PSD-Lisboa: Pedro Pinto diz que não alimenta “escroques”

23-07-2019
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“Digo-lhe uma coisa: já estou cansado de alimentar escroques” — as palavras do novo presidente da distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, em conversa esta semana com o Expresso, dão bem conta do clima que se vive dentro daquela estrutura, onde a oposição interna não desarma na denúncia de irregularidades na eleição que decorreu a 1 de julho. Todas as acusações são rebatidas por Pedro Pinto, que questiona: “Como é que se continuam a alimentar estas coisas?”

Esta semana foi entregue ao Conselho Nacional de Jurisdição (CNJ) do PSD o segundo pedido de impugnação da eleição, com base na denúncia de 11 irregularidades na candidatura da Lista A (de Pedro Pinto) no concelho de Lisboa e na suspeita de que poderá ter existido fraude eleitoral a nível distrital.

A queixa é assinada por quatro militantes do PSD, das secções de Lisboa, Cascais, Odivelas e Vila Franca de Xira, e tem como principal rosto José Amaral Lopes, secretário de Estado da Cultura no Governo Barroso. Detrás desta iniciativa, estão outros dois nomes: António Preto, antigo deputado e presidente da distrital, e Rodrigo Gonçalves, líder interino da concelhia de Lisboa. Ambos fazem parte da mesma fação no PSD da capital e apoiaram a lista liderada por Nuno Morais Sarmento que, na secção de Lisboa, se candidatou à assembleia distrital do PSD, contra a lista “passista”. Gonçalves que até há cerca de um ano era apoiante de Passos, acabou por se incompatibilizar com o líder do partido por causa do processo de escolha do candidato à câmara de Lisboa. Desde então tem criticado o líder e aproximou-se de Rui Rio.

Dúvidas sobre cadernos eleitorais

É neste contexto que surgem as acusações a Pinto, próximo de Passos e candidato único à eleição do dia 1. A primeira acusação a fundamentar o primeiro pedido de impugnação tem a ver com Pinto: não constava do caderno eleitoral por, alegadamente, não ter as quotas partidárias em dia quando apresentou a sua candidatura — por essa razão, não poderia eleger nem ser eleito. O seu nome, diz a queixa, terá sido acrescentado à mão no caderno eleitoral. Uma acusação que Pinto desmente, garantindo que a principal testemunha contra si “conhecia, e assinou, o aditamento” ao caderno eleitoral que regularizava a situação. “Agora é que ela vem dizer que foi acrescentado à mão?”, questiona.

Mas há novas queixas de irregularidades no concelho de Lisboa (o único onde a oposição tem acesso ao caderno eleitoral, pois foi o único concelho onde apresentou lista): dos candidatos da Lista A à assembleia distrital, dois militantes inscritos em Lisboa serão de outras secções, três alegadamente não estão na lista de votantes (não podendo por isso ser eleitos), e noutros seis casos “não existe correspondência entre o nome e o número de militante”, lê-se na queixa. Pinto responde que, caso existam discrepâncias, se trata de “um erro da sede nacional” e, mais uma vez, questiona por que razão tal só foi detetado depois da eleição.

Os adversários de Pedro Pinto exigem ter acesso aos cadernos eleitorais onde estão descarregados os nomes dos votantes — não só em Lisboa, mas em todo o distrito. Mas ouviram uma recusa. “Os cadernos eleitorais com as descargas serão entregues ao Concelho Nacional de Jurisdição, se este o requerer”, diz Helder Sousa Silva, apoiante de Pinto que no dia 1 foi eleito presidente da assembleia distrital (ou seja, sucedendo a Pinto nesse mesmo cargo). Da documentação exigida, a direção distrital entregou apenas a ata da eleição.

Mesmo sem os cadernos, a queixa à Jurisdição alega que os resultados em várias mesas de voto são “tão inverosímeis” que ou resultam de “manifesto erro” ou de “adulteração dos resultados eleitorais”. “Eles vão ser apanhados pela sua própria mentira”, promete Pedro Pinto.

