PSD teve o pior resultado da sua história

24-07-2019
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Nunca, desde a sua fundação, o PSD teve um resultado tão baixo em eleições nacionais: 21,9% é bastante abaixo do pior resultado de sempre do PSD concorrendo sozinho a eleições europeias - o recorde negativo eram os 31,1% de 1999, com Pacheco Pereira como cabeça de lista.Mas o resultado de hoje não é apenas um novo recorde negativo em noites europeias: nunca um PSD teve uma noite eleitoral tão negra. Olhando para todo o histórico de eleições nacionais disputadas pelo PSD, os pouco mais de 22% de hoje ficam aquém dos 24,35% das eleições legislativas de 1976, que representavam o resultado mais baixo de sempre dos sociais-democratas em eleições nacionais.

O semblante dos dirigentes sociais-democratas no hotel do Porto onde se fez a noite eleitoral laranja era, de resto, eloquente. O rosto fechado de Nuno Morais Sarmento, focado em grande plano durante os diretos, dizia mais do que os sorrisos forçados de Paulo Rangel e Rui Rio. O líder do PSD, recorde-se, não só tinha garantido que venceria estas eleições, como chegou a dizer que o seu partido tinha “a vida mais facilitada” porque o PS “não foi particularmente feliz na escolha do seu cabeça-de-lista”. Mais: Rui Rio já assumiu que o seu grande alvo eleitoral são os abstencionistas. Se há certeza sobre as eleições deste domingo é que a abstenção bateu recordes.

Rui Duarte Silva

Tanto Rangel como Rio insistiram numa suposta subida do partido em relação a 2014 - porém, é uma alegação impossível de demonstrar, uma vez que nessa eleição o PSD concorreu coligado com o CDS, pelo que não há como saber qual a percentagem de um partido e de outro no resultado de 27,7% que tiveram em conjunto. Manuela Ferreira Leite tentou, na TVI, amenizar a derrota do amigo Rui Rio, recusando uma “análise catastrófica”. A ex-líder do PSD comparou este resultado com a da coligação, em 2014, considerando que há cinco anos também ficaram atrás do PS e foram esses resultados que “conduziram à vitória nas legislativas do PSD e do CDS”. “Não percebo porque é que, em 2019, os mesmos resultados dão uma catástrofe para o PSD", acrescentou Ferreira Leite, fingindo não perceber a diferença entre estar no Governo ou na oposição, estar em dinâmica de crescimento ou em ciclo descendente.

Rui Duarte Silva

“Claro que tenho condições”, diz Rio Questionado sobre se terá condições para continuar a liderar o PSD, com vista às legislativas de outubro, Rio garantiu que sim. “Claro que tenho condições para levar o PSD a um bom resultado”, respondeu, prometendo mudanças na forma de fazer campanha e chegar ao eleitorado - mas sem ser capaz de explicar que aspetos concretos da campanha agora terminada, e delineada por si, terão falhado. O líder social-democrata apressou-se a apontar a frente, para as legislativas, com o aviso de que “ou o PSD chega a outubro como alternativa ao PS, ou não há alternativa ao PS”. Rio diz acreditar que terá o partido consigo, pondo desde já de parte a possibilidade de contestação interna que possa por em causa a sua liderança. “Se já foi difícil andar um ano com turbulência interna e chegar a estas eleições assim, como não será chegar a outubro se entretanto vierem fazer a mesma coisa”, avisou.

Rui Duarte Silva

Nunca, desde a sua fundação, o PSD teve um resultado tão baixo em eleições nacionais: 21,9% é bastante abaixo do pior resultado de sempre do PSD concorrendo sozinho a eleições europeias - o recorde negativo eram os 31,1% de 1999, com Pacheco Pereira como cabeça de lista.Mas o resultado de hoje não é apenas um novo recorde negativo em noites europeias: nunca um PSD teve uma noite eleitoral tão negra. Olhando para todo o histórico de eleições nacionais disputadas pelo PSD, os pouco mais de 22% de hoje ficam aquém dos 24,35% das eleições legislativas de 1976, que representavam o resultado mais baixo de sempre dos sociais-democratas em eleições nacionais.

O semblante dos dirigentes sociais-democratas no hotel do Porto onde se fez a noite eleitoral laranja era, de resto, eloquente. O rosto fechado de Nuno Morais Sarmento, focado em grande plano durante os diretos, dizia mais do que os sorrisos forçados de Paulo Rangel e Rui Rio. O líder do PSD, recorde-se, não só tinha garantido que venceria estas eleições, como chegou a dizer que o seu partido tinha “a vida mais facilitada” porque o PS “não foi particularmente feliz na escolha do seu cabeça-de-lista”. Mais: Rui Rio já assumiu que o seu grande alvo eleitoral são os abstencionistas. Se há certeza sobre as eleições deste domingo é que a abstenção bateu recordes.

Rui Duarte Silva

Tanto Rangel como Rio insistiram numa suposta subida do partido em relação a 2014 - porém, é uma alegação impossível de demonstrar, uma vez que nessa eleição o PSD concorreu coligado com o CDS, pelo que não há como saber qual a percentagem de um partido e de outro no resultado de 27,7% que tiveram em conjunto. Manuela Ferreira Leite tentou, na TVI, amenizar a derrota do amigo Rui Rio, recusando uma “análise catastrófica”. A ex-líder do PSD comparou este resultado com a da coligação, em 2014, considerando que há cinco anos também ficaram atrás do PS e foram esses resultados que “conduziram à vitória nas legislativas do PSD e do CDS”. “Não percebo porque é que, em 2019, os mesmos resultados dão uma catástrofe para o PSD", acrescentou Ferreira Leite, fingindo não perceber a diferença entre estar no Governo ou na oposição, estar em dinâmica de crescimento ou em ciclo descendente.

Rui Duarte Silva

“Claro que tenho condições”, diz Rio Questionado sobre se terá condições para continuar a liderar o PSD, com vista às legislativas de outubro, Rio garantiu que sim. “Claro que tenho condições para levar o PSD a um bom resultado”, respondeu, prometendo mudanças na forma de fazer campanha e chegar ao eleitorado - mas sem ser capaz de explicar que aspetos concretos da campanha agora terminada, e delineada por si, terão falhado. O líder social-democrata apressou-se a apontar a frente, para as legislativas, com o aviso de que “ou o PSD chega a outubro como alternativa ao PS, ou não há alternativa ao PS”. Rio diz acreditar que terá o partido consigo, pondo desde já de parte a possibilidade de contestação interna que possa por em causa a sua liderança. “Se já foi difícil andar um ano com turbulência interna e chegar a estas eleições assim, como não será chegar a outubro se entretanto vierem fazer a mesma coisa”, avisou.

Rui Duarte Silva

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