massa crítica para ser um grupo parlamentar e/ou o fiel da balança. Apesar de não ter experiência política, Cristina Rodrigues, um dos cinco nomes fortes dentro do PAN, foi a mais assertiva, certeira e política do dia. Não teve receios em atingir o alvo: o ministro Capoulas Santos e o Ministério da Agricultura.

A fotografia:

pedro nunes

Está pela primeira vez no grupo dos grandes, mas continua a fazer campanha com os mesmos meios de sempre. No Alentejo profundo, André Silva esteve quase como está no Parlamento, em modo de deputado único. Isto é, sozinho.

Sem comitiva, sem máquina partidária e sem brindes, o PAN tem uma campanha mais curta. Os cabeças de lista têm estado a aparecer nos seus distritos, mas André Silva é, claramente, a estrela do PAN. Capitalizou bem o lugar no Parlamento.

Nas ruas de Castro Verde, André fez o que fazem os políticos dos partidos do sistema, distribuiu folhetos (impressos em papel reciclável e feitos com tintas ecológicas), deu beijinhos e falou com a população.

Só que no PAN não há arruadas, nem comícios e o Alentejo inteiro conta apenas com um filiado.

Para contornar a disparidade de meios com os maiores, o partido decidiu apostar em iniciativas de contacto próximo com a população, tentando criar um espaço de respostas aos portugueses.

Intitulada “Pergunta-me o que quiseres”, a ação coordenada com as distritais do PAN e anunciada nas redes sociais, será repetida ao longo da campanha. E, em cidades como Coimbra, será direcionada aos estudantes, um eleitorado onde o PAN está mais confortável.

O objetivo é ter os candidatos, sentados num local da cidade, à disposição dos eleitores.. “Achamos que assim estamos em contacto mais direto com as pessoas, mais do que numa arruada”, explicava André Nunes, coordenador do programa eleitoral e da campanha. E André Silva deu como exemplo o sucesso da ação semelhante em Braga.

No Alentejo, porém, não teve impacto. Havia pouca gente e poucos potenciais votos para o PAN, que é mais forte nas zonas urbanas e com população mais jovem. E André Silva lá acabou por ter de fazer uma espécie de arruada, ir ele distribuir panfletos com as propostas do partido.

A ação acabou por ser rápida e acabar mais cedo. Mesmo assim, era evidente a popularidade que André Silva conquistou nos últimos quatro anos. “Gosto de ver a sua conversa na televisão. Veja se faz alguma coisa por nós, alguém tem de controlar o planeta”, pediu Maria Amélia Luís, de 72 anos, ao porta voz do PAN.

Foi o único potencial voto da tarde.

PAN de acordo com fiscalização de leis laborais

Sempre politicamente correcto, sem se querer colar à esquerda ou à direita, André Silva evitou, ao longo do dia, entrar em polémicas. Seja para responder a provocações de outros partidos,como a entrevista de Catarina Martins ao "Jornal de Negócios", para falar sobre Tancos, reagir às sondagens ou ao envio das leis laborais, pelos deputados do PC e do BE, para o Tribunal Constitucional.

Questionado pelos jornalistas, André Silva disse que era um direito dos partidos políticos e que considerava positivo um esclarecimento do Palácio Ratton.

“Não existem tempos mais ou menos adequados para pedir esclarecimentos junto do Constitucional. Além disso, é um direito dos partidos políticos”, frisou.

Somos e não somos o partidos dos animais

Se, por um lado, o PAN luta por se descolar da imagem de partido animalista, por outro, é evidente que essa é a primeira base eleitoral do partido.

Na última ação do dia, Carlos Dores, o militante único do PAN no Alentejo era claro: “Quem gosta dos animais já sabe onde pode votar."

E foi a apelar às bases que o dia começou. A campanha oficial arrancou, em Sines, com um navio de transporte de animais vivos em direção a Israel.

O PAN convidou a Associação Animal Save - que defende a abolição de toda a produção animal - para denunciar a crueldade em que os animais são transportados, "a defecarem em cima uns dos outros", explicou Noel Santos da referida organização.

O momento corria o risco de se tornar caricato, mas Cristina Rodrigues, a cabeça de lista por Setúbal, responsável pela área jurídica e chefe de gabinete de André Silva, falou e foi certeira no alvo. “O Governo tem violado a diretiva comunitária, em especial na parte em que não se deve fazer o transporte no verão e que este não deve exceder as 8 horas”, disse, culpando o Ministério da Agricultura.

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