“Digo-lhe uma coisa: já estou cansado de alimentar escroques” — as palavras do novo presidente da distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, em conversa esta semana com o Expresso, dão bem conta do clima que se vive dentro daquela estrutura, onde a oposição interna não desarma na denúncia de irregularidades na eleição que decorreu a 1 de julho. Todas as acusações são rebatidas por Pedro Pinto, que questiona: “Como é que se continuam a alimentar estas coisas?”

Esta semana foi entregue ao Conselho Nacional de Jurisdição (CNJ) do PSD o segundo pedido de impugnação da eleição, com base na denúncia de 11 irregularidades na candidatura da Lista A (de Pedro Pinto) no concelho de Lisboa e na suspeita de que poderá ter existido fraude eleitoral a nível distrital.

A queixa é assinada por quatro militantes do PSD, das secções de Lisboa, Cascais, Odivelas e Vila Franca de Xira, e tem como principal rosto José Amaral Lopes, secretário de Estado da Cultura no Governo Barroso. Detrás desta iniciativa, estão outros dois nomes: António Preto, antigo deputado e presidente da distrital, e Rodrigo Gonçalves, líder interino da concelhia de Lisboa. Ambos fazem parte da mesma fação no PSD da capital e apoiaram a lista liderada por Nuno Morais Sarmento que, na secção de Lisboa, se candidatou à assembleia distrital do PSD, contra a lista “passista”. Gonçalves que até há cerca de um ano era apoiante de Passos, acabou por se incompatibilizar com o líder do partido por causa do processo de escolha do candidato à câmara de Lisboa. Desde então tem criticado o líder e aproximou-se de Rui Rio.

Dúvidas sobre cadernos eleitorais

É neste contexto que surgem as acusações a Pinto, próximo de Passos e candidato único à eleição do dia 1. A primeira acusação a fundamentar o primeiro pedido de impugnação tem a ver com Pinto: não constava do caderno eleitoral por, alegadamente, não ter as quotas partidárias em dia quando apresentou a sua candidatura — por essa razão, não poderia eleger nem ser eleito. O seu nome, diz a queixa, terá sido acrescentado à mão no caderno eleitoral. Uma acusação que Pinto desmente, garantindo que a principal testemunha contra si “conhecia, e assinou, o aditamento” ao caderno eleitoral que regularizava a situação. “Agora é que ela vem dizer que foi acrescentado à mão?”, questiona.

Mas há novas queixas de irregularidades no concelho de Lisboa (o único onde a oposição tem acesso ao caderno eleitoral, pois foi o único concelho onde apresentou lista): dos candidatos da Lista A à assembleia distrital, dois militantes inscritos em Lisboa serão de outras secções, três alegadamente não estão na lista de votantes (não podendo por isso ser eleitos), e noutros seis casos “não existe correspondência entre o nome e o número de militante”, lê-se na queixa. Pinto responde que, caso existam discrepâncias, se trata de “um erro da sede nacional” e, mais uma vez, questiona por que razão tal só foi detetado depois da eleição.

Os adversários de Pedro Pinto exigem ter acesso aos cadernos eleitorais onde estão descarregados os nomes dos votantes — não só em Lisboa, mas em todo o distrito. Mas ouviram uma recusa. “Os cadernos eleitorais com as descargas serão entregues ao Concelho Nacional de Jurisdição, se este o requerer”, diz Helder Sousa Silva, apoiante de Pinto que no dia 1 foi eleito presidente da assembleia distrital (ou seja, sucedendo a Pinto nesse mesmo cargo). Da documentação exigida, a direção distrital entregou apenas a ata da eleição.

Mesmo sem os cadernos, a queixa à Jurisdição alega que os resultados em várias mesas de voto são “tão inverosímeis” que ou resultam de “manifesto erro” ou de “adulteração dos resultados eleitorais”. “Eles vão ser apanhados pela sua própria mentira”, promete Pedro Pinto.

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