Assis. “Última consequência é eu ser candidato”

21-01-2016
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Nem esquerda, nem direita: para Francisc Assis, o ideal era que o PS fosse um partido de oposição clara. Na defesa desta linha, o eurodeputado assume que poderá ter de ir até às “últimas consequências”

A corrente socialista desfavorável ao entendimento à esquerda toma forma e Francisco Assis está determinado a desafiar o secretário-geral António Costa, “como última consequência”. Em entrevista na edição desta sexta-feira do “Jornal de Notícias”, o eurodeputado admite que “estaria a fugir às responsabilidades” se não estivesse pronto para se apresentar como candidato à liderança do partido.

Para Assis, que considera um acordo com Bloco de Esquerda e PCP “um erro histórico”, a posição ideal para o PS seria a de o partido se constituir como um “partido de oposição clara”, o que deixaria os socialistas “no centro da decisão”.

Na entrevista, Assis volta a frisar não considerar que a esquerda ofereça as condições de entendimento necessárias, nomeadamente por existirem “divergências profundas” em relação ao modelo social e económico do país ou aos compromissos europeus. Segundo o eurodeputado, a negociação com comunistas e bloquistas, que “nunca deveria ter ocorrido”, é uma “péssima solução”. Mais: o acordo à esquerda acaba por ser “como um icebergue”, o que significa que o PS ficaria “prisioneiro dos caprichos de duas formações políticas” que poderiam “tirar o tapete” aos socialistas a qualquer momento.

Defensor de uma negociação conduzida caso a caso com o Governo de direita, Assis prefere também não se comprometer com Passos e Portas para não “assumir compromissos de legislatura que nos poderiam aprisionar”.

Não estar disponível para disputar a liderança do PS seria “fugir às responsabilidades”

Depois, a questão inevitável: a liderança do PS está em causa? Assis recusa estar a planear “uma estratégia dissimulada para chegar ao poder”. No entanto, o socialista assume que “se a questão fosse saber qual era a linha política que deveria prevalecer, num congresso”, teria de defender a sua ideia “até às últimas consequências”. Ou seja, Assis ponderaria, nesse caso, ser candidato à liderança do PS para promover uma corrente alternativa; de outra forma estaria a “fugir às suas responsabilidades”.

A reunião convocada por Assis para juntar os militantes socialistas desfavoráveis ao acordo da esquerda acontece esta sexta-feira à noite, na Mealhada, depois de ter sido antecipada para não coincidir com a Comissão Nacional do partido, que se reúne na tarde deste sábado. E o que pensa António Costa disto tudo? “Há muito que não falamos”, esclarece Assis.

Nem esquerda, nem direita: para Francisc Assis, o ideal era que o PS fosse um partido de oposição clara. Na defesa desta linha, o eurodeputado assume que poderá ter de ir até às “últimas consequências”

A corrente socialista desfavorável ao entendimento à esquerda toma forma e Francisco Assis está determinado a desafiar o secretário-geral António Costa, “como última consequência”. Em entrevista na edição desta sexta-feira do “Jornal de Notícias”, o eurodeputado admite que “estaria a fugir às responsabilidades” se não estivesse pronto para se apresentar como candidato à liderança do partido.

Para Assis, que considera um acordo com Bloco de Esquerda e PCP “um erro histórico”, a posição ideal para o PS seria a de o partido se constituir como um “partido de oposição clara”, o que deixaria os socialistas “no centro da decisão”.

Na entrevista, Assis volta a frisar não considerar que a esquerda ofereça as condições de entendimento necessárias, nomeadamente por existirem “divergências profundas” em relação ao modelo social e económico do país ou aos compromissos europeus. Segundo o eurodeputado, a negociação com comunistas e bloquistas, que “nunca deveria ter ocorrido”, é uma “péssima solução”. Mais: o acordo à esquerda acaba por ser “como um icebergue”, o que significa que o PS ficaria “prisioneiro dos caprichos de duas formações políticas” que poderiam “tirar o tapete” aos socialistas a qualquer momento.

Defensor de uma negociação conduzida caso a caso com o Governo de direita, Assis prefere também não se comprometer com Passos e Portas para não “assumir compromissos de legislatura que nos poderiam aprisionar”.

Não estar disponível para disputar a liderança do PS seria “fugir às responsabilidades”

Depois, a questão inevitável: a liderança do PS está em causa? Assis recusa estar a planear “uma estratégia dissimulada para chegar ao poder”. No entanto, o socialista assume que “se a questão fosse saber qual era a linha política que deveria prevalecer, num congresso”, teria de defender a sua ideia “até às últimas consequências”. Ou seja, Assis ponderaria, nesse caso, ser candidato à liderança do PS para promover uma corrente alternativa; de outra forma estaria a “fugir às suas responsabilidades”.

A reunião convocada por Assis para juntar os militantes socialistas desfavoráveis ao acordo da esquerda acontece esta sexta-feira à noite, na Mealhada, depois de ter sido antecipada para não coincidir com a Comissão Nacional do partido, que se reúne na tarde deste sábado. E o que pensa António Costa disto tudo? “Há muito que não falamos”, esclarece Assis.

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