Fact Check. Fotografia mostra António Costa a desrespeitar uso obrigatório de máscara?

01-01-2021
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“Uma imagem vale mais que mil palavras.” É esta a legenda que acompanha uma fotografia de António Costa que está a ser partilhada no Facebook, que mostra o primeiro-ministro a caminhar sem máscara numa rua da Baixa de Lisboa. “Depois querem que o burro ande com o açaime no focinho”, comenta um utilizador, sugerindo que o governante foi fotografado a desrespeitar o uso obrigatório de máscara nos espaços exteriores. A imagem é verdadeira, mas foi captada antes da entrada em vigor da norma, em finais de outubro.

O post foi publicado no final de novembro e rapidamente atingiu mais de 300 partilhas no Facebook. A fotografia em causa foi tirada na manhã do dia 16 de maio, por um fotojornalista da Agência Lusa, durante uma visita do primeiro-ministro à Baixa lisboeta, duas semanas após a reabertura do comércio de bairro, a 4 de maio, e na antevéspera da reabertura dos restaurantes, a 18 de maio. Como é possível ver na imagem, captada quando a comitiva passava à porta dos Armazéns do Chiado, no início da Rua do Carmo, Costa fez-se acompanhar pela mulher, Fernanda Tadeu, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o socialista Fernando Medina.

Em maio, ainda não existia por parte da Direção-Geral de Saúde (DGS) uma recomendação para o uso de máscara em espaços exteriores. Esse desfasamento temporal é, de resto, sublinhado ao Observador por fonte de São Bento, ao referir sinteticamente que a fotografia “não é atual”.

Durante vários meses, Graça Freitas afastou a possibilidade de vir a ser promulgada uma lei que tornasse obrigatório a utilização deste tipo de proteção na rua, mas a norma acabou por ser aprovada em outubro. Por essa altura, a medida já tinha sido tomada por outros países europeus, nomeadamente por França, que a impôs a partir de 1 de setembro.

Em Portugal, a lei sobre a obrigatoriedade do uso de máscara da rua como forma de combater a pandemia do novo coronavírus entrou em vigor a 28 de outubro, depois de promulgada pelo Presidente da República. Segundo esta norma, a máscara deve ser usada no “acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”. A medida tem a duração de 70 dias e abrange pessoas a partir dos dez anos.

Conclusão

A fotografia de António Costa foi tirada a 16 de maio, mais de cinco meses antes da entrada em vigor da lei que determina o uso obrigatório de máscara na rua “sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridade de saúde se mostre impraticável”. A alegação de que o primeiro-ministro foi fotografado a desrespeitar o uso obrigatório de máscara é, por isso, falsa.

Assim, de acordo com a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook.

“Uma imagem vale mais que mil palavras.” É esta a legenda que acompanha uma fotografia de António Costa que está a ser partilhada no Facebook, que mostra o primeiro-ministro a caminhar sem máscara numa rua da Baixa de Lisboa. “Depois querem que o burro ande com o açaime no focinho”, comenta um utilizador, sugerindo que o governante foi fotografado a desrespeitar o uso obrigatório de máscara nos espaços exteriores. A imagem é verdadeira, mas foi captada antes da entrada em vigor da norma, em finais de outubro.

O post foi publicado no final de novembro e rapidamente atingiu mais de 300 partilhas no Facebook. A fotografia em causa foi tirada na manhã do dia 16 de maio, por um fotojornalista da Agência Lusa, durante uma visita do primeiro-ministro à Baixa lisboeta, duas semanas após a reabertura do comércio de bairro, a 4 de maio, e na antevéspera da reabertura dos restaurantes, a 18 de maio. Como é possível ver na imagem, captada quando a comitiva passava à porta dos Armazéns do Chiado, no início da Rua do Carmo, Costa fez-se acompanhar pela mulher, Fernanda Tadeu, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o socialista Fernando Medina.

Em maio, ainda não existia por parte da Direção-Geral de Saúde (DGS) uma recomendação para o uso de máscara em espaços exteriores. Esse desfasamento temporal é, de resto, sublinhado ao Observador por fonte de São Bento, ao referir sinteticamente que a fotografia “não é atual”.

Durante vários meses, Graça Freitas afastou a possibilidade de vir a ser promulgada uma lei que tornasse obrigatório a utilização deste tipo de proteção na rua, mas a norma acabou por ser aprovada em outubro. Por essa altura, a medida já tinha sido tomada por outros países europeus, nomeadamente por França, que a impôs a partir de 1 de setembro.

Em Portugal, a lei sobre a obrigatoriedade do uso de máscara da rua como forma de combater a pandemia do novo coronavírus entrou em vigor a 28 de outubro, depois de promulgada pelo Presidente da República. Segundo esta norma, a máscara deve ser usada no “acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”. A medida tem a duração de 70 dias e abrange pessoas a partir dos dez anos.

Conclusão

A fotografia de António Costa foi tirada a 16 de maio, mais de cinco meses antes da entrada em vigor da lei que determina o uso obrigatório de máscara na rua “sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridade de saúde se mostre impraticável”. A alegação de que o primeiro-ministro foi fotografado a desrespeitar o uso obrigatório de máscara é, por isso, falsa.

Assim, de acordo com a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook.

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