Ministro da Ciência considera que "começou novo ciclo de crescimento" na investigação

01-01-2021
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O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, defendeu hoje que 2016 foi "claramente um ano de mudança, em que começou um novo ciclo de crescimento" no sector da investigação e inovação.

"Mas é preciso continuar (...). Temos que começar a garantir, de forma sistemática, um aumento da despesa pública [das instituições de ensino superior] a ritmos consideráveis", sustentou, reiterando que, sem o aumento na despesa pública, não é possível estimular o crescimento da despesa privada (das empresas).

Manuel Heitor comentava, em declarações à Lusa, os dados hoje divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, segundo os quais a despesa em investigação e desenvolvimento cresceu, em 2016, mais 113,3 milhões de euros, para 2.347,7 milhões de euros, face a 2015, representando 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O ministro entende que seria desejável que, entre 2018 e 2022, houvesse um aumento mínimo na despesa pública de 50 milhões de euros anuais, para que a despesa privada no setor crescesse 200 a 300 milhões de euros por ano.

Deste modo, assinalou, o investimento global em ciência e inovação atingiria 2,15% do PIB em 2022.

"Se fizermos isso, damos um pulo na especialização económica como nunca antes tínhamos dado", advogou.

Questionado sobre se a meta, em termos de investimento público, começa a ser plasmada no Orçamento do Estado para 2018, referiu apenas que o documento "está em discussão no Governo".

"Estamos a trabalhar para isso, o orçamento ainda não está definido", afirmou, evasivo.

Despesa em investigação cresceu 113,3 milhões

A despesa em investigação e desenvolvimento cresceu em Portugal, em 2016, mais 113,3 milhões de euros, para 2.347,7 milhões, face a 2015, representando 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, revela um relatório hoje divulgado.

Os dados constam no "Inquérito ao potencial científico e tecnológico nacional (IPCTN16)", publicado no portal da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência", cujos números relativamente a 2016 são ainda provisórios.

Em 2015, a despesa em investigação e desenvolvimento totalizou 2.234,4 milhões de euros, correspondendo a 1,24% do PIB (que define a riqueza de um país).

Pela primeira vez, desde 2010, ano em que a crise se instalou em Portugal, a despesa no sector em percentagem do PIB aumentou em 2016.

Contudo, em termos absolutos, a despesa global continuou no ano passado inferior à de 2010, ano em que totalizou 2.757,6 milhões de euros, apesar de ter vindo a crescer paulatinamente à custa das instituições de ensino superior desde 2014 (ano em que ascendeu a 2.232,2 milhões de euros, coincidindo com o fim da crise económica e financeira no país).

Tal como em anos anteriores, o grosso da execução da despesa em ciência e inovação voltou a estar concentrado, em 2016, nas empresas, onde totalizou 1.123,2 milhões de euros (mais 86,7 milhões face a 2015, invertendo a tendência de decrescimento verificada desde 2010) e nas universidades e nos institutos politécnicos públicos, onde ascendeu a 1.059,3 milhões de euros (mais 41,7 milhões em relação a 2015).

A despesa efectuada pelos laboratórios do Estado recuou para valores registados em 2012 (5,4%).

Em 2016, o número de investigadores chegou aos 40.746, mais 2.074 comparativamente a 2015, mas menos 1.752 do que em 2012 e menos 3.310 do que em 2011.

Como em anos precedentes, a maioria dos cientistas voltou a fixar-se, em 2016, nas universidades e nos institutos politécnicos (26.432, sendo o maior número dos últimos seis anos) e nas empresas (12.490, ultrapassando o anterior melhor indicador do mesmo período, que era de 12.198 investigadores em 2011).

O "Inquérito ao potencial científico e tecnológico nacional" constitui a base estatística oficial sobre pessoal e financiamento afectos a actividades de investigação e inovação em Portugal.

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, defendeu hoje que 2016 foi "claramente um ano de mudança, em que começou um novo ciclo de crescimento" no sector da investigação e inovação.

"Mas é preciso continuar (...). Temos que começar a garantir, de forma sistemática, um aumento da despesa pública [das instituições de ensino superior] a ritmos consideráveis", sustentou, reiterando que, sem o aumento na despesa pública, não é possível estimular o crescimento da despesa privada (das empresas).

Manuel Heitor comentava, em declarações à Lusa, os dados hoje divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, segundo os quais a despesa em investigação e desenvolvimento cresceu, em 2016, mais 113,3 milhões de euros, para 2.347,7 milhões de euros, face a 2015, representando 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O ministro entende que seria desejável que, entre 2018 e 2022, houvesse um aumento mínimo na despesa pública de 50 milhões de euros anuais, para que a despesa privada no setor crescesse 200 a 300 milhões de euros por ano.

Deste modo, assinalou, o investimento global em ciência e inovação atingiria 2,15% do PIB em 2022.

"Se fizermos isso, damos um pulo na especialização económica como nunca antes tínhamos dado", advogou.

Questionado sobre se a meta, em termos de investimento público, começa a ser plasmada no Orçamento do Estado para 2018, referiu apenas que o documento "está em discussão no Governo".

"Estamos a trabalhar para isso, o orçamento ainda não está definido", afirmou, evasivo.

Despesa em investigação cresceu 113,3 milhões

A despesa em investigação e desenvolvimento cresceu em Portugal, em 2016, mais 113,3 milhões de euros, para 2.347,7 milhões, face a 2015, representando 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, revela um relatório hoje divulgado.

Os dados constam no "Inquérito ao potencial científico e tecnológico nacional (IPCTN16)", publicado no portal da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência", cujos números relativamente a 2016 são ainda provisórios.

Em 2015, a despesa em investigação e desenvolvimento totalizou 2.234,4 milhões de euros, correspondendo a 1,24% do PIB (que define a riqueza de um país).

Pela primeira vez, desde 2010, ano em que a crise se instalou em Portugal, a despesa no sector em percentagem do PIB aumentou em 2016.

Contudo, em termos absolutos, a despesa global continuou no ano passado inferior à de 2010, ano em que totalizou 2.757,6 milhões de euros, apesar de ter vindo a crescer paulatinamente à custa das instituições de ensino superior desde 2014 (ano em que ascendeu a 2.232,2 milhões de euros, coincidindo com o fim da crise económica e financeira no país).

Tal como em anos anteriores, o grosso da execução da despesa em ciência e inovação voltou a estar concentrado, em 2016, nas empresas, onde totalizou 1.123,2 milhões de euros (mais 86,7 milhões face a 2015, invertendo a tendência de decrescimento verificada desde 2010) e nas universidades e nos institutos politécnicos públicos, onde ascendeu a 1.059,3 milhões de euros (mais 41,7 milhões em relação a 2015).

A despesa efectuada pelos laboratórios do Estado recuou para valores registados em 2012 (5,4%).

Em 2016, o número de investigadores chegou aos 40.746, mais 2.074 comparativamente a 2015, mas menos 1.752 do que em 2012 e menos 3.310 do que em 2011.

Como em anos precedentes, a maioria dos cientistas voltou a fixar-se, em 2016, nas universidades e nos institutos politécnicos (26.432, sendo o maior número dos últimos seis anos) e nas empresas (12.490, ultrapassando o anterior melhor indicador do mesmo período, que era de 12.198 investigadores em 2011).

O "Inquérito ao potencial científico e tecnológico nacional" constitui a base estatística oficial sobre pessoal e financiamento afectos a actividades de investigação e inovação em Portugal.

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