Marques Mendes: “Estamos no fim de um ciclo político”

01-01-2021
marcar artigo

O comentador social-democrata Luís Marques Mendes, disse que a semana do primeiro-ministro “correu mal”, desde logo por ter estado na comissão de honra de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, que se recandidata a novo mandato e de onde saiu – o que foi considerado uma primeira remodelação. Ainda assim, disse, António Costa teve sorte, dado ter sido retirado da lista antes de, na passada sexta-feira, Luís Filipe Vieira ter sido implicado em mais um crime.

“Enquanto estive em funções [políticas] nunca fiz parte de nenhum clube”, disse Marques Mendes, que falou ainda de uma segunda remodelação: a dos secretários de Estado. “Já estava anunciada”, disse, para afirmar que “é mais um erro de António Costa, e um mau sinal. São cinco que saem. Porquê? Os que entram são cinco ex-assessores ou chefes de gabinete”, o que quer dizer que o Governo começa a “ficar esgotado”.

Um dos secretários de Estado que saíram, Alberto Souto Miranda, recordou, “vai para administrador do Banco de Fomento, o que é um exemplo de clientelismo”, disse. “Um banco não é uma direção geral, fica a ideia que o banco não é independente”, disse. Marques Mendes disse que “estou muito surpreendido” com o facto de António Costa estar a acumular tantos erros: “a razão é que há sinais de que estamos no princípio do fim de um ciclo político”. “São os primeiros sinais”, disse – “Se António Costa não muda, isto torna-se irreversível, e corre o risco de não acabar o mandato”, disse ainda.

“Não me parece nada” que António Costa “venha a mudar a situação”, até porque tem pela frente a presidência portuguesa da União Europeia – “que dá desgaste” na frente interna – e a necessidade de encontrar apoios para passar os orçamentos até ao final do mandato. “Daqui por um ano, vai ser difícil fazer passar o Orçamento”, afirmou.

Marques Mendes recordou que as sondagens afirmam que o PS está em curva descendente – o que será mau para os socialistas “daqui por um ano”, nas autárquicas. O erro de princípio foi a criação de um Governo fraco.

Quanto à operação Lex – onde estão implicados três juízes acusados de corrupção – “é uma imagem terrível para a Justiça”. Mas “há também um sinal positivo: ter existido esta investigação, houve coragem e independência”. “Não estão lá a encobrir-se uns ao outros”, afirmou Marques Mendes.

Quanto à convenção do Chega de André Ventura, ficou “ensombrada” pelos problemas da eleição da lista para a direção do partido, que só à terceira foi aceite pelos participantes. “Mas como aquilo é um projeto unipessoal…”

O comentador social-democrata Luís Marques Mendes, disse que a semana do primeiro-ministro “correu mal”, desde logo por ter estado na comissão de honra de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, que se recandidata a novo mandato e de onde saiu – o que foi considerado uma primeira remodelação. Ainda assim, disse, António Costa teve sorte, dado ter sido retirado da lista antes de, na passada sexta-feira, Luís Filipe Vieira ter sido implicado em mais um crime.

“Enquanto estive em funções [políticas] nunca fiz parte de nenhum clube”, disse Marques Mendes, que falou ainda de uma segunda remodelação: a dos secretários de Estado. “Já estava anunciada”, disse, para afirmar que “é mais um erro de António Costa, e um mau sinal. São cinco que saem. Porquê? Os que entram são cinco ex-assessores ou chefes de gabinete”, o que quer dizer que o Governo começa a “ficar esgotado”.

Um dos secretários de Estado que saíram, Alberto Souto Miranda, recordou, “vai para administrador do Banco de Fomento, o que é um exemplo de clientelismo”, disse. “Um banco não é uma direção geral, fica a ideia que o banco não é independente”, disse. Marques Mendes disse que “estou muito surpreendido” com o facto de António Costa estar a acumular tantos erros: “a razão é que há sinais de que estamos no princípio do fim de um ciclo político”. “São os primeiros sinais”, disse – “Se António Costa não muda, isto torna-se irreversível, e corre o risco de não acabar o mandato”, disse ainda.

“Não me parece nada” que António Costa “venha a mudar a situação”, até porque tem pela frente a presidência portuguesa da União Europeia – “que dá desgaste” na frente interna – e a necessidade de encontrar apoios para passar os orçamentos até ao final do mandato. “Daqui por um ano, vai ser difícil fazer passar o Orçamento”, afirmou.

Marques Mendes recordou que as sondagens afirmam que o PS está em curva descendente – o que será mau para os socialistas “daqui por um ano”, nas autárquicas. O erro de princípio foi a criação de um Governo fraco.

Quanto à operação Lex – onde estão implicados três juízes acusados de corrupção – “é uma imagem terrível para a Justiça”. Mas “há também um sinal positivo: ter existido esta investigação, houve coragem e independência”. “Não estão lá a encobrir-se uns ao outros”, afirmou Marques Mendes.

Quanto à convenção do Chega de André Ventura, ficou “ensombrada” pelos problemas da eleição da lista para a direção do partido, que só à terceira foi aceite pelos participantes. “Mas como aquilo é um projeto unipessoal…”

marcar artigo